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História da Igreja Católica e o Cristianismo

A partir do Concílio de Trento, ocorrido entre 1545 e 1563, a igreja cristã dominada pelo poder papal começou a ser chamada de Católica Apostólica Romana, em conflito com as igrejas protestantes estabelecidas desde a reforma. Determina-se como santa, una, apostólica e católica e declara seu dirigente como verdadeiro sucessor do posto do apóstolo Pedro, consagrado papa, de acordo com o Evangelho, pelo autentico Cristo.

A expressão catolicismo foi utilizada por determinados autores, anterior a era cristã, com a lógica de universalidade. Destinado a igreja, apareceu pela primeira vez no ano 105 do período cristão na carta do bispo de Antioquia, Inácio. Nos escritos clássicos, era usada para a igreja de maneira geral, já nos textos dos escritores do século II do período cristão, a expressão admite duplo sentido: o de igreja autêntica, verdadeira, ortodoxa, em oposição as doutrinas que estavam surgindo; e o de universalidade geográfica, já que no ponto de vista desses escritores a igreja já havia alcançado os limites do mundo.

Cristianismo na Palestina

No período de Jesus Cristo, quando a Palestina era governada pelos romanos, a religião conhecida pela sociedade judia orientava-se pelo fragmento da Bíblia conceituado como Antigo Testamento. Apesar de não planejar romper com o costume religioso judaico, o ensinamento de Cristo dava destaque para os fundamentos da fraternidade e do amor, opondo-se ao formalismo religioso espalhado pelos doutores e fariseus do principio mosaico.

Esse ensinamento de caráter menos legalista e mais espiritual começou a ser propagado principalmente entre as classes pobres da sociedade, na língua comum, no aramaico, por meio de parábolas.

Depois da morte de Cristo, seus adeptos passaram a ser conhecidos como cristãos e, unidos em uma comunidade pequena, buscaram conservar viva a recordação de seus ensinamentos, apesar de fazer parte do costume religioso judaico.

O acontecimento mais importante dessa época foi a Assembléia Cristã, popularizada como Concílio de Jerusalém, onde surgiram dois pensamentos pastorais bem determinados. De um lado estavam os adeptos de Paulo, que almejavam uma brecha instantânea do ensinamento cristão para o mundo greco-romano; do outro, sob o comando do apóstolo Tiago, estavam aqueles que queriam dar ênfase a raiz judaica da nova doutrina.

A sentença conciliar elegeu uma brecha sensata, sugerida pro Pedro, já selecionado por Cristo como comandante de seu primeiro conjunto de evangelistas. Este cristianismo judaico contou, contudo, com uma vida moderadamente rápida, em razão da queda de Jerusalém, coordenada, nos anos 70, pelo imperador Tito. Desde então, a fé cristã se espalhou para as províncias de Anatólia e na própria metrópole do Império Romano.

Cristianismo no Império Romano

O comparecimento cristão no Império Romano foi assinalado por duas fases bem diferentes.

Na primeira, que se prolongou até o fim do século III, a religião cristã se viu menosprezada e atormentada. O monarca Nero foi o primeiro a perseguir os cristãos, incriminados de terem ocasionado o incêndio de Roma. Entre os problemas dessa etapa, que perdurou por quatro anos, abrange São Paulo e São Pedro. Com Domiciano aconteceu uma nova perseguição, começada em torno do ano 92.

Com as leis de oficialização e liberdade, o cristianismo certificou-se a ponto de transforma-se, para alguns, meio de divulgação social e a rota para a aquisição de encargos públicos.

Dado que a religião crista de firmou como doutrina urbana, desde o fim do século IV, os outros cultos começaram a ser perseguidos. Consequentemente, seus adeptos tiveram que se esconder na zona rural, de onde veio a nomenclatura pagã, isto é, residente do campo.

Catolicismo e a Atualidade

Depois de aproximadamente 400 anos de resistência e reação em oposição aos progressos da atualidade, a Igreja Católica começou um método de maior liberdade com o Concílio Vaticano II, concretizado entre 1962 e 1968. Dentre as vitórias mais importantes dessa assembléia episcopal, é importante destacar a declaração de que a religião católica não se junta inteiramente a nenhuma manifestação cultural, mas devem adaptar-se as diferentes culturas das sociedades ao qual o ensinamento evangélico é transmitido.

A assembléia trouxe uma tolerância maior com relação aos avanços científicos, a subseqüente abolição do julgamento de Galileu foi um sinal emblemático desse novo comportamento. A sustentação da igreja transformou-se parcialmente e deram espaço para uma participação maior dos leigos, abrangendo as mulheres, no cotidiano da instituição.

Ao invés das reuniões anteriores, apreensivos para determinar verdades de moral e de fé e sentenciar abusos e erros, o Vaticano II teve como instrução essencial a busca por um papel onde participaria mais da religião católica na sociedade, se atentando aos problemas econômicos e sociais.

Os padres consagrados apontaram receptividade para as dificuldades dos direitos humanos e da liberdade. Por fim, o pânico do anti-semitismo nazista ofereceu chance para a Igreja Católica repensar sua clássica colocação de afastamento relacionado ao judaísmo.

This post was last modified on 27 de agosto de 2015 11:33

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