Resumo Manuel Bandeira

Biografias,

Resumo Manuel Bandeira

Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho, conhecido popularmente apenas como Manuel Bandeira, foi um crítico literário, poeta, artista, tradutor e professor de literatura brasileiro.

Resumo Manuel Bandeira

Natural de Recife – Pernambuco, Manuel Bandeira nasceu em abril de 1886 e faleceu em 13 de outubro de 1968, no Rio de Janeiro.

Manoel Bandeira teve um de seus poemas – mais especificamente, o poema ‘Os Sapos’ – como “abre-alas” na Semana de Arte Moderna realizada em território brasileiro no ano de 1922. Sendo assim, ele integra os artistas que participaram de alguma forma do evento que consolidou a literatura moderna em todo o Brasil.

Ao lado de grandes nomes, como Joaquim Nabuco, João Cabral de Melo Neto, Gilberto Freyre, Paulo Freire e Clarice Lispector, Manuel Bandeira representa o que há de melhor na produção de arte e literatura no estado de Pernambuco.

A seguir neste artigo conheça mais sobre a biografia e as principais obras de Manuel Bandeira.

Biografia de Manuel Bandeira

Manuel Bandeira é filho de Francelina Ribeiro e Manuel Carneiro de Sousa Bandeira. Um de seus tios, João Bandeira, era um membro assíduo da Academia Brasileira de Letras (ABL) – assim como Manuel também viria a se tornar alguns anos mais além.

Manuel Bandeira passou a integrar a Academia Brasileira de Letras no ano de 1940. Sua cadeira, de número 24, tem Júlio Ribeiro como patrono.

Alguns afirmam que Manuel Bandeira participou da Semana de Arte Moderna do ano de 1922 – quando na verdade apenas o seu poema foi lido durante a abertura por seu colega Ronald de Carvalho em meio a muita gritaria e vaias.

Voltando à sua biografia, Manuel Bandeira se mudou ainda jovem para o Rio de Janeiro, onde estudou no Colégio Pedro II. No ano de 1904 ele foi para São Paulo com o objetivo de cursar arquitetura. Ele chegou a iniciar o curso, porém, teve de “pausar” o seu sonho por conta da tuberculose.

Para se tratar da condição, Manuel Bandeira procurou os melhores médicos e tratamentos – o que o fez parar em território Suíço. Porém, com o estouro da 1ª Guerra Mundial ele foi obrigado a retornar para o Brasil antes do esperado, no ano de 1914.

Com medo da doença, Bandeira começou a retratá-la em seus contos e poesias – demonstrando principalmente o medo da morte e a angústia por não conseguir curá-la.

Foi então após o retorno ao Brasil que Manoel Bandeira começou a se dedicar à escrita de obras literárias.

Seu primeiro livro é “A Cinza das Horas”, publicado no ano de 1917 sem nenhum incentivo. Em 1919 sua segunda obra, “Carnaval”, foi lançada – sendo ela também custeada pelo próprio escritor.

Foi apenas em 1921 que, em um encontro na residência de Ronald de Carvalho, Manuel Bandeira começou a se relacionar com grandes nomes da literatura brasileira: como é o caso de Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Sérgio Buarque de Holanda.

No ano de 1950, Manuel Bandeira decidiu entrar para a política, se candidatando como deputado pelo PSB – Partido Socialista Brasileiro. Sua candidatura, na realidade, foi mais uma demonstração do carinho por seus amigos, que tanto queriam que ele se elegesse.

Em 1968, o escritor e crítico literário foi vítima de uma hemorragia gástrica e faleceu. Ele foi sepultado no Rio de Janeiro, no Cemitério São João Batista.

Principais obras e poesias de Manuel Bandeira

Entre as principais obras de Manuel Bandeira podemos destacar:

  • A Cinza das Horas (1917);
  • Libertinagem (conjunto de poesias publicado em 1930);
  • Carnaval (1919);
  • Crônicas da Província do Brasil (obra de prosa publicada em 1937);
  • Itinerário de Pasárgada (1954);
  • Lira dos Cinquenta Anos (1940);
  • Os sapos (1922);
  • Andorinha, andorinha (conjunto de textos em prosa publicado em 1966);
  • Noções de Histórias das Literaturas (em formato de prosa, com publicação datada em 1940);
  • O Ritmo Dissoluto (1924);
  • Estrela da Vida Inteira (conjunto de poesias publicado em 1966);
  • Belo, Belo (1948);
  • Opun 10 (1952);
  • Vou-me embora para Pasárgada (1964);
  • Guia de Ouro Preto (1938);
  • Colóquio Unilateralmente Sentimental (obra de prosa publicada em 1968, no ano de sua morte).

Curiosidades sobre Manuel Bandeira:

  • Ao lado de Mário de Andrade e Oswald de Andrade, Manuel Bandeira foi um dos integrantes da primeira fase do modernismo no Brasil (entre os anos de 1922 e 1930). Esse período foi de extrema importância para a consolidação e divulgação da literatura moderna;
  • Os temas mais comumente retratados pelas obras do autor eram: sagacidade em viver a vida, amor, solidão, morte, fatos do cotidiano, erotismo, angústia e infância;
  • Manuel Bandeira foi um escritor extremamente bondoso. Não à toa, colaborou na escrita de uma grande variedade de publicações que ‘não eram suas’: como no “Diário Nacional”, em “A Ideia Ilustrada”, “Ariel”, “A Província” e até mesmo em grandes periódicos, como na “Folha da Manhã, “A Manhã”, “Jornal do Brasil”, “Revista Antropofagia”, “Lanterna Verde” e “Klaxon”.