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História do Livro

Ao longo dos séculos os livros já demonstraram ser importantes fontes de conhecimento, informação e arte. Nas páginas dos livros várias áreas do conhecimento humano podem ser depositadas, sendo úteis para fomentar debates e suscitar várias reflexões. Não por acaso, o livro não apenas pode conter histórias, como também é um dos principais depósitos do que se torna história.

O livro como o conhecemos hoje, na verdade, é o resultado de uma série de inovações efetuadas no decorrer dos anos. Na antiguidade, os primeiros registros de suporte da escrita remontam aos pergaminhos e papiros.

A história do livro deve muito ao antigo Egito. Durante o tempo dos faraós, o papiro era o elemento fundamental para os registros escritos daquela época. Nesse contexto, a escrita no papiro era uma função executada apenas por uma classe de escribas destinados a efetuar a leitura e a fabricação dos textos oficiais e religiosos. Historiadores alegam que as peças de papiro mais antigas já vistas são originárias de séculos antes de Cristo. Para realizar a organização desses documentos, as folhas de papiro eram pregadas umas às outras, dessa maneira, elas constituíam um único rolo.

Nessa época, a sociedade egípcia era dividida em:

  • Faraós: Eram considerados a autoridade máxima no contexto da época, simbolizando, inclusive, personificação terrena das divindades.
  • Sacerdotes: Eram autoridades responsáveis pelos ritos religiosos e divulgação de leis.
  • Militares: Classe destinada para questões de cunho bélico.
  • Escribas: Efetuavam os registros de escrita, tecendo considerações sobre religião e política.
  • Artesão e camponeses: Formavam a classe trabalhadora. Além disso, é válido lembrar que a sociedade egípcia era composta também por um significativo contingente de escravos, que geralmente era pessoas capturadas em guerra.

Nesse contexto, a escrita no antigo Egito era voltada para as classes mais letradas. Com o passar dos anos, a história do livro ganhou impulso na Europa da Idade Média graças à invenção da prensa de tipos móveis.

A maior invenção de Gutenberg

Na Europa medieval, o que restou do Império Romano se tornou a sociedade baseada no regime feudal. Nessa época, a organização social era divide em:

  • Religiosos: Era detentora de poder político e também ideológico.
  • Nobres: Eram os donos das terras e também possuíam poder militar
  • Camponeses: Eram a base da pirâmide social e trabalhavam na agricultura.

O conhecimento da escrita, nesse período, estava nas mãos da classe dominante, que era o alto clero. Uma significativa quantidade dos livros ficava armazenada sob a proteção dos mosteiros e tinham todo o seu conteúdo conservado pelo dedicado e minucioso trabalho de monges copistas. Nesse cenário, é válido destacar que a Igreja cristã exerceu uma significativa atuação para que muitos textos provenientes da cultura grega e romana fossem preservados.

Além disso, ainda na Idade Média, que a invenção concebida por Johannes Gutenberg permitiu que o surgimento dos livros tivesse um salto quantitativo enorme. Tal invento foi à prensa de tipos móveis. Nascido em uma região da Alemanha, Gutenberg trabalhou como joalheiro e também na área da impressão, daí o seu conhecimento que possibilitou a invenção da prensa.

Graças ao instrumento desenvolvido por Gutenberg, o impulso para a impressão de livros em grande quantidade foi possível. O seu trabalho de impressão mais famoso foi a célebre Bíblia de 42 linhas.

Por meio desse método de impressão, que conferia maior quantidade e também bem mais qualidade, a produção de livros aumentou significativamente. Por causa disso, aliado a ascensão da classe burguesa e também de um maior número de pessoas alfabetizadas, a Europa viu surgirem algumas mudanças no aspecto cultural, social e político da sociedade. Foram elas:

– O Renascimento Cultural: O contato com obras da antiguidade clássica da Grécia e Romana possibilitou que muitos filósofos e cientistas valorizassem a cultura humanista antiga. Sendo assim, tanto na arte quanto na ciência, ocorreu uma mudança de paradigma que culminou com questões que questionavam até mesmo a autoridade da nobreza e do alto clero.

– O Iluminismo: A propagação de uma maior quantidade de livros impressos favoreceu o surgimento do Iluminismo, que foi uma corrente de pensamento que valorizava a ciência, a liberdade de opinião, liberdade religiosa, entre outros aspectos. O iluminismo veio a favorecer a classe burguesa, pois defendia a liberdade e condenava regimes de escravidão. Além disso, as concepções iluministas foram importantes para ocorrer a Revolução Francesa e outros eventos que sacudiram a Europa e o resto do mundo.

O livro na modernidade

A história do livro continuou nos séculos XIX e XX com ele já consolidado como um importante instrumento de conhecimento e arte. A literatura ganhou força nesse período com a impressão tanto de obras novas quanto dos clássicos.

Devido ao barateamento da impressão e também a um índice mais elevado de pessoas alfabetizadas, a literatura atingiu um número maior de leitores. Hoje em dia, no século XXI, a história do livro ganhou um capítulo a mais: a disputa entre o livro impresso e o livro digital.

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