Com certeza você já ouviu falar sobre circulação atmosférica em alguma aula. Basicamente é a movimentação de ar ou de massas de ar que acontece por conta das diferenciações de temperatura e pressão que coabitam na atmosfera da Terra. Outra definição possível é a variação e dispersão de correntes de ar e vento. O ar ficará aonde a pressão é menor, se deslocando dos ambientes aonde a pressão é maior.
Mas o que possibilita isso? A variação de temperaturas no planeta, principalmente. Portanto o ar frio descerá por ser mais denso; e o ar quente subirá, já que é mais leve. Este ar quente, em altitudes maiores começa a esfriar e se torna novamente pesado e volta a descer. Esse processo configura o ciclo de circulação atmosférica. Esse fenômeno ligado às variações de latitude origina células de circulação atmosférica, que explicaremos mais adiante.
Pela circulação influenciar na mudança de pressão atmosférica, circulação dos ventos, distribuição de calor, está diretamente relacionada à temperatura e clima do planeta.
A circulação atmosférica ocorre na Troposfera que é a camada de atmosfera mais próxima da Terra. Portanto, todo o processo de dá pela diferença de radiação que o planeta recebe em toda a sua extensão.
A formação dessas células se dá pela variação de pressão bem como pela não homogeneidade na incidência solar. Na Linha do Equador o calor solar é mais intenso enquanto mais próximo aos polos do planeta, a intensidade é bem menor.
Há três tipos de células de circulação:
Esse modelo de circulação está ligado ao de distribuição da pressão na superfície:
Como já mencionado, a diferença de pressão causa o aquecimento desigual na superfície da Terra. O ar aquecido, quando vai para superfícies quentes, se torna menos denso o que gera a descida da pressão e diferença de gradiente em toda a superfície. Essa gradiente é uma força que movimenta o ar. Esse movimento possui escalas: a global, regional (depressão térmica no verão na Península Ibérica) e a escala local (ventos de vale e montanha, brisa, tornados, por exemplo).
Os ventos de escala global são movimentos ondulatórios de grande comprimento de onda. Os locais têm gradientes de escala local, por isso afetam pequenas áreas.
Já as brisas podem ser marinhas, terrestres ou lacustres. A brisa marinha é o vento vindo do mar que inicia pela manhã, se intensifica a tarde e desaparece ao anoitecer. São fortes em dias quentes e mais fracos em dias nublados.
A brisa ocorre em dias de sol quando a temperatura do solo é maior que a da superfície marítima. Conforme o solo é aquecido o ar expande-se e fica menos denso, subindo. Substituindo o ar ascendente surge outro em temperatura mais baixa. Quando o ar quente e o frio se encontram o quente sobe por conta da densidade. Na área de contato das duas correntes podem acontecer tempestades.
À noite a água arrefece com o continente invertendo a circulação, fazendo o ar se deslocar para superfície. A essa circulação dá-se o nome de brisa terrestre.
Já a brisa lacustre acontece quando o ar em cima do lago fica sem nuvens enquanto existe uma área de nuvens cumuliformes aparentes sobre a terra, indicando a brisa de lago.
Em regiões de montanha existem ventos particulares. No caso as encostas inclinadas e partes estreitas de vales são aquecidas de maneira mais forte do que em superfícies vastas de picos ou vales. Por isso existem brisas de vale de dia e brisas de montanha à noite.
Existem outros tipo de ventos locais como:
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