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Os egípcios: introdução

A região onde hoje localizamos o atual país do Egito já foi o local de muitos acontecimentos históricos. O Egito é um dos países mais antigos do mundo, se a análise considerar apenas a construção de uma identidade unificada. Com uma história tão vasta e antiga, estudar a formação e o desenvolvimento do Antigo Egito é fundamental para compreender este povo.

Os egípcios: origem

Situados ao norte do continente africano, na região denominada como Baixo Nilo, o Antigo Egito foi uma civilização da Antiguidade Oriental, surgida em torno de 3000 a.C.. A origem deste povo está relacionada ao desenvolvimento das técnicas de agricultura, que permitiram que o homem permanecesse em um mesmo local, abandonando a vida nômade e a necessidade de coletar frutos e caçar para sobreviver.

A região do rio Nilo, embora desértica, possuía terras férteis. Durante as cheias do rio Nilo, as margens recebiam o depósito de um material orgânico extremamente fértil, de modo a favorecer a agricultura. A observação dos ciclos das águas do rio Nilo permitiu o desenvolvimento de técnicas de agricultura. Desta maneira, iniciou-se a formação de uma das civilizações mais prósperas da Antiguidade.

A organização política.

O Antigo Egito foi o primeiro lugar do mundo onde a política, a religião e as artes estavam alinhadas em torno de um ideal em comum. Por isso, dizemos que o Egito foi o primeiro Estado-Nação da humanidade.

Sua organização política tinha como centro do poder o Faraó, visto como uma autoridade absoluta. O Faraó era considerado a personificação do deus Hórus, por isto deveria ser adorado e temido. O poder e a autoridade exercidos pelo Faraó eram tantos que não era permitido olhar diretamente para o soberano ou dirigir-lhe a palavra.

Os escribas e os nobres tinham como função realizar as tarefas fundamentais para o bom funcionamento do Estado. Dentre estas tarefas, podemos citar a supervisão dos trabalhos nas colheitas, negociações comerciais, trâmite de itens importantes, negociações com civilizações vizinhas. Eram os contabilistas e fiscais do Estado.

Abaixo do Faraó, estavam os sacerdotes. Sua principal atribuição era organizar os cultos e as festividades religiosas, pois eram vistos como intermediários entre os deuses e o povo. A religião exercia um papel muito importante, visto que a manutenção do poder do Faraó estava fundamentada na crença de que este era a personificação do deus Hórus.

A sociedade no Antigo Egito era constituída ainda por soldados, mantidos pelo Estado com o objetivo de manter a ordem, artesãos, camponeses e escravos. Estes últimos eram considerados a classe mais baixa da população.

Do ponto de vista geopolítico, o Antigo Egito era dividido por nomos, chefiados por um nomarca, que sempre era um escriba ou um nobre. A partir de 3200 a.C., houve a unificação do Alto e do Baixo Egito, com a subordinação dos 42 nomos ao que ficou conhecido como Império Egípcio.

Os egípcios:economia.

O Antigo Egito foi uma civilização extremamente próspera. O domínio das técnicas de agricultura, aliado a uma administração do Estado que visava a acumulação de riquezas, tornou esta região bastante desenvolvida economicamente.

Com os recursos adquiridos com a colheita, o Estado investiu na exploração dos recursos minerais do vale. A construção de prédios, o investimento na cultura egípcia, construções coletivas e ofensivas militares: tudo era feito com recursos próprios.

A posição geográfica do Antigo Egito, protegido pelo deserto, tornou-o um local poucas vezes invadido por estrangeiros. Isto colaborou para o fortalecimento de uma unidade egípcia e, consequentemente, de sua economia.

Arte e religião.

A arte no Antigo Egito foi o maior expoente da sua cultura. Suas figuras representavam os deuses egípcios, as lendas de suas origens, mas também cenas cotidianas do povo. Nos murais e vasos, as figuras humanas ou de deuses sempre eram retratadas com o dorso virado para frente, a cabeça de perfil e as mãos e os braços a executar alguma ação que indicasse o modo de vida do personagem retratado. Não havia a noção de perspectiva ou de profundidade de campo.

Na arte egípcia, as figuras não eram representadas em seu tamanho natural. Quanto maior fosse o nível de importância da pessoa retratada, maior seria a imagem. Assim, o Faraó era representado muito maior que o seu tamanho verdadeiro ou, ao menos, os outros retratados estariam ajoelhados.

Outra característica era a não preocupação em retratar a realidade com perfeição. Personagem como idosos ou doentes nunca era retratados com estas características, pois não constituíam o ideal egípcio.

O Antigo Egito teve fim após um período de sucessivas invasões estrangeiras. Por fim, em 31 a. C., então sob a chefia de Cleópatra VII, esta civilização foi derrotada pelo Império Romano. Porém, o Antigo Egito permanece como uma das civilizações mais estudadas por cientistas, pois seu legado no campo das artes, matemática e técnicas de plantio e uso do solo, refletem até os dias de hoje.

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