Pasteurelose
A pasteurelose é uma doença infecciosa, causada por bactéria, altamente contagiosa. É conhecida também como cólera aviária, que afeta tanto as aves domésticas como as que vivem livres na natureza. Aves mais velhas e perus são mais suscetíveis a esta doença, que pode causar infecção sanguínea (septicemia aguda) ou infecção crônica.
As aves doentes apresentam face e/ou barbela inchadas, como coloração azulada, secreções escorrendo da boca, nariz e olhos e muita dificuldade para respirar. A doença também afeta a coordenação motora das aves acometidas por pasteurelose. Algumas param de se alimentar, ficam com as penas arrepiadas, sofrem com diarreia e depressão.
A cólera aviária é causada pela bactéria Pasteurella multocida. A ave que sobrevive a essa doença ainda poderá contaminar outras. A infecção pode ser transmitida também pelo contato com ambientes e objetos contaminados. O tratamento da pasteurelose é feito à base de sulfonamidas e antibióticos, no entanto, nem todas as aves conseguem sobreviver. Para evitar a contaminação de toda a criação e até de outros animais, em muitos casos, não há outra solução senão o extermínio das aves doentes.
A vacinação das aves deve ser realizada entre o segundo e o quarto mês de vida. O manejo adequado das aves é uma forma de prevenir a disseminação da doença. O ideal confinar as aves conforme a faixa etária, em ambientes limpos, secos, arejados e ensolarados.
Durante a limpeza desses locais recomenda-se o uso de desinfetantes. Além disso, é fundamental fazer o controle efetivo de roedores, pois os mesmos, circulando em ambientes contaminados, tornam-se hospedeiros da bactéria e transmitem a outros animais.
Pasteurelose em bovinos
Entre as doenças respiratórias que afetam os bovinos, a pasteurelose é uma dessas enfermidades. Em bovinos a doença também é conhecida como pneumonia enzootica ou septicemia hemorrágica, causada pela bactéria Manheima haemolytica. Em condições normais, a bactéria é encontrada na cavidade nasal dos bovinos. No entanto quando o sistema imunológico do animal está baixo ou o animal é acometido por outros agentes patogênicos, as bactérias proliferam de tal forma que causam a pneumonia fibrinótica. Animais sadios em contato com as secreções de bovinos doentes acabam acometidos pela pasteurelose.
Para os criadores a doença causa muitos prejuízos, pois animais doentes perdem peso – o que exige um tempo maior de confinamento até ganhar peso suficiente para o abate. Bovinos doentes podem apresentar febre superior a 40º C, secreções nasais e oculares e crostas no muflo. O tratamento é feito à base de antibióticos (tetraciclinas, sulfas e penicilinas). A família das tetraciclinas apresenta melhor custo/benefício uma vez que a quantidade de aplicações é menor em comparação com outros medicamentos.
Pasteurelose em ovinos e caprinos
A pasteurelose é uma doença respiratória muito comum em ovinos e caprinos. Alguns fatores contribuem para enfraquecer o sistema imunológico desses animais, como as baixas temperaturas, excesso de animais no mesmo galpão, ambientes sujos, verminoses e o estresse.
Ovinos e caprinos doentes apresentam secreções nos olhos, nariz, febre, dificuldade para respirar, pneumonia, muita tosse, perda de peso. Animais doentes buscam o isolamento e passam a maior parte do tempo deitados. A doença manifesta-se de forma aguda em ovinos e caprinos mais jovens. Animais mais velhos são acometidos pela pasteurelose crônica.
Um surto dessa doença pode causa muitos prejuízos aos criadores, pois a taxa de mortalidade é alta. Aqueles que não morrem ficam muito fracos, não apresentando o mesmo desempenho. Por isso é importante isolar os animais doentes do restante do rebanho e desinfetar os ambientes.
Prevenir a doença é possível com o manejo adequado do plantel. Vacinação, vermífugos, nutrição adequada e a desinfecção dos ambientes (acúmulo de urina e fezes favorecem a proliferação de micro-organismos patogênicos) são algumas medidas que devem ser adotadas para proteger a saúde dos animais.
Os animais não devem ficar em área alagadas. Nos pastos é importante abrigos para que os animais não passem muito tempo expostos ao sol ou à chuva. No inverno, os animais também devem ser protegidos contra as baixas temperaturas, ventos e umidade. Filhos nascidos em época de frio devem ficar em locais aquecidos.
Pasteurelose em coelhos
A pasteurelose também afeta o sistema respiratório de coelhos na vida adulta. A transmissão pode ocorrer quando a mãe amamenta o filhote; no contato entre um animal doente e outro sadio, ambientes contaminados. A bactéria se instala no trato respiratório e permanece incubada durante 15 dias.
O animal apresenta secreção e muitos espirros. Podem surgir infecções nos ouvidos, perda do apetite, inflamação dos testículos, pneumonia, problemas cardíaco, infecção geral, conjuntivites e abscessos na pele. O tratamento é realizado com antibióticos e outras medicações para fortalecer o organismo do coelho doente.
Coelho é um animal muito sensível a doenças. Portanto, a melhor forma de prevenção é o manejo correto e a vacinação. Confinar muitos animais em um mesmo espaço e ambientes insalubres aumentam as chances de transmissão de várias doenças como a pasteurelose.
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