O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano – é um dos mais importantes indicativos do mundo e determina a qualidade de vida de determinada nação ou cidade. Quanto mais elevado o resultado, melhores as oportunidades sociais e econômicas para o habitante; quanto menores os números, piores essas condições.

Criado pelo Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento – PNUD – na década de 90, ao longo de seus 20 anos de medições muitos foram os países que oscilaram nos resultados, sendo um deles o Brasil. Apenas em 2007 alcançou o grupo de índices elevados com pontuação de 0,800 e ocupando a 70ª posição.

Atualmente o Brasil ocupa a 75ª posição do ranking que avaliou 188 países. O resultado do IDH brasileiro referente ao ano de 2016 foi de 0,755, pontuação essa que classifica a nação como pertencente ao grupo de alto desenvolvimento humano.

A importância do IDH é bastante clara e evidente: Apurar como está a realidade de cada país, estado, cidade ou região avaliada permite que os governos desenvolvam políticas melhores, que visem pelo crescimento deste número. A observação desses dados colabora ainda para que outras nações enxerguem a potencialidade de um país.

Veja neste artigo mais detalhes e informações sobre quais são os critérios do índice e como calcular o IDH.

Quais os indicativos avaliados pelo IDH?

O cálculo do IDH considera três vertentes comuns às populações de todo o mundo. São elas:

  • Renda: Elencada a partir dos resultados da RNB – Renda nacional bruta – per capita, avaliada a partir de outros indicadores;
  • Saúde: Considera a expectativa atual do povo de determinado país ao nascer; e
  • Educação: Correlaciona a média de anos que os cidadãos passam estudando com a expectativa dos anos que se espera.

Como se vê, as três áreas abordadas pelo IDH são básicas para o crescimento de uma nação.

Neste cálculo, todas as áreas possuem um valor igualitário e são determinadas em uma escala de 0 a 1. Após encontrados os respectivos resultados, é tirada uma média que indica a classificação do país.

Em 2014, por exemplo, o IDH do Brasil foi de 0,755 – resultado que fez o país ocupar o 75º lugar do ranking mundial. Destrinchando o resultado encontrado, vale ressaltar que:

• Houve retração na Renda per capita brasileira entre os dados auferidos em 2013 e 2014. Este recuo foi de 0,73% e, apesar de o Brasil ter melhorado seu IDH que em 2013 era de 0,744, este indicativo foi o principal a desacelerar o ritmo;

• No que diz respeito à saúde, no ano em questão, houve um crescimento na expectativa de vida do brasileiro, que passou de 74,2 para 74,5 anos, fator que influenciou positivamente o cálculo do IDH; e

• Tratando-se de educação, o IDH do Brasil também obteve um crescimento tímido, porém positivo. A média de anos de estudo foi de 7,4 para 7,7 anos, enquanto que a média esperada de estudo para cada adulto manteve-se em 15,2 anos.

Vale a pena destacar quais foram as maiores e menores médias na avaliação do IDH de 2014 para que se saiba posicionar o Brasil em meio aos 188 países.

Em relação à expectativa de vida, a primeira posição é ocupada pela Noruega onde estima-se uma média de 81,6 anos de vida. No extremo oposto, Lesoto ocupa o último posicionamento do ranking. Neste país africano, a expectativa de vida é inferior aos 50 anos.

Tratando das médias de anos de estudo esperado por adulto, a previsão da Austrália é a melhor. A estimativa é de 20,2 anos de dedicação aos livros enquanto que Níger, outro país da África, projeta um total de 5,4 anos no máximo.

O IDH no Brasil

O IDH serve para avaliar o posicionamento dos países em relação a outros semelhantes em todo o mundo, porém tal cálculo também pode ser aplicado a populações menores, como em estados, regiões e até mesmo cidades de uma determinada nação.

Neste caso, a sigla recebe mais uma letra: IDHM significa IDH Municipal e no Brasil os últimos dados desta avaliação são de 2013. Veja a seguir quais são os principais dados relevantes desta avaliação.

Primeiramente, é importante destacar que o IDHM divide todas as cidades brasileiras em cinco grupos distintos que vão do “muito baixo desenvolvimento humano”, que vai de 0 a 0,499, até “muito alto desenvolvimento humano” para as cidades com pontuação superior a 0,800.

O município com maior IDHM no Brasil é São Caetano do Sul, no estado de São Paulo com a pontuação de 0,862. O segundo posicionamento também é ocupado por uma cidade paulista, Águas de São Pedro, com o IDHM de 0,854. A 3ª posição deste ranking é de Florianópolis em Santa Catarina com 0,847.

Entre os piores índices de IDH do Brasil estão as cidades de Melgaço, no Pará, com IDHM de 0,418; Fernando Falcão, no Maranhão, com 0,443; e Atalaia do Norte, no Amazonas, com pontuação de 0,45.

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