A radioatividade presente em nosso cotidiano

Física, Redação,

A radioatividade presente em nosso cotidiano

Radioatividade é o nome dado a um fenômeno natural no qual um núcleo instável acaba emitindo ondas e partículas até que consiga se estabilizar. Muita gente acha que a radioatividade é maléfica para a saúde, mas não se dá conta que convive diariamente com ela.

A radioatividade presente em nosso cotidiano

Isso acontece por ser comum a ideia de que a radioatividade é usada apenas em armas nucleares e bombas atômicas. No entanto, esse fenômeno está sendo usado para ações que fazem parte do nosso cotidiano como nas radiografias esterilização de materiais, na televisão, nos raios solares, na cerveja, nos objetos luminosos e até mesmo na areia da praia.

A radioatividade na esterilização de materiais

Você deve estar imaginando que não trabalha com nenhum material esterilizado e por isso não está diariamente exposto a essas ondas ou partículas, mas a verdade é que além de ser utilizada para matar os micro-organismos presentes em equipamentos da medicina e soros, a radioatividade também é utilizada para acabar com esses seres invisíveis a olho nu nos alimentos.

Normalmente os alimentos que recebem esse tipo de tratamento são os mais frescos, como os mariscos, frutos do mar, peixes e carnes. Como não podem passar por processos como a pausterização, nem serem submetidos a altas temperaturas para eliminar bactérias e fungos, eles recebem uma dose de radiação que impede o crescimento de agentes nocivos à saúde.

Vale lembrar que esses alimentos não possuem nenhum resíduo radioativo e nem mesmo tóxico e podem ser consumidos sem a menor preocupação.

O uso da radioatividade na medicina

Quem trabalha na área na saúde já está acostumado com o fenômeno em seu cotidiano. Os aparelhos de raios-X, por exemplo, emitem uma quantidade de radiação e são usados para o diagnóstico de várias doenças.

Descoberta em 1895 pelo alemão Wihelm Roentgen, a radiografia só foi criada porque esse físico encontrou uma maneira de sensibilizar os filmes de fotografia à ação da luz. O sucesso foi tanto que a radiografia passou a ser uma das técnicas mais usadas pela medicina até o aparecimento do campo magnético e das ressonâncias.

Toda vez que tiramos uma radiografia, somos colocados em uma máquina que tem um ponto de emissão dessa radiação, a pequena prancha ou quadrado ao qual nosso corpo é colocado, nada mais é do que uma chapa de fotografia. A radiação é liberada de forma rápida quando a imagem é captada.

O tratamento de radioterapia é muito utilizado nas pessoas com câncer. O intuito é matar as células tumorais por meio de radiação ionizante aplicada por feixes. Ela nada mais é do que uma quantidade calculada de radiação que é inserida por um tempo determinado e um espaço de tecido do qual o tumor faz parte. Para que isso aconteça, as células vizinhas também acabam sofrendo com a radiação e também morrem, causando uma baixa imunológica no paciente.

Apesar de estar presente no cotidiano de muitas pessoas, a radioterapia é um dos únicos tratamentos realmente eficazes para a cura da doença.

5 itens que você nem imagina que tinham radiação

Todos os itens já citados acima são importantes, mas para algumas pessoas parecem distantes demais do cotidiano. Por isso, é hora de listar 5 itens que contem radioatividade e que estão presentes na sua vida com mais frequência.

  • Bananas: A fruta é uma das mais consumidas do País e também a campeã no assunto de radiação. Por possuírem altas concentrações de potássio e radônio, o alimento é capaz até mesmo de disparar alarmes de radiação instalados em aeroportos e portos de todo o mundo.
  • Cerveja: a bebida alcoólica é uma das mais consumidas no País e também a preferida dos universitários. Apesar de estar em doses baixas e não ser nocivo à saúde, a radioatividade está presente por conta do mesmo isótopo da banana, o potássio.
  • Itens luminosos: sabe aquele seu chinelo que brilha no escuro? Ou o relógio que acende assim que as luzes se apagam? E quem sabe as estrelas grudadas nos tetos do quartos dos jovens. Sim, todos esses itens tem trítio, que nada mais é do que um isótopo de hidrogênio com índices radioativos. Esse isótopo também é utilizado para fabricar iluminação autoalimentada, bússolas, porta-chaves e mira de armas.
  • Castanha do Pará: a oleaginosa que é símbolo do estado brasileiro é o alimento com mais radiação entre os alimentos naturais de todo o mundo. Sua radiação é decorrente do tamanho das raízes de suas árvores, as castanheiras.
  • Detectores de fumaça: se você trabalha em um prédio comercial ou se mora em um condomínio de apartamentos, provavelmente já se deparou com um aparelho capaz de emitir sinais de alerta para as autoridades quando a quantidade de fumaça for grande. Em todo o mundo, especialistas afirma que em média 80% desses aparelhos contêm um isótopo radioativo, o amerício, que consegue liberar partículas betas e alfa.

Esse isótopo é colocado dentro do detector e tem uma vida de 432 anos. Mas fique tranquilo, ele só faz mal à saúde se você inalar a fonte ou comer o aparelho.