A formação das 13 colônias norte americanas
O primeiro grupo inglês a chegar à América e começar o processo de colonização foram os pais peregrinos, ingleses puritanos que estavam fugindo das perseguições religiosas que aconteciam na Inglaterra no começo do século XVII. Os peregrinos partiram para a América com a ideia de formar uma sociedade com liberdade religiosa compatível com suas crenças e princípios.
Nem todos aqueles que queriam sair da Inglaterra conseguiam devido à situação financeira desfavorável, nem a própria Coroa Inglesa tinha condições necessárias para promover a viagem.
O rei Jaime I, em 1606, ofereceu a oportunidade de conhecer o caminho até o novo continente e planejar a sua colonização para grupos de marcadores das cidades de Londres e de Plymouth.
Novos pólos de ocupação inglesa foram formados no litoral atlântico, originando as treze colônias: Massachusetts, Nova Hampshine, Nova York, Rhode Island, Connecticut, Pensilvânia, Nova Jersey, Delaware, Maryland, Virgínia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia. Essas novas colônias juntaram os fundamentos religiosos e os interesses comerciais dos ingleses.
As novas colônias eram independentes e as decisões eram julgadas internamente sem intervenção da metrópole. Após 1760, os negócios ingleses referentes à América cresceram, e a burguesia começou a ver a América como um mercado promissor e uma grande fonte de matéria-prima. Além disso, a Inglaterra demonstrou interesse em relação à área do atual Canadá e Lousiana que, após uma disputa com a França, conquistou o território.
A colonização dos Estados Unidos foi diferente das outras por causa do clima e do solo. Devido a isso a base econômica desses lugares era, basicamente, a pesca, caça e a exploração de madeira. Os campos eram divididos em áreas policultoras, que contribuíam para o comércio externo.
Um dos episódios mais conhecidos foi o Chá de Boston, em que colonos disfarçados de índios assaltaram navios da Companhia Inglesa das Índias e lançaram ao mar suas mercadorias. Em resposta a isso, a metrópole elaborou um conjunto de medidas denominadas Leis Intoleráveis.
Quatro estados do sul mais o Texas divulgaram a criação de um novo país. O norte enfrentou tentando impedir a divisão e iniciou uma guerra, que se revelava desde a proclamação da independência. O conflito avançou quase todos os territórios do sul e mostrou o equilíbrio militar entre os dois lados.
Os norte-americanos queriam expandir os seus territórios e eram incentivados pelo destino manifesto. A intenção era ocupar até o pacífico e formar um país com dimensões continentais.
Depois que o ouro e o enfraquecimento das minas foram descobertos, o governo norte-americano decidiu aplicar uma nova medida para assegurar a ocupação do oeste, a chamada lei do Hoomestead Act, que estipulava a venda de terra com pecos mais baixos aos habitantes da região.
Sul X Norte
A ampliação para o leste aumentou as diferenças e os conflitos entre as regiões norte e sul. Uma das diferenças entre essas duas regiões era economia. O norte usava a indústria no desenvolvimento econômico, e queria instalar uma política econômica que garantisse a produção industrial e que mantivesse o crescimento do mercado interno. Por outro lado, o sul defendia os manufaturados e industrializados vindos da Europa, que alimentavam o local e mantinha os preços acessíveis.
Outro ponto de divergência era a escravidão. Durante a execução da Constituição, alguns nortistas intercediam pela abolição da escravidão, porém o tema não entrou na constituição porque era impossível conseguir um acordo em torno dele. Entretanto, no decorrer da expansão territorial essa divergência aumento, porque o norte queria impedir a escravidão nas áreas onde ele comandava.
A Constituição
Aconteceu, em 1787, a Convenção Constitucional de Filadélfia, episódio que reuniu os estados recém-independentes para decidirem a organização do país.
A Constituição dos Estados Unidos estipulou uma republica presidencialista e um molde federalista, onde cada estado da união permanecia com a sua soberania. Além disso, garantiu a separação de poderes e as Câmaras ganharam o controle presidencial. Por apresentar objetivos democráticos, a Constituição dos Estados Unidos auxiliaram a criação das constituições modernas.
Tipos de Colonização
– Colônias do centro-norte: colônias de povoamento com pequenas e médias propriedades que utilizavam a policultura como economia apenas para consumo interno. Além disso, praticavam a extração de madeira e pele. No centro das cidades, a cultura era voltada para o trigo, a cevada e o centeio.
– Colônias do sul: colônias mercantilistas que usavam produção agrícola e o mercado externo para a economia. Presença de grandes propriedades rurais e a utilização de trabalho escravo.
Contradições da Independência dos EUA
– Escravidão: alguns americanos se diziam antiescravistas, porém, a abolição da escravatura só foi assinada em 1865.
– Discriminação Indígena: os índios norte-americanos não possuíam os mesmos direitos que os brancos e, após a independência, muitos foram massacrados.
– Direitos Femininos: as mulheres norte-americanas só tiveram direitos iguais aos dos homens após 140 anos. Elas eram vistas como um ser frágil e submisso ao homem.