Categorias Geografia

Vulcanismo na formação do relevo: Formação do relevo terrestre

O relevo da superfície terrestre se forma a partir do choque entre as forças externas e internas. Por isso é sempre bom lembrar que o estudo do relevo não se refere a algo estático e sem movimento. Mesmo obedecendo a uma outra escala de tempo, a das Eras Geológicas, as forças da Terra estão constantemente refazendo o relevo.

As forças internas, também conhecidas como endógenas, são aquelas que tem origem no interior do planeta, mais especificamente numa camada terrestre que recebe o nome de Manto. Os movimentos de massas de magma, uma substância quente e pastosa que forma o Manto, produzem o deslocamento das placas tectônicas. Esta por sua vez forma outra camada da Terra: a Litosfera ou Crosta.

Ao se movimentares, as placas tectônicas produzem transformações no relevo. Entre essas transformações, ganham destaque: a orogênese, a epirogênese, o falhamento e o vulcanismo.

Podemos definir como vulcanismo, a ação dos vulcões expelindo magma para fora da crosta terrestre, provocando a formação de rochas basálticas, como aconteceu na Bacia Sedimentar do Paraná, na região sul do Brasil. Por outro lado, as forças externas, ou exógenas, produzem o desgaste do relevo. Elas se originam na atmosfera terrestre, destacando-se a ação dos ventos, das chuvas e da temperatura. Estes elementos naturais dão início a um processo de intemperismo, que pode ser de dois tipos: o intemperismo químico e o intemperismo físico.

O intemperismo químico ocorre quando as rochas sofrem desgaste pela ação química da água e das substâncias que se encontram dissolvidas nela. As reações químicas, que se intensificam em climas mais quentes, desestruturam a camada superior exposta das rochas, fazendo com que elas comecem a se desfazer em pequenos pedaços, os quais chamamos de sedimentos. Já no intemperismo físico, ele ocorre de maneira mecânica, pela própria ação da chuva e do vento sobre as rochas. Mas existe uma forma mais específica deste tipo de intemperismo que é através da variação térmica. Em locais de climas com alta amplitude térmica diária, como no deserto do Saara, a grande variação de temperatura entre o dia e a noite, provoca a dilatação e a contração constantes das rochas que acabam por quebrar.

O intemperismo das rochas é seguido pelo transporte dos sedimentos retirados do relevo para as áreas mais baixas, papel que cabe ao vento e também à chuva. Desta forma, o relevo vai sendo desgastado e os sedimentos vão sendo transportados de uma região para a outra.

Abalos sísmicos e vulcanismos

A movimentação das placas tectônicas pode provocas abalos sísmicos e erupções vulcânicas na superfície terrestre. Os abalos sísmicos, também conhecidos como terremotos, são causados pela acomodação das grandes porções de rochas no subsolo. Quando isso ocorre é produzida uma vibração que pode se propagar por milhares de quilômetros e se refletir na superfície de um continente ou no fundo os oceanos.

O local em que se originam as vibrações é denominado hipocentro e a região da superfície terrestre ou do fundo oceânico, na qual as vibrações se refletem mais intensamente é chamada de epicentro.

Os estragos que um terremoto pode causar em um determinado lugar variam de acordo com três fatores: a intensidade original das vibrações no hipocentro, a distância entre este e o epicentro, a distância do lugar em questão até o epicentro e a intensidade da ocupação deste lugar. Quanto mais próximo o lugar estiver do epicentro e este do hipocentro, e quanto mais intensa for a ocupação humana, maior será a tragédia.

Quando o epicentro do terremoto ocorre no fundo do mar, forma-se um maremoto. Neste caso, além de haver uma brusca alteração no relevo submarino, são produzidas ondas gigantescas que podem arrasar ilhas e cidades costeiras.

Outro efeito da movimentação da crosta terrestre que pode ser devastador é o vulcanismo. A Terra é formada por três camadas principais: o Manto, o Núcleo e a Crosta, também chamada de Litosfera. Por estar em constante movimento, a crosta terrestre acaba tendo uma série de brechas entre as rochas, pelas quais pode penetrar o material quente e pastoso que forma o Manto, ao qual damos o nome de Magma. Quando este Magma é expelido para fora da superfície, dando origem aos vulcões, ele pode causar diversos problemas para os seres humanos e outros seres vivos.

Além do Magma, que quando está na superfície recebe o nome de lava, quente que vai destruindo tudo com o que entre em contato, outro problema são as cinzas e os gases tóxicos que são lançados pelo vulcão na atmosfera.

Tanto no caso dos vulcões como dos terremotos, a probabilidade da ocorrência é bem maior nas regiões de encontro de placas tectônicas, devido à intensidade de choque e transformações causadas nas estruturas das placas, nestas regiões. As zonas em que isto ocorre formam o Círculo de Fogo, justamente pela intensidade de vulcanismo e de terremotos que apresentam.

Resumo Escolar

Share
Publicado por
Resumo Escolar

Recent Posts

Vaquita: conheça o mamífero mais raro e um dos mais ameaçados do mundo

A face simpática – mostrando quase um sorriso – não traduz a dimensão da ameaça…

3 de maio de 2024

As frases mais importantes da história da humanidade

“Se uma imagem vale mais que mil palavras, então diga isso com uma imagem”. Essa…

29 de abril de 2024

Nacionalidade ou naturalidade: qual a diferença?

Nacionalidade e naturalidade são conceitos fundamentais para compreendermos a origem e os laços de um…

25 de abril de 2024

Como calcular porcentagem

Oi! Hoje vamos aprender sobre porcentagem. Sabe, é como dividir algo em partes e expressar…

4 de abril de 2024

Geleia ou geléia? Qual a forma correta de se escrever.

Então, vamos direto ao ponto: como escrever "geleia" corretamente? Com as mudanças ortográficas, ficou mais…

4 de abril de 2024

O que é Etinia

O conceito de etnia é intrincado e multifacetado, permeando o estudo da Antropologia, a ciência que investiga a…

3 de abril de 2024