Denis Diderot
Ao falar sobre Denis Diderot, muitas são as dúvidas acerca de quem ele foi. Por formação, é filósofo. Mas, desde o início de sua carreira, utilizou-se do dom de transparecer suas ideias para se tornar também um dos mais renomados escritores do território francês.
Denis Diderot nasceu no dia 5 de outubro, em 1713, em uma pequena província francesa – Langres. Seu falecimento foi em 1784, na capital do país. Suas principais influências no ramo foram: Voltaire, Isaac Newton, John Locke e Baruch Espinoza.
Mas, afinal, para que será que o filósofo dedicou a sua carreira?
Biografia de Denis Diderot
Além da produção literária em grande peso não só para Paris, como para toda a Europa, ele também ficou conhecido por suas grandes reformas em enciclopédias. Desde os primórdios de seus estudos, sua grande preocupação foi em relação ao homem e a sua natureza. Sem sombra de dúvidas, podemos afirmar que ele foi um dos maiores admiradores da vida em sua essência.
E, para comprovar o fenômeno da vida, Denis Diderot nunca se apoiou em bases cristãs ou religiosas de qualquer vertente. Mas, pelo contrário: ateu, ele também foi extremamente materialista. Chega a ser engraçado pensar quem alguém que deu início à carreira como eclesiástico e que estudou com jesuítas seria um ateu, não é mesmo? Mas nada o impediu de seguir livremente com as suas próprias crenças.
Entre os anos de 1729 e 1732, Denis Diderot partiu para a sua primeira formação universitária. Em Paris, ganhou o diploma em Artes. Paralelamente, ele se tornou um grande estudioso de matérias como filosofia, literatura, legislações e, até mesmo, algumas teorias matemáticas. Além disso, foi um dos símbolos da época iluminista e inspirador para o desenvolvimento da Revolução Francesa – principalmente na escolha dos ideais nacionalistas.
No ano de 1745 o filósofo foi, pela primeira vez, contratado para dar a sua contribuição em uma enciclopédia inglesa – mesmo que só para desempenhar uma tradução. Pelo jeito, ele desenvolveu gosto pela coisa, uma vez que a partir de então foi um profissional primordial para o desenvolvimento de inúmeros materiais nesse sentido.
Quando trabalhou com o filósofo Jean Le Rond d’Alembert na organização de uma nova enciclopédia, Denis Diderot nem sequer imaginava que, anos depois, seria uma das grandes influências pelas cabeças que comandavam a Revolução Francesa. O motivo? Sua essência extremamente materialista e racionalista ao mesmo tempo, propondo de forma instantânea uma separação entre os interesses do Estado e da Igreja.
Além disso, ele também frisava assuntos como o combate às crenças negativas (como as superstições, por exemplo) e as próprias manifestações de pensamentos que se estabeleciam no âmbito de inúmeras instituições religiosas.
Seus principais ideais
Denis Diderot nunca usou métodos agressivos para impor as suas crenças, ideias e pensamentos. Entre os principais deles, estão:
• Para Diderot, a ciência deve ser o principal “motor” para o desenvolvimento da sociedade em vários aspectos, sendo ela primordial também para o processo dos seres humanos e demais espécies;
• A política, para ele, só precisa ser aplicada por um motivo: responsabilidade em eliminar, por completo, todas as diferenças sociais – entre raças, idades, gêneros e outros. Esse foi um dos seus ideais mais criticados e, certamente, o mais difícil para ser aplicado nas sociedades atuais, uma vez que depende de inúmeros fatores que o filósofo nem sequer considerou nesse período;
• Uma das características mais chamativas e que envolvem a própria personalidade de Denis Diderot é em relação aos seus pensamentos sobre religião. Ao invés de tentar induzir a população a ser contra ela (considerando que ele era ateu), ele sempre deixou claro que a religião pode sim existir, desde que se restrinja unicamente às áreas de formação do caráter e comportamento dos seres humanos;
• Mesmo que ele tenha vivido entre os anos de 1713 e 1784, suas crenças e pensamentos já envolviam a tecnologia e os bons feitos que ela poderia desenvolver. Sendo assim, Diderot defendia a importância da mesma para a sociedade. Além disso, ele pensava que a tecnologia poderia ser um instrumento para a eliminação das desigualdades sociais;
• As suas principais críticas foram acerca da concentração de poder, tanto no sentido da influência da Igreja, como também do modelo de governo absolutista.
Obras de efeito
É certo afirmar que Denis Diderot dedicou muitos anos da vida e carreira para a escrita de obras. Algumas delas, que servem de base para a interpretação de pensamentos filosóficos, artísticos e/ou de natureza são utilizadas até os dias atuais.
As mais conhecidas entre as suas publicações são: “A Joias Indiscretas”, “Pensamentos Filosóficos”, “Enciclopédia”, “Carta sobre os cegos para uso dos que enxergam”, “Princípios filosóficos sobre a matéria e o movimento”, “Ensaio sobre a pintura”, “O sobrinho de Rameau” e “a religiosa”.
Uma das suas frases de efeito que também se tornou extremamente famosas foi: “A liberdade é um presente do céu”, sendo ela passível de inúmeras interpretações.