Pode-se caracterizar o latifúndio como uma propriedade agrária de grande extensão de terreno o qual passa ser propriedade de uma única pessoa, família ou até mesmo uma empresa. Essa área geralmente acaba não sendo cultivada e por isso começa a ser conhecida como uma terra com pouco aproveitamento econômico. O interessante é que antigamente as terras chamadas de latifúndio eram aquelas onde a sua produção era baseada totalmente no trabalho escravo.

Geralmente essas terras latifundiárias são comuns em países subdesenvolvidos e elas passam a não exercer qualquer atividade que poderia ser útil para a região onde está localizada, como movimentar a economia local ou proporcionar mais empregos para os moradores da região. Essas terras passam a ser consideradas latifúndios quando ultrapassam cerca de 10 mil hectares, ao contrário do países da Europa onde basta ter algumas centenas de hectares.

Alguns especialistas em terras garantem a ineficiência em classificar uma terra como latifúndio apenas com base no número de hectares que ela possui. Eles passam a classificar uma terra como latifundiária a partir de uma série de comparações como é o caso da mão de obra, mas no Brasil seria um pouco escasso realizar esse tipo de classificação com as terras, até porque o número propriedades improdutivas consideradas latifúndios ultrapassa a margem de 70 mil.

De certo modo essas terras também passam ser classificadas dessa forma por serem exploradas com técnicas classificadas com baixa de produtividade, mas como conforme a Constituição de 1988, as terras precisam cumprir uma função social seja realizando implementos agrícolas que ainda possuem auxílio do governo ou outras ações. Caso isso não seja cumprido e o dono da terra não atinja a produtividade necessária, a terra será desapropriada para a reforma agrária.

A origem do Latifúndio

A origem do latifúndio pode ser caracterizada com o período colonial do Brasil. Tudo começou quando os portugueses chegaram ao Brasil e começaram a dividir o país em grandes faixas de terra que eram doadas para os representantes da nobreza e também para militares. Chamadas de capitanias, essas terras eram atribuídas a essas pessoas através de arranhões de sesmarias, e quem as recebia tinha como obrigação explorar de maneira econômica o lote que obteve.

Com o tempo e logo após a Independência do país a lei das doações de sesmarias foi revogada e, a partir desse momento, passou a ser validado a Lei de Terras que até hoje segue como padrão da estrutura fundiária. Essa lei passa a determinar que as pessoas que desejam ter direito sobre uma terra precisam pagar por ela. É necessário entender que nos dias atuais o latifúndio é considerado uma fonte de instabilidade social já que há grandes massas de pessoas sem terra.

De fato essa divisão fez com que muitos latifúndios surgissem e poucas pessoas tenham acesso aos bens, sendo que a concentração das terras está em posse de grandes fazendeiros. Esse fato faz com muitas pessoas questionem as políticas de alguns governos e solicitam a mudança do que ocorre nas terras por causar uma das maiores injustiças sociais. Em outros países a divisão de terras já adota outras leis, mas no Brasil ainda é comum esse sistema de distribuição.

Características de uma terra latifundiária

A terra latifundiária pode ser caracterizada por diferentes formas que possui. Essa forma não emprega o significado único de como a terra é composta, mas também adota todas as características que a envolvem incluindo o tipo de atividade que ela emprega para saber se ela se enquadra na lei de função social da terra. Com o latifúndio pouco utilizado é comum que as terras sejam apropriadas por militantes que fazem parte do Movimento dos Sem-Terra.

– De certo modo o latifúndio se caracteriza como uma expressão do que ocorre em todo o país, uma desigualdade social onde há pessoas com muitos bens em sua apropriação e pessoas que mal possuem um local para morarem.

– Em 1990 foi feito um levantamento pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária ou no caso, o Incra, que apontou os maiores latifúndios improdutivos do país eram de posse de governadores, ministros e assim em diante.

Latifúndios improdutivos são aqueles que passam a ser de propriedade de uma única pessoa, possuem uma área territorial grande e ainda produzem muito pouco, ou no caso não atendem a finalidade social da terra imposta pelo Incra.

– É interessante que a palavra latifúndio possui uma origem grega do qual o nome caracteriza-se como “lātusfundus”. O lātus tem significado de um local que passa a ser amplo ou espaçoso e o fundus representa basicamente a terra ou fazenda.

– A Constituição de 1998 determinou que uma terra precisa cumprir com sua função social em colaborar com a produção de algo útil ou gerar empregos para ter mão de obra. As terras ainda precisam atingir um índice de produtividade.

This post was last modified on 26 de julho de 2019 16:51

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