Muito se ouve falar em ideologia, mas a realidade é que poucas pessoas sabem exatamente o que o termo significa. Se analisarmos pelas raízes da palavra, ideologia poderia ser definido como “aquilo que é ideal”. Para o senso comum, funcionaria como um conceito de princípios, ideias e visões nas quais um indivíduo se apoia de acordo com a sua base de formação política e social.
O conceito foi amplamente discutido por Antoine Destutt de Tracy e, mais tarde, por Karl Marx, que acreditava que as ideologias eram ditadas pelas classes sociais dominantes e que, segundo ele, tinham como principal objetivo manter os mais ricos no poder e os mais pobres sempre um degrau abaixo. E ainda existem grupos que defendem a tese de que a ideologia nada mais é do que uma forma de dominação, uma forma de persuadir, que dispensa o uso da força física, já que age através da alienação intelectual dos indivíduos.
Além de Karl Marx, outros autores também criticaram a aplicação de ideologias. Desenvolvida principalmente por filósofos da Escola de Frankfurt (trata-se de uma escola que seguia a linha da teoria social interdisciplinar marxista, frequentadas por diversos pensadores à época), a Teoria Crítica tomou por base a análise da consciência de alguns trabalhadores industriais. Porém, esses pilares de análise se estenderam também a outras áreas, como Psicologia, Psicanálise, Direito, Comunicação Social, dentre outras. Seu principal objetivo era realizar uma análise crítica das crenças irrestritas que eram incrustadas na sociedade. Para essa análise, tomavam por base o Marxismo, como forma de explicar a formação de grupos sociais e a Psicanálise como forma de explicar a formação do indivíduo.
O Nazismo e o Fascismo na Europa, por exemplo, levaram a uma nova linha de análise na qual questionava-se como um indivíduo poderia tornar-se tão insensível à dor do outro, sem levar em conta que compartilham da mesma condição humana. Através destes pensamentos, a Teoria Crítica propõe a não aceitação de verdades absolutas, sem antes utilizar do seu próprio raciocínio e fazer uma análise profunda do que se ouve. Para alguns, a ideologia funcionaria como uma forma de mascarar a realidade, pois enquanto as pessoas acreditavam no que ouviam, deixariam de esforçar-se em “ver” se as coisas eram realmente dessa forma. Outros ainda acreditavam que se tratava de simples dominação, uma forma “aprisionar” o pensamento das pessoas, de forma que se sentissem incapazes de pensar sozinhas, e tudo isso acontecia sem que tomassem consciência.
Considerado um nível acima do Marxismo, surge o pós-estruturalismo, que se baseia principalmente na desconstrução de “verdades” já pré-estabelecidas e, consequentemente levam a uma abertura maior que dá margem à pluralidade de sentidos. É como se tudo o que acreditamos tivesse caráter subjetivo e o significante pudesse ser separado do significado. Dessa forma, para eles não existem verdades absolutas nem mesmo em contextos históricos do mundo, visto que cada indivíduo vive em seu próprio contexto. Eles não rejeitam as definições que colocam fim ás verdades absolutas, mas sim aquelas que desejam tornar-se novas verdades absolutas.
Na mesma época em que surgiram todos estes questionamentos e análises sobre as ideologias, muito se ouvia falar de diversas vertentes delas. No século XX, por exemplo, surgiram várias ideologias, conforme você pode conferir abaixo:
Além dessas citadas acima, diversas outras ideologias existem atualmente. Independentemente do que preguem, serão sempre consideradas por alguns autores como forma de alienação da sociedade, como se tentassem empurrar uma ideia “garganta abaixo” dos indivíduos, para que eles não observassem os fatos e desenvolvessem suas próprias ideias a respeito dele. Para alguns, a realidade é apenas algo subjetivo e não existem verdades absolutas. Sendo assim, o que é verdadeiro para mim, pode não ser para você, que viveu em um contexto cultural e social diferente do meu.
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