Regras do Nado Sincronizado Duetos e Por Equipe e História

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Regras do Nado Sincronizado Duetos e Por Equipe e História

Com origens que remetem aos idos anos 1930, o nado sincronizado é um esporte que mistura um pouco de ginástica com dança e natação. Com um trabalho que valoriza muito a estética e a complexidade dos movimentos, ele é um dos mais tradicionais esportes que são disputados nas olimpíadas. Seu objetivo é, dentro de um tempo específico, executar uma rotina de movimentos ao ritmo de uma música dentro da piscina. E, apesar de ter sido originalmente criado para ser disputado em equipes, atualmente o nado sincronizado recebeu um grande incremento em suas categorias, incluindo o nado sincronizado individual, o nado sincronizado em duplas e o nado sincronizado em equipes, que, normalmente, são disputados por equipes de cinco pessoas.

Nado Sincronizado

A história do nado sincronizado

Originalmente, o nado sincronizado era um esporte baseado mais no balé do que na natação, tanto que seu nome original era ballet aquático. Neste período, que tem seus primeiros registros históricos na virada do século XIX para o século XX, surgiu a primeira competição, registrada em Berlim, no ano de 1891. De lá até os anos 1930, muitas competições foram surgindo, o que acabou popularizando o esporte entre os países europeus.

Conforme o tempo passou, a associação entre os movimentos plásticos do balé e a natação passou a ter regras que valorizavam a sincronia dos movimentos com a sua complexidade, sendo que este se tornou um requisito indispensável nas competições. Como o balé é uma dança que principalmente prioriza os movimentos livres do corpo, ficou claro que a imposição de determinados movimentos na rotina apresentada pelos competidores impossibilitaria que o esporte continuasse sendo chamado de balé aquático. A mudança derradeira para este esporte foi na competição que surgiu em 1931 em Chicago, quando ele deixou oficialmente de ser chamado de balé aquático e foi então rebatizado como nado sincronizado.

Homens, mulheres e o nado sincronizado

Até as primeiras décadas do século XX, era estritamente proibido que mulheres utilizassem roupas de banho em frente de outros homens que não os de sua família. Justamente por isso, o nado sincronizado (ainda balé aquático nessa época) era exclusivamente praticado por homens. E, embora mesmo nessa época o balé fosse muito mais praticado por mulheres do que por homens, a ideia era que o balé aquático fosse uma opção da dança para os homens, priorizando assim uma série de movimentos que exigiam força, destreza e equilíbrio.

Originalmente, as apresentações eram individuais, sendo que a prioridade sempre eram os movimentos livres, compassados e sincronizados com as músicas. Mas, a partir da década de 1920, a percepção de que os movimentos do balé aquático seriam mais plásticos utilizando os movimentos feitos em dupla por homens e mulheres, passou a permitir que as mulheres também entrassem nessa competição. Ainda assim, a presença feminina no nado sincronizado não era uma presença constante, e embora a estética dos movimentos tivesse um grande ganho com as apresentações de casais, não era algo que víamos sempre.

Em partes, a ausência de mulheres no esporte se dava por conta de uma sociedade machista, em partes porque a complexidade dos movimentos, aliado às desconfortáveis roupas de banho do início do século acabavam dificultando muito a movimentação dentro da água. Esse quadro mudou na década de 20, quando maiôs mais confortáveis e anatômicos passaram a ser utilizados, popularizando assim o nado sincronizado entre as mulheres.

A popularização foi tão grande que, pouco a pouco, o nado sincronizado perdeu espaço entre os homens, se tornando um esporte que as mulheres praticavam em categorias individuais, em duplas ou em equipes. Para compensar, neste mesmo período surgiram os saltos ornamentais, um esporte que ainda hoje é amplamente praticado por homens e mulheres de maneira igual.

As regras do nado sincronizado

Como esporte olímpico, o nado sincronizado se utiliza de uma série de regras inspiradas em vários outros esportes, tais como a ginástica rítmica, a natação e a ginástica solo. A nível de competição, existem duas regatas possíveis de serem realizadas: os exercícios técnicos e os exercícios livres. De acordo com o tipo de competição, é possível que as regras mudem, mas no geral, a lógica do esporte é a seguinte:

• Conjuntos de 3 a 5 juízes dão notas que variam de 3 a 10, sendo que o mais comum é que as notas variem entre 6 e 9. Não é permitido notas fracionadas;

• Os juízes podem ser separados em avaliações individuais ou em avaliações gerais. No caso de avaliações pontuais, há juízes que podem avaliar a execução técnica, outro que avalia a graciosidade dos movimentos, outro que avalia a sincronia e assim por diante. Em cada situação, as regras são passadas aos atletas ou a seus treinadores de antemão;

• Os principais quesitos que descontam notas são os nadadores tocarem o fundo da piscina, falta de sincronia (seja com os parceiros ou com a música), fechar os olhos em algum movimento dentro da água ou descansar na borda da piscina.