A atividade filosófica, ou seja, o ato de pensar o mundo de forma crítica e racional, acompanha a humanidade durante milênios. Porém o termo filosofia como o atualmente conhecemos deu as caras na Grécia antes de Cristo.
O termo filosofia provém da raiz grega “filos” que denota conceitos como “amizade” e amor”, aliado ao complemento “sofia”, que designa “sabedoria” e “conhecimento”.
O surgimento da filosofia como a conhecemos hoje é designado pelo gradual afastamento de uma visão estritamente religiosa do mundo e voltada para um viés de caráter mais racional. Apesar de que no norte da África e em outras civilizações foram detectados indícios que a visão mais racional já dava sinais de ascensão, é comum atribuir a Grécia como o berço para para o surgimento da filosofia.
Pesquisas apontam que os filósofos Cícero e Diógenes conferiram ao matemático Pitágoras a criação do termo “filosofia”.
Algumas características da antiga filosofia grega são:
– Pensamento racional
– Distanciamento dos mitos religiosos, ou seja, os fenômenos naturais são investigados sob o viés da razão e não religioso.
– É dividida em período pré-socrático, período socrático e período helenístico.
Atualmente já são considerados alguns fatores essenciais que tornaram possível o surgimento da filosofia em território grego.
Tais fatores compreendem:
– A presença de crenças não dogmáticas que permitiam conciliar ideais de caráter racional.
– A divisão em cidades-estados independentes entre si e formadas por diferentes culturas, tais características permitiram formas distintas de pensar.
– Viagens expansionistas que possibilitaram vários marujos constatar o perfil fantasioso dos antigos mitos.
– A utilização do calendário como contagem do tempo, fato esse que possibilitou aos antigos gregos concluírem que o tempo não depende de desígnios divinos, mas sim, de um fluxo constante.
– O desenvolvimento urbano que favoreceu a proliferação de distintas formas de ver o mundo graças ao contato com outras cidades.
– A expansão política e a concepção da democracia, que permitiram o florescimento de debates e troca de ideias. Nesse caso, é importante destacar também a presença dos sofistas, professores itinerantes que viajavam entre as inúmeras cidades vendendo os seus conhecimentos para os mais jovens.
O surgimento da filosofia na antiga Grécia pela atuação de um grupo de filósofos conhecidos como pensadores pré-socráticos.
Os pré-socráticos eram os pensadores que antecederam um importante filósofo: Sócrates.
O que caracteriza a filosofia dos pré-socráticos é a visão racional acerca dos fenômenos concernentes à natureza. Não por acaso, tais filósofos também eram chamados de naturalistas. De uma forma geral, o foco principal de investigação desses intelectuais era compreender o surgimento primário dos elementos da natureza sem o escopo divino oferecido pelos antigos mitos.
Entre os filósofos pré-socráticos, é possível destacar:
– Tales de Mileto – Defendia a ideia de que tudo que existe é constituído por um elemento conhecido como “arché”. Esse elemento, segundo as acepções do filósofo, era a água.
– Heráclito de Éfeso – Recebeu o apelido de “o pai da dialética”, pois defendia a ideia de que a existência é o resultado do constante movimento das coisas. A essa de movimento damos o nome de “panta rei”, que significa “tudo flui”. Além disso, Heráclito atribui o princípio de tudo ao elemento fogo.
Esse movimento e fluição das coisas, segundo as considerações de Heráclito, gerava o conflito entre opostos (noite e dia, frio e calor, vida e morte). Esse conflito é que torna o fluxo da existência possível.
– Leucipo de Abdera – Esse filósofo é considerado um dos precursores do atomismo, pois defendeu que todas as coisas são constituídas por ínfimas partículas de matéria indivisíveis. Dessa afirmação foi possível, futuramente, a ciência chegar a estudar as teorias referentes ao átomo.
– Pitágoras de Samos – Foi o fundador de uma escola que ficou conhecida como Escola Pitagórica. Esse filósofo foi um dedicado estudioso da matemática e da geometria, inclusive, aliou o pensamento numérico ao estudo musical.
Pitágoras defendia que os números, ou seja, a relação matemática, era o princípio fundador de tudo.
Entre outros filósofos pré-socráticos, é possível citar também Anaximenes de Mileto, Anaximandro de Mileto, entre outros.
Já o período socrático corresponde a fase em que a filosofia grega desviou o seu olhar da natureza e do cosmos para questões mais humanas, tais como o conceito de justiça, do bem, do mal e afins.
Sócrates, como bem anuncia o nome, foi o grande responsável e difusor desse período.
As razões para essa mudança de enfoque na filosofia são:
– O desenvolvimento econômico e militar de Atenas e outras cidades.
– A atuação dos Sofistas, que desagradavam Sócrates.
– A democracia, que suscitava debates políticos e questionamentos acerca do que era moral, justo, ético e demais questões.
Entre os filósofos desse período convém destacar Sócrates, bem como alguns outros, tais como Platão e Aristóteles.
O período helenístico é marcado pelo tempo compreendido entre a morte do conquistador Alexandre Magno e anexação de parte do território grego em Roma.
Essa fase registrou um intenso florescimento científico marcados por cientistas como Euclides e Arquimedes.
Em termos filosóficos, esse período foi marcado por algumas doutrinas. As principais são:
– Estoicismo – Doutrina que valorizava o controle sobre as emoções.
– Epicurismo – Representada por Epícuro de Samos, essa doutrina defendia a busca equilibrada do prazer para sanar os males que afligem a existência.
Como é possível aferir, o período helenístico é caracterizado por uma filosofia mais prática que teórica.
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