O poeta Carlos Drummond de Andrade é conhecido como um dos maiores nomes do Modernismo no Brasil. Apesar de ser conhecido por seus poemas, Drummond também se aventurou em outros estilos textuais. O livro Contos de Aprendiz é um exemplo.
O livro foi publicado em 1951 e a maior parte do seu teor é focada justamente nisso: a emoção e o deslumbramento que algumas modernidades provocavam nos brasileiros.
Entre as principais características da obra Contos de aprendiz, destacam-se:
O título do livro também merece atenção: ao utilizar o termo “aprendiz”, Drummond sugere que está iniciando no mundo dos contos, já que sempre produziu uma quantidade maior de poesias. No entanto, há quem diga que isso é uma boa dose de ironia, já que o autor seria brilhante em qualquer estilo.
O livro Contos de aprendiz é composto por 15 contos. Vejamos sobre o que se trata cada uma delas:
A salvação da alma
O conto que abre a obra retrata cinco irmãos, quatro meninos e uma única menina, chamada Ester. Viviam em uma pequena cidade onde as brigas eram comuns e tratadas como “questão de honra”. Até que um dia chega um padre até essa cidadezinha e os meninos são levados para se confessarem e depois pedem perdão uns para os outros, pelas faltas cometidas.
Sorvete
Joel e um amigo moravam em uma cidade pequena. Um dia, os dois amigos estavam indo ao cinema, quando passaram por uma sorveteria e viram que estava sendo servido sorvete de abacaxi. Com tanta vontade de tomar o sorvete, os dois não conseguiram prestar atenção no filme. Quando voltaram, passaram pela sorveteria e detestaram o sabor do doce! Mesmo assim, comeram até o fim para não desonrar a família.
A doida
Havia uma mulher considerada “doida” e um grupo de meninos a humilhava, tacando pedras em sua direção. Certa vez, um deles se enche de coragem e entra na casa dessa mulher, percebendo que ela estava doente, à beira da morte. Tomado por um sentimento de compaixão, ele resolve ficar para lhe fazer companhia.
Presépio
Das Dores era uma moça com a missão de terminar de montar o presépio até o fim do dia, pois não podia se atrasar para a Missa do Galo. Mas tudo aparece para atrapalhar a sua tarefa: namorado, amigas, irmãos.
Câmara e cadeia
Valdemar trabalha na câmara da cidade, que fica localizada ao lado da cadeia. Um dia, um preso acaba fugindo e Valdemar é o único que consegue estabelecer um diálogo com ele e acalmá-lo. Mais tarde, o presidiário é perseguido pelos policiais da cidade.
Beira rio
Capitão Bonerges era quem liderava as terras da companhia. Ele proibia que os trabalhadores comprassem e consumissem bebida alcoólica, mas um dia descobriu que eles estavam comprando de um negro. Possesso, o capitão chama a polícia e a venda do negro é destruída.
Meu companheiro
Um homem compra um cachorro (e, inclusive, paga mais do que seria o preço normal) e dá a ele o nome de Pirulito. Os dois se tornam grandes amigos, até Pirulito desaparecer.
Flor, telefone, moça
Morando ao lado do cemitério, a diversão da moça era assistir aos velórios. Em um de seus passeios, arranca uma flor do chão do cemitério. A partir daí, começa a receber ligações de uma voz pedindo sua flor de volta. A moça é perturbada até a sua morte.
A baronesa
Luís morava junto com a baronesa. Quando ela morre, chama um amigo e, juntos, tomam posse de todas as joias da falecida.
O gerente
Samuel era um bem sucedido gerente de banco que nunca se casou. De repente, ao frequentar a sociedade, coisas estranhas começam a acontecer, como a mão de uma moça que sangrou depois de ele a ter beijado.
Nossa amiga
Uma menina morava entre duas casas e temia um velho bêbado que pegava crianças.
Miguel e seu furto
Miguel resolveu roubar o mar. A ideia deu certo: ele ficou tão rico que até queimava suas riquezas.
Conversa de velho com criança
O narrador conta o que observou de uma conversa entre um velho e uma criança no ônibus.
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This post was last modified on 7 de junho de 2024 00:02
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