Pterodáctilo

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Pterodáctilo

O pterodáctilo era um réptil da ordem Pterosauria que tinha a capacidade de voar, era carnívoro e se alimentava, possivelmente, de pequenos animais e peixes. Habitou a recente África e Europa ao longo do período Jurássico Superior, aproximadamente 150 milhões de anos atrás.

Dentro da ordem Pterossauria é a espécie mais conhecida, sendo representado diversas vezes no cinema. Ainda que seja incluído na ordem dos dinossauros, esses seres possuem uma ordem própria, a dos pterossauros.

Os dinossauros foram animais grandiosos que habitaram a Terra na chamada Era Mesozoica. Na posição de maiores animais já conhecidos na história do mundo, suas diferentes espécies predominaram não só na terra, como também no ar e na água. A categoria conhecida como pterossauros indica os répteis que apresentam condições de voar.

Ainda que os cientistas creiam que os dinossauros se transformaram em aves, os pterossauros continuaram com as características especificas dos répteis, não alcançando nem semelhanças com os ancestrais das aves. Esses seres eram beneficiados de uma pele rugosa, sem a presença de asas e pelos, e apresentavam ainda uma boca cheia de dentes.

O Pterodáctilo costuma aparecer muito em seriados e cinemas, mas sua representação cinematográfica não condiz com a imagem real do animal. Na cultura de modo geral, quando se refere aos pterossauros logo há uma ligação instantânea com os Pterodáctilos, o que é um engano. A interpretação feita desse animal é que ele apresenta uma envergadura que alcança seis metros, medindo cerca de 4,5 m e voando com grande agilidade, muito usados em filmes como seres que tinham a capacidade de devorar homens. Na verdade, o pterossauro que apresenta essas particularidades era o Pteranodon, familiar do Pterodáctilo, mas não o mesmo ser em si.

O verdadeiro Pterodáctilo era um ser pequeno, que não tinha capacidade de provocar perigo a vida de qualquer ser humano. Possuía uma envergadura das assas bem menor do que a de seu familiar Pteranodon, essa dimensão era medida entre 50 a 75 cm somente. Outra informação que normalmente é usada de maneira errônea é referente à sua habilidade de voar. Os cientistas supõem que os Pterodáctilos voavam com muita dificuldade, sendo aptos apenas a planar.

Como todos, os Pterodáctilos apresentam asas compostas por membrana e músculos que se expandi do dedo mais alongado da mão até as pernas, daí que vem a sua nomenclatura. O crânio desse animal é comprido, fino e reto, na boca há ao todo 90 dentes que auxiliam na pesca. Acima da cabeça, contem uma crista formada por tecidos fracos, que deveria ajudar no papel sexual.

Os filhotes desses animais modificavam-se notavelmente de acordo com a idade, percorrendo fases de crescimento bem marcadas. Os fósseis salientam intervalos de crescimento anuais, o que sinaliza que os pterodáctilos se procriavam sazonalmente.

O francês Georges Cuvier encontrou, em 1809, o primeiro tipo de pterossauro a ser classificado como um réptil voador. Até ser estabelecido como tal, chegou-se a acreditar que estava entre um pássaro, um morcego, ou até uma espécie marinha. Atualmente, é identificado mais de 30 fósseis, muitos completos e a grande parte de pterossauros jovens, achados na Alemanha.

As pegadas encontradas no solo apontam que o pterodáctilo se locomovia em quatro patas, da mesma forma que todos os pterossauros. Referente a reprodução dos pterossauros, não se sabe muito coisa, porém admite-se que eles colocavam os ovos no chão, em ninhos de argila ou enterrados.

Possuíam dedos curtos que serviam para escalar e auxiliar na higienização. As membranas das assas eram formadas por uma base de fibras rijas, um extenso conjunto de vasos sanguíneos e diversos sistemas de músculos.

Novos estudos insinuam que os pterodáctilos apresentavam sacos aéreos, que auxiliavam no sistema respiratório. São diversos bolsões que facilitavam uma corrente constante de ar nos pulmões e não permitiam que o ar expelido se junta-se com o novo. Os pássaros podem apresentar até nove sacos aéreos, e acredita-se que os pterodáctilos também tivessem algo parecido com isso em seu organismo.

A ordem Pterosauria é separada em duas subordens: ranforrincoides e pterodactilídeos. Os ranforrincoides são mais primitivos, apresentam cauda pequena e eram menores em relação cós pterodactilídeos. Já estes são pterossauros mais evoluídos que apareceram com o fim dos ranforrincoides e sumiram devido a aparição de novas espécies de aves aquáticas, que tomaram posse do habitat onde eles viviam. Diversos pterodactilídeos possuíam crista na cabeça, utilizadas para exibição e para estabilização durante os voos.