Regras do Atletismo Maratona e História

Educação Física,

Regras do Atletismo Maratona e História

Muito comum e aguardado nos Jogos Olímpicos, o atletismo é um grupo que abrange três tipos de atividade física (corrida, arremesso e salto) e existe desde a Grécia Antiga. As regras do atletismo são tão ricas quanto a sua história e têm a função de estabelecer um parâmetro de igualdade para a competição.

As principais modalidades que seguem às regras do atletismo, ou seja, que fazem parte do grupo, são as seguintes:

• Corrida de pista, a competição mais tradicional;
• Corridas com obstáculos;
• Revezamento;
• Saltos, em distância e altura;
• Arremessos e lançamentos;
• Decatlo;
• Heptatlo;

Maratona

A IAAF (Associação Internacional de Federações de Atletismo) é o órgão responsável por organizar as regras, atividades e competições de atletismo internacionalmente.

Regras do atletismo: maratona

A maratona está inserida nas corridas de pista do atletismo. Ela é praticada nas ruas e seu percurso corresponde a uma distância de 42,195 Km. As regras da maratona logicamente são elaboradas e garantidas pela IAAF e elas são as seguintes:

• O percurso a ser realizado pelos atletas precisa ter a medida exata de 42.195 metros, com adendo de 42 metros. É acrescentado um metro a mais por quilômetro pelos medidores oficiais. O objetivo é impedir que ocorra alguma falha e os atletas acabem fazendo um caminho mais curto;

• A cada quilômetro, precisa existir algum tipo de marcação para que os atletas possam se orientar, tendo noção de onde estão. Em países de língua inglesa, é usual que haja alguma marcação em milhas, no entanto, essa não é uma obrigatoriedade;

• A distância entre o ponto de partida e o ponto de chegada deve ser no máximo correspondente à metade da distância total, o que corresponde a quase 22 quilômetros. Assim, os atletas darão no mínimo duas voltas;

• O desnível máximo permitido na topografia do percurso é de 1/1000;

• A cada cinco quilômetros, devem haver estações de descanso. Aos corredores, é proibido descansar em locais que não estejam previamente estabelecidos;

• Entre as estações de descanso, também é necessário montar estações de hidratação, que disponibilizem bebidas e a aplicação de esponjas molhadas para os atletas participantes da prova;

• A maratona não pode ocorrer em estradas de terra ou em gramados. O percurso deve seguir um caminho já estabelecido com antecedência;

• Se algum corredor receber qualquer tipo de ajuda de fora, ele será automaticamente desclassificado. Se ocorrer algum imprevisto e médicos estabelecerem que um determinado atleta não pode terminar a disputa por falta de condições, ele deverá se retirar da pista no mesmo momento;

• Nas Olimpíadas, existem duas categorias de maratona que são disputadas: a masculina e a feminina;

• Um recorde conquistado só é oficialmente reconhecido quando comprovado que a prova cumpriu com todas as regras do atletismo voltadas pela maratona, de acordo com a IAAF.

O recorde mundial de maratona atualmente pertence a um queniano chamado Dennis Kimetto, que cumpriu a prova em duas horas, dois minutos e 57 segundos. A marca foi atingida na Maratona de Berlim, em setembro de 2014.

História da Maratona

De acordo com a lenda, a maratona teria surgido na Grécia, no século V a.C. Em um confronto entre o império grego e o império persa, os persas juraram que se ganhassem a batalha, invadiriam a cidade de Atenas para violar as mulheres que lá estavam e matar seus filhos. Para evitar tamanha tragédia, ficou determinado que caso as mulheres não recebessem a notícia da vitória grega dentro de 24 horas após o conflito, deveriam matar seus filhos e, em seguida, cometer suicídio.

Aconteceu que os gregos venceram os persas e Pheidippides foi incumbido de levar a boa notícia para as mulheres. Para isso, ele teve que correr para percorrer 40 quilômetros do local chamado Planície de Maratona até a cidade ateniense.

Ainda de acordo com os relatos, quando Pheidippides chegou ao seu destino, teve forças o suficiente apenas para pronunciar a palavra “vencemos”, e logo em seguida teria caído morto no chão.

Ninguém sabe até que ponto essa história é verdadeira e onde começa o mito (já que é uma tradição grega!). Mas o que é real é que nas primeiras Olimpíadas da era moderna, que aconteceram no ano de 1896, o personagem Pheidippides foi homenageado da melhor maneira possível, como a criação de uma prova que reproduz, até os nossos dias, os esforços que ele teria feito naquela ocasião, para evitar a morte das mulheres e das crianças do seu povo.

Nas primeiras olimpíadas, apenas a maratona masculina era disputada. As mulheres só ganharam a sua própria categoria e começaram a participar da competição muitos anos mais tarde, em 1984.

Um fato interessante a respeito dessa prova foi registrado em 1960, nas Olimpíadas de Roma: o atleta da Etiópia, Abebe Bikila levou a medalha de ouro na maratona correndo com os pés descalços! Não satisfeito, ele fez a mesma coisa novamente em 1964, nas Olimpíadas de Tóquio.