Economia da América Latina

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Economia da América Latina

A América Latina não é exatamente um espaço geográfico já delimitado ou, então, um continente. Na realidade, esse termo não passa de uma expressão para resignar os países da América que foram colonizados por latinos, no caso a Espanha, Portugal e França. Essas dependências têm como idiomas oficiais o espanhol, português e francês, sendo ao todo 20 países, incluindo o Brasil.

Aspectos gerais da economia da América Latina

Em um conceito geral, os países latino-americanos mais ricos são o México, o Brasil e a Argentina. As três nações são consideradas emergentes e o PIB dos três, juntos, correspondem a cerca de 75% do PIB de toda a América Latina.

Esses mesmos países também se destacam no que se refere à produção industrial e à exportação dos produtos manufaturados, já que contam com uma base de indústria melhor estruturada do que os outros. Os outros países, na maioria dos casos, são dependentes da exportação e dos principais commodities tanto minerais quanto agrícolas.

América Latina

Um dos grandes problemas da economia latino-americana é em relação à desigualdade social, já que há muita concentração de renda em grande parte dos países. A principal exceção vai para Cuba, já que a nação adotou uma economia de caráter socialista. Quase que a totalidade dos outros países tem como base uma economia de mercado capitalista. As moedas com maior valor econômico são o Real do Brasil, o Peso da Argentina, Chile e México.

O desenvolvimento econômico desses países

Os países integrantes da América Latina contam com uma grande game de semelhanças: problemas sociais, economia atrasada e fragilizada por governos corruptos e condição de países em subdesenvolvimento.

Nos países latino-americanos há grande desenvolvimento de agricultura de subsistência, com destaque para a pesca, caça e coleta. Assim que os colonizadores europeus chegaram nos países, a maioria deles deu continuidade ao cultivo, porém, agora voltado para a exportação, visando a própria rentabilidade.

Sendo assim, esses países têm como base de exportação os produtos primários e, enquanto isso, o processo de industrialização ainda ocorre de forma lenta quando em comparação com as nações mais desenvolvidas. As principais formas de produção são a policultura – direcionada ao próprio abastecimento do país e a monocultura, que é destinada especialmente aos interesses no mercado externo.

A atividade econômica que mais possibilita lucros para os países latino-americanos é a pecuária, já que muitas raças, como a zebu e bovinas, são criadas em regiões mais frias ou de clima tropicais.

Outras atividades realizadas com êxito são a mineração e o extrativismo, principalmente na exportação dos mesmos para o resto do mundo.

Já o setor da indústria é melhor desenvolvimento na produção e distribuição de matéria-prima. As indústrias responsáveis pela produção de bens são voltadas principalmente para os setores têxteis e alimentícios. A tecnologia de ponta só é utilizada em países mais avançados como a Argentina, Brasil e México.

As empresas multinacionais começaram a chegar na América Latina com o início do século XX por conta das condições positivas e bem favoráveis encontradas em nossas terras. O principal motivo é a mão de obra, já que essas instituições se instalaram no País e ofertaram um grande número de empregos por salários mais baixos.

Além disso, as nossas leis ambientais não são assim tão rígidas e permitem o desenvolvimento de tais fábricas e indústrias sem muita fiscalização. A isenção dos impostos em alguns países, que oferecem incentivos fiscais para que a empresa se instale e a concentração de matéria prima, possibilitada pela nossa grande disposição de recursos naturais também são boas razões para a instalação de tais.

Os países latino-americanos também concentram um bom público de mercado consumidor, já que são países extremamente populosos (com destaque para o Brasil e México) e contam com milhões e milhões de indivíduos prontos para comprar o que essas empresas oferecem.

Será uma crise econômica?

Infelizmente, a grande maioria dos países da América Latina já se acostumou com uma condição precária de economia, que sempre foi muito explorada principalmente pelos governos. Os aumentos de preço na venda de produtos (mesmo os que são produzidos no próprio país) e taxas de juros elevadas são algumas das consequências da inflação, que dificilmente abre mão desses países.

Na década de 80, por exemplo, não houve qualquer expectativa de que essa constante “crise econômica” pudesse deixar tais países, sendo ela conhecida como uma década perdida para as nações latino-americanas. O FMI – Fundo Monetário Internacional é uma entidade que frequentemente fornece grandíssimos empréstimos para os países que a integram, já que esse modelo mais neoliberalista de economia gerou um crescimento bem significativo nas taxas de extrema pobreza, além de provocar maiores índices de desemprego e de elevação gradativa de custo de vida.

Já em âmbito mundial, o clima da economia na América Latina só piora, sendo o Brasil o país com pior desempenho no primeiro trimestre de 2015 entre os pesquisados. Os dados são de um estudo da FGV – Fundação Getúlio Vargas, que apontou uma queda de 5,3% nos países latino-americanos. Enquanto isso, o resto do mundo “decolou” nesse mesmo período, economicamente falando. As estatísticas só indicam situações favoráveis para o Chile, Argentina e Paraguai, enquanto o Peru continua estável.