Cúpula Sobre Mudanças Climáticas

Geografia,

Cúpula Sobre Mudanças Climáticas

O planeta Terra está passando por uma série de mudanças climáticas nos últimos séculos. Desde a Revolução Industrial do século XVIII, as emissões de gases extremamente poluentes e que potencializam o Efeito Estufa vêm aumentando, fazendo com que a temperatura do planeta suba ano após ano. Os efeitos deste aumento da temperatura têm causado graves mudanças climáticas em todas as regiões do mundo e estas mudanças afetam não só os seres humanos, como todo o ecossistema terrestre.

Para tratar deste assunto e de tudo que possa ter relação com as mudanças climáticas no planeta, a ONU – Organização das Nações Unidas – realiza anualmente uma cúpula sobre mudanças climáticas para tentar buscar soluções práticas, a curto e longo prazo para minimizar os problemas que o aumento da temperatura planetária pode causar. Esta cúpula sobre mudanças climáticas acontece cada ano numa cidade diferente e é assim desde 1995, quando Berlim sediou a primeira COP/MOP. De lá para cá diversos documentos importantes foram assinados, várias medidas foram adotadas e muitos compromissos foram assumidos. Os resultados, no entanto, são pouco funcionais e as mudanças climáticas continuam acontecendo.

Mudanças Climáticas

Entendendo as mudanças climáticas

Para que a ONU decidisse criar a cúpula sobre mudanças climáticas e realizar eventos anuais para tratar disso, os problemas no clima mundial precisaram se tornar recorrentes e mostrar um cenário realmente catastrófico para os próximos séculos. Como já foi dito, a Primeira Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra do século XVIII foi o grande evento que deu início a este aquecimento acentuado do planeta. Para entender os reais problemas do clima atual e do futuro do planeta é preciso saber quais são as preocupações dos cientistas e ambientalistas:

• Derretimento das calotas polares: este talvez seja um dos principais problemas causados pelo aquecimento do planeta. O gelo que está nos polos do planeta contém a maior parte da água potável (doce) da Terra. Se tudo isso derreter, além de perdermos esta fonte de água potável, o nível dos oceanos poderá subir consideravelmente e inundar ilhas inteiras e importantes cidades costeiras, como Nova Iorque e Rio de Janeiro;

• Aumento de secas e excesso de chuvas: estes dois problemas são muito comuns em grandes países, como o Brasil: enquanto algumas cidades sofrem com a falta de chuvas e longos períodos de estiagem, outras regiões sofrem com alagamentos, chuvas em excesso e fenômenos que antes não aconteciam, como tornados, por exemplo. Estas duas condições tão contrárias são resultado do aumento da temperatura do planeta que torna os ciclos climáticos totalmente confusos e muito mais acentuados;

• Longas ondas de calor em locais historicamente mais frios: o frio é uma característica do continente europeu, por exemplo. Mas nos últimos anos, o verão da Europa tem castigado seus moradores – sejam humanos ou não. Enquanto a população sofre nos dias mais quentes (quando a temperatura pode atingir quase 45 graus!), os animais das regiões mais frias também sofrem e acabam perecendo;

• Ar poluído nas grandes cidades: grandes metrópoles, como São Paulo, Xangai, Pequim, Tóquio, entre outras, já apresentam problemas em relação ao ar que a população respira. Os problemas de saúde relacionados à qualidade do ar já estão se tornando cada vez mais graves e comuns e isso preocupa os ambientalistas e defensores das reduções de emissões de gases que agravam o efeito estufa.

Protocolo do Kyoto e as reduções de gases do efeito estufa

O Protocolo de Kyoto é um documento que foi assinado por 175 países em 1997, no Japão, durante uma das cúpulas sobre as mudanças climáticas realizadas pela ONU. Tal documento firmava o compromisso dos países desenvolvidos em diminuir as emissões de gases agravantes do efeito estufa como o CO2 e o metano. Mesmo com a extensa maioria dos países do planeta tendo assinado o protocolo, a maior potência mundial não assinou: os Estados Unidos da América se recusaram a assinar o protocolo alegando que a redução das emissões traria impactos negativos em sua economia, o que não deixa de ser verdade, uma vez que as emissões destes gases estão diretamente relacionadas à atividade industrial geradora de riquezas para os países.

Por outro lado, os países europeus e o Japão, amplamente defensores do protocolo, firmaram o compromisso de diminuir suas emissões. No entanto, após mais de 15 anos da assinatura do protocolo de Kyoto, praticamente nenhum país conseguiu reduzir suas emissões nas taxas determinadas pelo documento. Além disso, países em desenvolvimento, como a China, aumentaram consideravelmente suas emissões. Isso aconteceu porque o protocolo de Kyoto não determinava que países em desenvolvimento, como o Brasil, a Índia e a África do Sul, por exemplo, diminuíssem suas emissões. O resultado é a completa inutilidade do protocolo, uma vez que a situação das emissões apenas piorou ao invés de melhorar. Cabe à ONU a partir de agora realizar mais encontros com os governos mundiais para tentar encontrar novas soluções para o problema das mudanças climáticas no planeta e tentar mudar o quadro negativo para o futuro.