Resumo sobre Getúlio Vargas: Quem foi Getúlio Vargas?

História do Brasil,

Resumo sobre Getúlio Vargas: Quem foi Getúlio Vargas?

Getúlio Dornelles Vargas, conhecido popularmente na história do Brasil apenas como Getúlio Vargas, nasceu no ano de 1882 e morreu em agosto de 1954. Formou-se em advocacia e tornou-se tempos depois um dos mais importantes e influentes políticos do país.

Getúlio governou o Brasil em dois períodos. O primeiro deles constitui o ano de 1930 até o ano de 1945 e subdivide-se em três outros períodos, de 1930 a 1934, de 1934 a 1937 e de 1937 a 1945. O segundo período em que governou o país foi de 1951 até o dia em que suicidou, em 1954. Vale salientar que Vargas foi eleito presidente por meio do voto direto. O grupo que o apoiava e simpatizava a maneira como ele governava o país, lhe conferiu o apelido de pai dos pobres.

Getúlio Vargas

Com sua morte, em 24 de agosto de 1954, a fama de Getúlio se perpetuou como o mais importante presidente de toda a história do Brasil e exerce ainda nos dias de hoje, forte influência. Um exemplo disso, é que toda a sua trajetória foi contada em um filme, produzido em 2014, onde o prestigiado ator Tony Ramos o interpretou.

Getúlio morreu no Rio de Janeiro, quando se suicidou com um tiro no coração, em seu quarto no Palácio do Catete.

CONTEÚDO DESTE POST

Vida Pessoal e morte

Nascido no interior do estado do Rio Grande do Sul, em uma cidadezinha que fazia fronteira com a Argentina, Getúlio Vargas era filho de uma família descendente de personagens que participaram de forma ativa da história e que eram bem tradicionais.

Ele sempre esteve ligação com a pecuária, considerada na época e na região uma das principais atividades econômicas.

Sua aptidão e capacidade para a política se destacou bem cedo. Pinheiro Machado, importante líder da política gaúcha foi um dos primeiros a perceber isso.

Com 18 anos, matriculou-se na Escola Preparatória e de Tática de Rio Pardo e tempos depois, foi transferido para a cidade de Porto Alegre, para finalizar o serviço militar. Sua origem militar (seu pai, Manuel do Nascimento Vargas, lutou na Guerra do Paraguai) e por causa de sua participação no exército, Getúlio conseguiu entender todos os problemas que cercavam as forças armadas, e isso pode explicar de onde veio todo o empenho quando se tornou presidente da república, para reequipá-las, modernizá-las e mantê-las longe da política.

Em 1907, formou-se em direito pela Faculdade que hoje conhecemos como Universidade Federal do Rio Grande do Sul, localizada em Porto Alegre. O castilhismo, o positivismo, a doutrina e também o estilo de política de Júlio Prates de Castilhos foi a orientação que Getúlio encontrou em sua filosofia.

Em 1911, ele casou com Darcy Lima Sarmantho, que na época tinha apenas quinze anos e com ela teve cinco filhos. Vale ressaltar que este casamento foi visto como um ato de conciliação, já que as famílias, durante a Revolução Federalista ocorrida no ano de 1893, faziam parte de partidos políticos opostos, rivais.

Com seu suicídio, em 1954, milhares de pessoas foram às ruas para prestar as últimas homenagens a este querido e importante líder político. Há quem diga ainda, que sua morte acabou adiando o golpe militar que tinha como objetivo depô-lo, e que se tornou totalmente desnecessário, já que quem assumiu o poder foi Café Filho, um político extremamente conservador.

Mas em 1964, o golpe militar enfim chegou, recebendo o nome de Golpe de Estado, e foi organizado pelos militares. Para outras pessoas, a morte de Getúlio Vargas o tornou uma vítima, uma vez que sua popularidade foi preservada e não houveram investigações sobre possíveis irregularidades que teriam acontecido durante o seu último governo.

Vale dizer ainda, que todo o clima de comoção causada por sua morte, acabou por facilitar a eleição de João Goulart à vice-presidência e de Juscelino Kubitschek à presidência da república, no ano de 1955. Este fato os caracterizou como os herdeiros da política de Vargas.

Até os dias atuais, os pertences pessoas e todo o arquivo de Getúlio Vargas estão preservados, no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil, que desenvolve pesquisas sobre a história brasileira depois do ano de 1930.

Pode-se dizer que foi Getúlio Vargas quem inaugurou o populismo no Brasil, como uma prática que desmobiliza politicamente a população, apesar de buscar sempre satisfazer suas necessidades mais imediatas, sem promover a conscientização.

O populismo vem acompanhado de grande dose de paternalismo, que marca a política brasileira até os dias de hoje. Nesse modo de governo, o líder é visto como alguém que dá as coisas, sendo elas concretas ou não. Assim, é totalmente aceitável que quem dê mais passe a ser o mais querido entre a sociedade. E nesse contexto, a propaganda e a publicidade também passam a ser características decisivas, como bem percebeu Getúlio Vargas.