A Revolução Cultural Chinesa, também conhecida como a “Grande Revolução Cultural Proletária”, consistiu em uma espécie de temporada de mudanças sociais, políticas e socioeconômicas em todo o território chinês. A revolução marcou o seu início no ano de 1966 e se manteve intacta até 1976, com duração exata de uma década. Ela foi iniciada pelo líder Mao Tsé-tung, que estava no comando da China desde 1949 – ou seja, época em que o país se tornou comunista.
O motivo que levou ao desencadeamento da Revolução Cultural Chinesa é, no mínimo, curioso: o líder Mao já não se sentia mais satisfeito com o sistema que, anos antes, teria sido implantado por ele mesmo.
O objetivo de Mao era fazer com que a China fugisse de um modelo comunista estagnado nos moldes soviéticos, uma vez que o considerava fraco e falido. Para ele, os burocratas que o aceitavam tinham apenas um interesse: o de continuar garantindo para si mesmo mordomias jamais disponibilizadas para o restante da população chinesa.
Foi então no mês de agosto daquele ano que, em meio a uma reunião do PCC – Partido Comunista Chinês, Mao anunciou de modo formal o início da Revolução Cultural Chinesa.
Com o lançamento da Revolução Cultural Chinesa, o líder Mao tinha quatro diferentes objetivos. São eles:
1. Correção dos rumos políticos que o seu partido estava levando nos últimos anos;
2. Dar aos jovens chineses a chance de terem uma experiência na revolução do país;
3. Substituir os membros do partido que seriam seus sucessores por outros mais ‘alinhados’ aos seus pensamentos e objetivos;
4. E, especialmente, fazer com que os sistemas culturais, educacionais e de saúde do país fossem disponibilizados integralmente para todos, deixando de serem elitistas, ou seja, usufruídos apenas pelas classes sociais mais altas chinesas.
Para que seus objetivos pudessem ser cumpridos, Mao se integrou à mobilização dos chineses mais jovens, moradores da parte urbana do país. O grupo de jovens mais conhecido da época é denominado “Guardas Vermelhos”.
Os Guardas Vermelhos eram pequenas milícias, formadas principalmente entre os estudantes e jovens do país. Totalmente doutrinados, eles deveriam seguir os ensinamentos do ‘Livro Vermelho’, criado logo no início do movimento pelo próprio líder Mao. Na obra, ele incentivava e estimulava uma série de ações “dignas e positivas” para os jovens que se filiassem ao movimento. O grupo, em seu auge, chegou a ser composto por 11 milhões de indivíduos.
Além do questionamento sobre os rumos que o comunismo na China havia tomado, a Revolução também tinha o objetivo de acabar com o “confucionismo”. O confucionismo nada mais é do um pensamento criado e disseminado pelo filósofo “Confúcio” que, durante milênios, foi capaz de influenciar os pensamentos da sociedade chinesa em relação à importância da hierarquização da China e extrema valorização do passado.
Durante a Revolução Cultural Chinesa, tais pensamentos foram abolidos principalmente por serem considerados “antiquados”. A Revolução, neste sentido, lutou para a igualdade entre a massa e as classes mais “intelectuais” da China.
Mas infelizmente, o que os livros de história relatam sobre a Revolução Cultural Chinesa não é totalmente positivo em sua essência.
Isso porque, na prática, o movimento levou à:
O motivo para tais “resultados” foi considerado pelos historiadores como uma consequência da adesão massiva ao movimento (principalmente pela juventude chinesa, que nunca havia vivido uma revolução antes).
No ano de 1976, Mao faleceu, enfraquecendo o movimento. Seu sucessor foi o líder Deng Xiaoping, que era contra o que foi pregado por Mao. Não à toa, no ano de 1977, a Revolução Cultural Chinesa foi formalmente encerrada em todo o território chinês.
Algumas curiosidades sobre o movimento são:
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