Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide

Biologia,

Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide

A SAF, Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide, também conhecida por síndrome de Hughes, é uma doença na qual a produção de anticorpos interfere de forma direta na coagulação do sangue. Isso faz com que essa síndrome seja uma das causas da trombofilia adquirida, um problema que ocasiona a obstrução de veias e artérias e que pode comprometer o funcionamento de diversos órgãos.

Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide

Os pacientes com trombofilia adquirida podem até mesmo ter um vaso ocular com oclusão, que pode causar cegueira, assim como maiores chances de ter um Acidente Vascular Cerebral ou um enfarto.

Os exames de laboratório ainda indicam que em 30% dos pacientes com lúpus eritematosos sistêmico é detectado o marcador genético dos anticorpos antifosfolípide, em relação aos pacientes com qualquer outra doença autoimune.

As causas e sintomas da Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide

Ainda não é possível saber quais são os mecanismos ou processos que levam o paciente a ter uma produção desordenada dos anticorpos e porque essa produção interfere diretamente no sistema responsável pela coagulação sanguínea.

O que se sabe até agora, é que existem fatores que desencadeiam esse processo e que eles podem ser supostamente, um dos gatilhos no surgimento da Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide. Isso em pacientes que são predispostos geneticamente a doenças autoimunes ou que tenham trombofilia adquirida, ou seja, eventos trombóticos sequentes, e que já foram ligados a Síndrome do Anticopo Antifosfolípide.

Até agora, os estudos e observações clínicas vem mostrando que os pacientes que apresentam essas doenças são normalmente quem já passou por alguma intervenção cirúrgica, teve infecções graves durante a gestação ou quem teve falha na quantidade de anticoagulantes que ingerem por conta do tratamento para SAF.

Normalmente os sintomas variam de acordo com o vaso ou veia que está sendo atingido e podem ser diversos. O mais comum é constatar a baixa no número de plaquetas, também chamadas de trombocitopenia. Alguns pacientes também sofrem com manchas vermelhas na pele que ficam mais evidentes e numerosas durante o frio, além de insuficiência cardíaca, embolia pulmonar, tromboflebite e também o surgimento de trombos em vasos de pequeno calibre em todo o organismo, chamada de microtrombose disseminada.

O problema é que toda vez que o sistema de artérias é comprometido, o principal alvo é a circulação cerebral, aumentando os riscos de Acidente Vascular, que pode paralisar ou levar o paciente à morte.

Algumas mulheres descobrem o problema por conta dos abortos repetitivos, já que os trombos acontecem na placenta e evitam que as mulheres consigam continuar com a gravidez.

O que pode acontecer quando descubro o SAF e como evitar a doença?

Quando a Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide acontece ela pode atingir qualquer um dos nossos órgãos e ter uma série de complicações para nossa saúde. O parecer médico está normalmente ligado aos fatores de riscos ou o aparecimento de eventos que acabam desencadeando a trombose.

A SAF pode ser identificada por qualquer médico, mas é normalmente o reumatologista que tem mais capacidade para saber se o paciente é mesmo portador da doença ou até mesmo que consegue investigar mais a fundo o problema.

Seu diagnóstico deve ser rápido, já que ele pode evitar que o paciente tenha algum episódio de trombose, já que é possível encontrar em qual região do corpo o próximo evento trombico pode acontecer. Isso auxilia no tratamento e evita que a pessoa tenha uma trombose em artérias cerebrais ou até vasos oculares, que podem acarretar em um AVC ou na cegueira total de um paciente.

Para evitar a doenças é preciso evitar os fatores de risco da enfermidade como: o tabagismo, a vida sedentária e a obesidade, o uso de estrógenos, drogas como a cloropromazina e também os níveis altos de triglicerídeos e colesterol.

Para detectar o SAF

Para diagnosticar a Síndrome do Anticorpo Fosfolípide a pessoa deve realizar dois testes laboratoriais; a prova Imunológica (aCL) ou o Teste de Coagulação (LA).

O aCL é menos específico e pode ser encontrado em 80% dos pacientes que possuem SAF. Ele é feito logo após uma trombose e deve ser repetido depois de 3 meses, já que em alguns casos pode ser transitoriamente diferente, já que o consumo de anticorpos é maior nesses episódios.

Já o LA é menos sensível, mas não costuma dar positivo em outras doenças autoimunes como é o caso do aCL. O único problema é que pacientes com sífilis podem ter o teste positivo, o que complica o diagnóstico.

A doença não tem cura, mas os pacientes podem evitar os episódios de trombose acabando com os fatores de risco e realizando uma terapia com uso de anticoagulantes para o resto de suas vidas.

O tratamento é normalmente monitorado por exames periódicos, que ajudam a entender se o SAF está realizando alguns desses episódios.

Mulheres que já tiveram um aborto prévio e que não tratam a SAF tem 80% de chances de sofrerem novos abortos. Além disso, se não descobrirem ou fizerem o tratamento certo pode correr o risco do feto ter um peso baixo e de apresentarem um crescimento retardado do intrauterino, insuficiência placentária e diminuição do volume de líquido amniótico.