A dinâmica populacional é a área de estudo que se concentra nas variações de populações em um determinado espaço e em um determinado período de tempo.
A dinâmica populacional é o objeto de estudo das ciências da geografia e da demografia. Os dados resultantes destes estudos são importantes para o desenvolvimento de políticas públicas, com fins de oferecer melhorias nas condições de vida da população, como saúde, educação e urbanismo.
O estudo da dinâmica populacional começou com as pesquisas de Thomas Maltus. Suas pesquisas tinham por objetivo alertar sobre o crescimento populacional desordenado e sua relação com a produção de alimentos no mundo. Segundo Maltus, se a população continuasse a crescer em uma curva ascendente, no futuro, não haveria alimento suficiente para todos. Desta maneira, a humanidade entraria em uma grave crise de alimentos.
Entretanto, Thomas Maltus não considerou o avanço tecnológico proporcionado pela revolução industrial. Com o aprimoramento das técnicas de produção agrícola e as mudanças ocorridas no modo de vida das pessoas, as teorias desenvolvidas por Thomas Maltus deixaram de ter significado. Porém, o estudo da dinâmica populacional proposto por ele se manteve como uma área importante do estudo das populações.
Em dinâmica populacional, é importante que tenhamos definidos alguns termos de maneira bastante clara. Segue abaixo algumas definições:
População: definimos como população o conjunto de pessoas que residem em um mesmo território. Como território, podemos entender as cidades, países, bairros como territórios. A população pode ser classificada a partir do seu modo de vida. Ou seja, os hábitos de uma população, como vivem, qual a idade, quais os lugares que frequentam, relações econômicas, onde vivem, são informações úteis para classificar uma população de um território. A esta classificação chamamos de indicadores sociais.
Nação: definimos nação como todo e qualquer grupo de pessoas que compartilham da mesma história e da mesma cultura. Uma nação não está restrita a um território, podendo estar presente em mais de um país.
Taxa de Natalidade (N): é a relação entre o número de indivíduos que nascem em um determinado período de tempo, dentro de um determinado território.
Taxa de mortalidade (M): é a relação entre o número de óbitos em uma população no período de um ano.
Taxa de mortalidade infantil (Mi): relação entre o número de crianças, com faixa etária até 12 meses, que vieram a falecer versus a relação de crianças vivas com até 12 meses, no período de um ano.
Taxa de fecundidade: é a relação entre o número de crianças com idade igual ou menor do que cinco anos de idade pelo número de mulheres em idade reprodutiva de uma determinada população. A idade considerada reprodutiva entre mulheres pode variar em cada país. Alguns trabalham com uma faixa etária entre 15 e 44 anos de idade, outros com a faixa etária entre 20 e 45 anos de idade.
Taxa de imigração: número de indivíduos que chegam a uma determinada população, em um determinado território.
Taxa de emigração: número de indivíduos que deixam de viver em um determinado território, pertencente a uma determinada população.
Densidade populacional: é a relação entre o número de indivíduos de uma população e a área dentro do território que eles ocupam.
Estes conceitos nos apresentam os índices mais usados para o estudo da dinâmica populacional.
As taxas e conceitos apresentados no tópico anterior são extremamente úteis para o estudo nas dinâmicas populacionais. Para exemplificar como funciona este estudo, vamos usar o crescimento populacional de um território.
O crescimento populacional de um país costuma apresentar três fases. No gráfico abaixo, podemos notar que, nesta primeira fase, a base da pirâmide é larga, enquanto o topo é estreito. Isto ocorre porque a taxa de natalidade é bastante alta, assim como a taxa de mortalidade.
Em um segundo momento, há um equilíbrio entre a base e o topo da pirâmide, de modo que a figura se aproxima de uma coluna. Isto nos mostra que as taxas de natalidade e mortalidade estão bastante próximas.
Por fim, o topo da pirâmide passa a ser mais largo do que a base, de modo a formar uma pirâmide invertida. Neste caso, a taxa de mortalidade é menor que a taxa de natalidade.
Os gráficos nos trazem diversas informações sobre as populações. Na primeira imagem, podemos interpretar que uma população com alta taxa de natalidade também é uma população jovem, com pouco acesso à saúde. Este perfil é comum em países subdesenvolvidos.
No segundo gráfico, o equilíbrio entre as taxas de natalidade e mortalidade demonstra uma melhoria na qualidade de vida da população. É o caso de países em desenvolvimento, como o Brasil.
Por fim, no terceiro gráfico, há predominância de pessoas idosas, indicando o aumento da qualidade de vida. Este gráfico costuma representar países desenvolvidos, como o Japão.
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