Os crustáceos são animais que fazem parte do subfilo dos artrópodes, que são seres invertebrados dotados de um exoesqueleto enrijecido.
Várias espécies de crustáceos são adaptadas ao ambiente marinho, e entre alguns exemplos é possível citar:
– Lagostas
– Cracas
– Tatuís (uma espécie de crustáceo muito encontrada no litoral brasileiro)
– Caranguejos
– Camarões
– Siris
No entanto é possível encontrar algumas espécies de crustáceos também em ambiente de água doce. Entre elas é possível citar:
– Pulga-D’água: Também conhecido como Dáfnia, esse crustáceo recebe também o nome de Pulga-D’água porque o seu movimento sob a água remete ao movimento de uma pulga.
– Bicho-de-Conta: Também conhecidos como Tatus-Bolas, tais animais podem se adaptar em diferentes tipos de ambientes terrestres, desde os litorâneos até os desérticos.
Os hábitos alimentares desses animais são variados. Sendo assim, é possível encontrar crustáceos que são:
– Carnívoros: Animais que se alimentam basicamente de carne
– Herbívoros: Animais que se alimentam diretamente ou, em algumas situações indiretamente, de vegetais.
– Saprófagos: Animais que se alimentam de restos orgânicos oriundos de animais ou vegetais mortos.
O corpo dos crustáceos é, de uma maneira geral, coberto por um exoesqueleto rígido devido ao acúmulo de cálcio. O exoesqueleto é útil para funcionar como um mecanismo de proteção contra possíveis predadores.
Geralmente o corpo dos crustáceos é dividido em:
– Cabeça: De uma maneira geral a cabeça dos crustáceos é dividida em segmentos e conta com olhos em formato peduncular, um par de antenas e uma estrutura bucal constituída por mandíbulas que auxiliam a manipular o alimento.
– Corpo: O corpo de um crustáceo pode apresentar uma divisão composta por um cefalotórax e abdômen ou, em algumas espécies, cabeça, tórax e abdômen.
Além disso, no corpo dos crustáceos é possível encontrar apêndices destinados para a locomoção. Tais apêndices podem ser cinco ou até mais.
Vale salientar também que os crustáceos podem crescer e se desenvolver por duas maneiras:
– Crescimento direto que emerge do ovo: O crustáceo, quando cresce de forma direta, apenas aumenta de tamanho. Já algumas espécies crescem de maneira anamórfica, em que o corpo muda a sua estrutura a cada muda, podendo ser devido ao aumento do número de apêndices ou demais segmentos.
– Metamorfoses: O crescimento ocorre em fases larvares. Nesse caso, os crustáceos podem apresentar três tipos distintos de larvas. Que são:
– Náupilo: Constituídas por segmentos cefálicos e dotadas de apêndices
– Zoea: Constituída por uma enorme carapaça que atua como proteção da cabeça e de uma parte do tórax.
– Mysis: É uma larva que possui apêndices ramificados.
Os crustáceos contam com sistemas digestivos completos. Sendo assim, o estômago pode ser constituído por duas câmaras:
– Cardíaca: Com capacidade de auxiliar a triturar os alimentos por causa da atuação de pequenos dentes calcificados.
– Pilórica: Com capacidade de digerir os alimentos com enzimas.
A excreção dos crustáceos é realizada devido a ação de glândulas antenais ou também chamadas de glândulas verdes.
Já a reprodução dos crustáceos é de característica dióica, possuindo sexos separados. De uma forma geral, as fêmeas de crustáceos efetuam a incubação dos seus ovos em apêndices do corpo, como é o exemplo que acontece com as lagostas e também com caranguejos.
O sistema nervoso dos crustáceos é constituído por um cérebro ganglionar que envia comandos para os outros órgãos e segmentos onde estão localizados gânglios de menor porte. O sistema sensorial é constituído, por sua vez, pelos olhos, pelos mecanorreceptores e também quimiorreceptores, tais estruturas podem ser localizadas nas antenas e na parte bucal. Ainda sobre o sistema sensorial, o equilíbrio e a orientação dos crustáceos ocorrem devido ao estatocisto, que corresponde a uma estrutura capaz de se abrir e fechar. O tato dos crustáceos é sentido graças aos pelos tácteis que estão distribuídos pelo corpo.
O sistema circulatório desses animais é considerado do tipo aberto, que também pode ser chamado de lacunar. Sendo assim, o sangue sai do coração pela aorta, passa por um segmento chamado de hemocele e, em seguida, efetua o seu retorno para os vasos sanguíneos. Nas partes laterais de cada segmento do tórax é possível detectar brânquias que realizam as trocas gasosas e que também possuem vasos sanguíneos infiltrados.
Existem também espécies de crustáceos que são demasiadamente pequenas e contam com uma importante atuação na cadeia alimentar formando o zooplâncton. Tais crustáceos são consumidores primários e se alimentam do fitoplâncton.
Além disso, é válido destacar que os crustáceos são animais bastante utilizados na culinária dos mais variados países. É possível encontrar pratos que levam crustáceos na gastronomia dos países mediterrâneos, bem como em países asiáticos. No Brasil, por exemplo, o consumo de camarão e caranguejo é bastante difundido. Já em Portugal e também na Espanha, por exemplo, ocorre um maior consumo de lagosta.
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