Dom Pedro

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Dom Pedro

Dom Pedro i foi o primeiro monarca do Brasil. Foi Soberano de Portugal.

Dom Pedro I nasceu na cidade de Lisboa, em Portugal, no dia 12 de outubro de 1798. Filho de Dona Carlota Joaquina de Bourbon e Dom João VI. Passou a sua infância no Palácio de Queluz, rodeado de professores e governantas. Entre os seus orientadores estavam frei Antônio de Nossa Senhora da Salete e o Dr. José Monteiro da Rocha. Dom Pedro sabia falar francês, latim e inglês.

Em 29 de novembro de 1807, com a evidência da tomada de Portugal pelo exercito de Napoleão, a família real decide vim ao Brasil, acomodando-se no Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista, em março de 1808. Pedro era um menino de nove anos, desobediente que fugia do palácio para brincar com os meninos carentes do porto. Frei Antônio de Arrábida virou seu principal confessor e mestre. Usufruía de aulas de música e pintura, aprendeu a tocar e compor breves peças. Aplicou-se também nas aulas de equitação. Contrário aos estudos escolheu viver ao ar livre na fazenda Santa Cruz e no palácio de São Cristóvão.

Pedro

Com o falecimento de Dona Maria I, sua avó, em março de 1816, Dom João é nomeado imperador de Portugal e Dom Pedro príncipe real e sucessor direto do poder, em razão do falecimento de seu irmão mais velho. Após diversas transações diplomáticas, estava rumo ao Brasil a Arquiduquesa Carolina Josefa Leopoldina, filha do rei da Áustria. Foi eleita para esposa de Dom Pedro, e os dois se casaram no dia 5 de novembro de 1817.

Com reputação de boêmio e aventureiro, Dom Pedro teve 13 herdeiros de consideração e mais cinco genuínos: sete filhos com Dona Leopoldina, sua primeira esposa que faleceu em 1826; uma com a duquesa Amélia Augusta, sua segunda esposa; cinco com a amante marquesa de Santos, Domitila de Castro; um com a baronesa de Sorocaba, Maria Benedita Bonfim, irmã de Domitila; um com a francesa Clémence Saisset; um com a uruguaia Maria del Carmen García; um com a francesa Noémi Thierry e um com Ana Augusta, monja portuguesa.

Em 1820, Portugal enfrentava uma grave crise social e política. A Revolução Liberal do Porto se alastrou pro toda a nação. A constituição era a expressão de ordem. Estava em combate o futuro do Reino Unido. A família real volta para a Europa em 26 de abril de 1821, permanecendo D. Pedro como príncipe gerente do Brasil. A corte de Lisboa deliberou então uma prescrição reivindicando que o príncipe voltasse a Portugal e que o Brasil retornasse a situação de colônia.

A prescrição vinda da corte gerou grande descontentamento popular. Uma petição com oito mil assinaturas foi encaminhada a D. Pedro, requerendo sua permanência no Brasil. Em 9 de janeiro de 1822, sucumbindo as pressões Dom Pedro afirma que se fosse para o bem de todos e felicidade geral da nação, ele ficaria. O dia do Fico, como ficou conhecido, era mais uma ruptura com Portugal.

O posicionamento de D. Pedro aborreceu a corte portuguesa, que bloqueou o pagamento de seus ganhos. Nessa nova fase, José Bonifácio foi designado para comandar seu novo governo.

Com a fama cada vez maior, quando percorrida de Santos a São Paulo, recebeu uma carta de Portugal, informando que fora diminuído do cargo de governador a simples encarregado das cortes de Lisboa. Insatisfeito, alo mesmo, no dia 7 de setembro de 1822, próximo ao rio do Ipiranga, o filho de D. João VI, decidiu romper por definitivo com seu pai e anunciou a independência do Brasil.

Com problemas financeiros e diversas rebeliões locais, instaurou o Senado permanente e a Câmara em 1826, contudo um acontecimento gerou incômodo geral e a sua decadência política no Brasil. Com o falecimento de D. João VI, em 1826, resolveu contestar os controles da Constituição Brasileira, que o próprio aprovou, e abraçou como descendente do trono de Portugal, o comando em Lisboa com o nome Pedro IV, 27º imperador de Portugal.

Voltou a Portugal e, de acordo com a constituição não poderia ficar com ambas as coroas, e colocou no poder a primeira filha, Maria da Glória, com o nome Maria II, de apenas sete anos, e elegeu seu irmão, Dom Miguel, como governador. Contudo, sua incerteza entre Portugal e o Brasil colaborou para afligir a sua fama e, juntou-se a isso a derrota militar na Guerra da Cisplatina.

Os freqüentes conflitos com a constituição, o seu relacionamento fora do casamento com Domitila de Castro Canto e Melo, que a tornou Viscondessa e posteriormente Marquesa de Santos, a freqüente decadência de sua fama e a crise gerada pelo aniquilamento do gabinete, depois de aproximadamente nove anos como Rei do Brasil, D. Pedro renunciou ao trono no dia 7 de abril de 1831, em prol de seu filho Pedro, com cinco anos na época.

Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon faleceu por causa de uma tuberculose, no dia 27 de setembro de 1834, no palácio de Queluz. Foi enterrado no Panteão de São Vicente de Fora, como um general normal e não como um imperador, como indicava seu testamento. Nos 150 anos da independência do Brasil, no ano de 1972, suas cinzas foram conduzidas a uma cripta do monumento do Ipiranga, na cidade de São Paulo.