Soluções e Dispersões

Quí­mica,

Soluções e Dispersões

Em termos gerais, utilizamos as soluções e dispersões o tempo todo. No entanto, nunca paramos para pensar se determinada ação é considerada como solução ou como dispersão. Para facilitar as coisas, podemos dizer que as soluções são misturas homogêneas que acontecem a partir de duas ou mais substâncias. Ou seja, no processo de solução, não é possível ver os fragmentos dispersos nem com a utilização de um microscópio.

Alguns exemplos clássicos são a mistura do sal com a água e também a mistura do açúcar com a água. Quando se fala em solução de certas substâncias, é impossível separá-las, nem mesmo através do processo de filtração. Nesse caso, o disperso é denominado como soluto e o dispersante é chamado de solvente.

Já a dispersão é considerada como um sistema no qual uma determinada substância está difundida, como se fosse uma partícula pequena, em outra substância. O primeiro conteúdo é conhecido como fase dispersa ou simplesmente disperso e o segundo conteúdo é tido como fase de dispersão ou somente dispersante. Portanto, podemos conceituar as dispersões como princípios em que certo soluto caracterizado como sólido, espalha-se uniformemente pela mistura inteira.

Soluções e Dispersões

Confira abaixo as principais características e alguns exemplos de soluções e dispersões.

Soluções e a sua classificação

Como bem sabemos, as soluções e dispersões são consideradas de suma importância nas nossas vidas. Podemos encontrar as soluções no ar que respiramos, por meio da mistura de gases, na água do mar, através dos vários sais que ela possui, além de remédios, nas bebidas, na urina e no sangue. Podemos classificar as soluções da seguinte forma.

Conforme o estado em que a solução está agregada:

• Soluções Gasosas: O exemplo mais conhecido é quando há a mistura entre partículas de oxigênio com os gases combustíveis. Se colocados sozinhos, não têm serventia, mas se trabalharem unidos formam uma fonte de energia capaz de dar início a uma reação: a produção de calor. Uma informação importante e que vale a pena ser lembrada é que esses gases por si só já são consideradas como soluções gasosas, uma vez que são constituídos por outros gases como etano, butano, metano, propano, etc.;
• Soluções Líquidas: oxigênio e água, açúcar e água, xaropes medicinais, café com leite, álcool e água (miscíveis independente das proporções), água do mar etc.;
• Soluções Sólidas: níquel, cobre, liga metálica, etc.
Conforme a proporção do soluto e solvente:
• Soluções Concentradas: possuem bastante soluto se comparadas ao solvente;
• Soluções Diluídas: possuem pouca quantidade de soluto se comparada ao solvente;
Conforme a natureza do soluto:
• Soluções Iônicas: os fragmentos dispersos são íons;
• Soluções Moleculares: os fragmentos dispersos são moléculas.

Dispersões e a sua classificação

Podemos dizer, de maneira generalizada, que a classificação das dispersões é realizada conforme o tamanho médio dos fragmentos dispersos. Logo, podemos dividi-las em: dispersões coloidais ou coloides, soluções verdadeiras e suspensões.

Dispersões coloidais ou coloides: nesse processo em questão, sabemos que as partículas dispersas têm um formato considerado médio, que varia entre um e 1000 nm. Os seus fragmentos não podem ser sedimentados, no entanto são responsáveis por possibilitar que a luz seja dispersa no momento em que as suas partículas atravessarem sobre ela, ocasionando o chamado Efeito Tyndall.
Ainda, é possível classificar os coloides de muitas maneiras, dependendo da forma do seu fragmento coloidal e do seu meio dispergente.

• Aerossol: spray, fumaça, nevoeiro, etc.;
• Sol: pérolas, rubi, plasma sanguíneo, etc.;
• Emulsão: manteiga, queijo, leite, maionese, etc.;
• Gel: água de sílica, gelatina, etc.;
• Espuma: chantilly, pedra-pomes, maria-mole, etc.

Na grande maioria das vezes, os coloides podem ser confundidos com as soluções, uma vez que a olho nu possuem um aspecto homogêneo. Entretanto, na condição microscópica, as suas propriedades são consideradas distintas. Além do mais, em contraponto com as soluções, as dispersões coloidais tem a capacidade de serem separadas por membranas semipermeáveis ou por centrífugas. A única exceção é a filtração, em que não há a possibilidade.

As soluções e dispersões podem ser vistas em um microscópio. Quanto à dispersão, um exemplo bastante comum é o sangue que, à primeira vista parece uma solução, no entanto, quando passada por uma ultracentrífuga, fica com um aspecto completamente diferente.

Soluções verdadeiras: são soluções que possuem característica homogênea, mesmo que seja observada por meio de um microscópio. Nesse processo, não se pode separar o soluto do solvente através de nenhum tipo de membrana semipermeável, de filtração ou mesmo com a utilização de uma ultracentrífuga.

Isso se deve pelo fato de as suas partículas dispersas possuem um diâmetro inferior a 1 nm e não se sedimentarem com o passar do tempo. São consideradas como soluções verdadeiras as soluções químicas utilizadas nos laboratórios, uma vez que os fragmentos dispersos podem ser classificados como pequenas moléculas, átomos ou íons.

Suspensões: avaliadas como misturas heterogêneas. Isso ocorre porque os seus fragmentos dispersos possuem um tamanho médio superior a 1000 nm e, dessa forma, são vistos a olho nu, podem ser separadas por meio da filtração e são sedimentadas de maneira bastante rápida. Podemos classificar como suspensão o café em pó, já que ele que fica pendente na água, mesmo sendo aquecido posteriormente. Daí a necessidade de filtrá-lo.