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Desemprego, um problema mundial: A questão do aborto

Na conferência sobre a população realizada pela Organização das Nações Unidas na cidade do Cairo no ano de 1994, destacou-se o confronto de ideias entre três principais grupos de discussão: os neomalthusianos, os reformistas e os representantes das principais organizações religiosas mundiais, notadamente os católicos e os muçulmanos.

A briga se concentrou em torno da questão do aborto. O aborto é liberado em vários países, a maioria deles economicamente desenvolvidos, como método anticonceptivo, ou seja, é quase tão simples fazê-lo quanto usar pílulas. No entanto, a discussão sobre a liberalização do aborto é bastante complicada, envolvendo a religião, a ética e os direitos humanos. Uma das principais polêmicas é em relação à questão do feto ser ou não uma vida. Em países mais religiosos e conservadores, como no Irã, no Afeganistão, em Portugal ou na Suíça, se considera que a concepção ocorre no ato da fecundação, portanto o feto já seria uma vida desde as primeiras horas de existência. Por outro lado, estudos científicos procuram mostrar que só se configura um organismo propriamente humano após meses de gestação.

As crenças religiosas e a limitação da ciência em relação à determinação do que seja propriamente uma vida no útero da mulher, acabam levando o debate a uma discussão infindável. De qualquer modo, o debate sobre o aborto tem de considerar outros lados. Primeiramente, na maioria dos países onde o aborto é permitido, o número de mulheres que o realizam é baixo. Mas isto não se deve, como querem fazer crer muitos, ao fato de que a simples a liberação diminui a quantidade de abortos. A verdade é que, como na maioria dos países onde esta prática é liberada existe um alto padrão de vida, incluindo ampla alfabetização de qualidade e acesso a um sistema de saúde descente, as pessoas conseguem se prevenir melhor da gravidez indesejada.

Ao mesmo tempo, a proibição do aborto em muitos países do mundo não garante que ele ocorra. Ao contrário, é em muitos destes países que podemos encontrar as maiores taxas. Mas isto não se deve simplesmente à pura proibição. É que entre a população que mais pratica o aborto não existem boas condições para prevenir a gravides indesejada, o que é devido ao alto grau de analfabetismo e à falta de bons programas de saúde preventivos.

Para piorar a situação, o aborto clandestino é sempre um problema, uma vez que as clínicas seguras são caríssimas, tendo seu acesso limitado à população mais abastada. Já a população pobre, que justamente tem maiores problemas com gravidez indesejada, tem de recorrer a clínicas com problemas de higiene, profissionais inexperientes e equipamentos ineficazes. Nestas situações, os riscos de complicações, e até de morte para a mulher são muito grandes.

Enfim, a discussão do aborto não pode ser feita em separado das outras questões de saúde pública e de educação. A questão não é liberalizar ou não a prática do aborto e sim analisar as causas que levas as mulheres a recorrer a ela.

Distribuição da população mundial

Atualmente, a população mundial é de aproximadamente 8 bilhões de habitantes. Porém, estas pessoas não estão igualmente distribuídas pelo globo. Existem áreas de grande concentração populacional, às quais costuma-se chamar de formigueiros humanos, e ao mesmo tempo, áreas quase desabitadas, às quais se denomina vazios demográficos.

Antes de verificarmos as regiões de maior e de menor concentração populacional, assim como os fatores responsáveis por esta distribuição, é importante conhecermos alguns termos utilizados para expressar menor ou maior concentração de população.

Para identificar áreas de maior concentração populacional, costuma-se utilizar o índice de densidade demográfica, chamado também de população relativa. Para calculá-lo basta se dividir o total de população de uma determinada região, pela área em que ela está distribuída. Por exemplo, se temos uma população de 1.000.000 de habitantes para uma área de 50.000 km2, a densidade demográfica é de 20 hab./km2. Dizemos que este número representa a população relativa porque a população absoluta é o número total de habitantes.

Com relação aos países, nem sempre aqueles que têm mais habitantes são também os que têm maior densidade demográfica, aliás, na maioria das vezes não é possível fazer esta relação. Um país que tenha muita população, mesmo com densidade demográfica relativamente baixa, é denominado de país populoso, portanto este termo está ligado à população absoluta do país. Por sua vez, o país que tem uma densidade demográfica alta, o que pode se derivar de um território muito pequeno, é denominado de país povoado, ou seja, este termo está ligado à população relativa.

Vários são os fatores que podem dar a uma região alta densidade demográfica. O primeiro deles é sua história de ocupação. Algumas áreas têm uma intensa ocupação há vários séculos, a qual é geralmente determinada pelas condições ambientais, como solo fértil ou boa disponibilidade de água.

This post was last modified on 20 de junho de 2015 11:37

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