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Resumo do Nacionalismo

Dentro do campo da filosofia, existem vários tipos diferentes de pensamentos que podem nortear o estilo de vida, o padrão político e a vida pública e privada do cidadão. Alguns pensamentos são tão antigos que até mesmo precedem o conceito de sociedade tal qual temos hoje em dia, porém, muitos desses pensamentos foram mudando no decorrer dos anos, incrementando sua estrutura e se tornando cada vez mais próximo do que conhecemos hoje. Uma dessas correntes filosóficas é o Nacionalismo, que é consideravelmente novo no contexto histórico, mas que se tornou indispensável para entendermos algumas das principais mudanças do mundo em questões políticas nos últimos tempos.

O nacionalismo – o combustível de revoluções

Vindo das correntes de pensamento iluministas, os preceitos do nacionalismo colocam a soberania de um estado ou nação acima da religião, da política e do individualismo. O principal motivo da popularização destes pensamentos era a centralização do poder, principalmente no quesito de um período de monarquias, em que uma pessoa recebia o seu direito de acordo com o seu nascimento, não de acordo com o seu merecimento.

Este tipo de ideia, que delimitaria o que uma pessoa poderia ser a características inatas, passaram a ser cada vez mais questionadas, colocando em dúvida várias ideias pregadas tanto pelo conceito de monarquia e da religião, já que além da monarquia encaixar o homem dentro de um sistema em que nobres sempre seriam nobres e plebe sempre plebe. Além destas dúvidas, surgiram também várias questões com relação à religião, que diz que todos são iguais, independente de seu local de origem.

Com o questionamento dos principais movimentos da época, passaram a surgir novos pensamentos a respeito do papel do estado, seu desenvolvimento e as ideias de que uma nação é feita a partir de seus indivíduos, suas características físicas e históricas, com um grande retorno à popularização do folclore e da cultura nacional. Estes pensamentos reavivaram a cultura nacional, trazendo um senso de orgulho por pertencer a uma nação, o que passou a ficar cada vez mais evidente na cultura de várias nações, principalmente as europeias.

A partir destes pensamentos, ficou cada vez mais comum a vontade das pessoas valorizarem sua própria cultura, criando o combustível necessário para criar os primeiros movimentos sociais, que culminariam em várias revoluções e, cerca de um século depois, nos dois capítulos mais negros da história moderna: as duas grandes guerras mundiais.

O Nacionalismo e suas consequências para o mundo

O primeiro movimento de origem puramente nacionalista foi a Revolução Francesa que, embora tenha grandes objetivos políticos, teve suas origens baseadas nas ideias de valorizar a igualdade entre o povo de uma mesma nação, no caso, a francesa, acima de monarquias, clero e pensamentos. A partir disso, o rei perdeu sua força, a religião deixou de ser o guia moral da sociedade e os eventos que se seguiram culminaram na Queda da Bastilha.

Vale lembrar que o Nacionalismo tem diferenças com relação ao socialismo, que aconteceu na Rússia décadas mais tarde que a Revolução Francesa, principalmente porque enquanto o nacionalismo defende a cultura de uma nação como soberana, o socialismo defende os indivíduos como iguais, independente de sua origem, tentando colocá-los sempre no mesmo nível cultural e social.

Com o pensamento nacionalista, vimos várias nações revivendo seu folclore que antes estava esquecido no tempo. Principalmente as nações do leste e norte europeu passou a reviver sua cultura histórica, colocando em foco novamente culturas como dos Vikings, a cultura nórdica e outros movimentos do tipo.

Entre estes movimentos, passou a se reativar a ideia da cultura franca, que marcou uma série de povos que estão na região central da Europa. O nacionalismo dos Francos criou um pequeno movimento nacionalista na Alemanha, liderado por um grupo que queria dar o valor necessário para a cultura do seu povo, mesmo que isso significasse expulsar estrangeiros de seu país. Enquanto esta ideia se tornava cada vez mais forte, a Alemanha se envolveu na 1ª Guerra Mundial, perdeu, e viu sua soberania totalmente quebrada, levando à origem do nacionalismo social, que queria oferecer a igualdade entre os cidadãos da nação, desde que eles fossem legitimamente alemães.

Este partido ganhou cada vez mais adeptos, até tomar o poder alemão, quando o Führer Adolf Hitler tomou o poder, levando a uma caça aos estrangeiros que moravam na Alemanha, em especial, os judeus, culminando em uma perseguição que gerou o holocausto judeu durante a 2ª Guerra Mundial.

Por falar em 2ª Guerra Mundial, os ideais nacionalistas foram peça chave neste contexto, já que o objetivo da Alemanha, além de conquistar novos territórios, era reunir o povo Franco sob uma mesma nação, governada pelo povo Ariano. Esta informação é importante principalmente para entendermos como foi possível que um Austríaco tenha conquistado o cargo máximo na Alemanha, considerando que Hitler era um estrangeiro, mas que a partir dos ideais nacionalistas, tinha o objetivo de valorizar sua cultura.

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