Classificação dos metais
A tabela periódica contém todos os elementos químicos já identificados na natureza, de forma organizada em cinco grandes grupos: metais, não-metais (também chamados de ametais), semimetais, gases nobres e o hidrogênio, que embora normalmente fique localizado junto com os metais, não pertence a nenhuma categoria. Essa classificação leva em conta características em comum que os elementos tenham e que fazem com que sejam semelhantes entre si.
O grupo dos metais é o maior de todos, com o maior número de elementos. Tanto é que existem subgrupos dentro dele.
Vamos ver a seguir como é feita a classificação dos metais e também o que diferencia esses elementos dos outros da tabela periódica.
Conceito e classificação dos metais
A tabela periódica é composta por 87 elementos metálicos, o que responde por cerca de dois terços do seu total. Entre as características comuns aos metais, as principais são as seguintes:
- Apresentam-se sólidos quando estão em temperatura ambiente, com exceção do mercúrio, que é essencialmente líquido;
- São bons condutores de calor e de eletricidade;
- São dúcteis, ou seja, com metais é possível formar fios. Um bom exemplo disso são os fios de cobre, usados em redes de transmissão de energia elétrica;
- São maleáveis, o que significa que podem ser moldados sem grandes dificuldades;
- Esses elementos possuem um brilho metálico que os caracterizam.
Entre os metais mais comuns em nosso dia a dia, estão o alumínio, cobre, magnésio, chumbo e outros. Antes de saber como se classificam os metais, é preciso ter em mente que, na tabela periódica, cada coluna representa um grupo e esses grupos são numerados de 1 a 18, ou seja, são 18 colunas.
Os metais podem ser classificados em: representativos, de transição e de transição interna.
Classificação dos metais e características de cada categoria
Vamos começar pelos metais chamados de representativos. Na verdade, existem vários elementos que são representativos, não apenas os metais. Eles também podem ser chamados de típicos e característicos, são bem comuns e costumam ser os mais estudados durante o Ensino Médio.
Os metais representativos são os que compõem os grupos 1 e 2 da tabela periódica e também há alguns nos grupos 13, 14 e 15.
O grupo 1 é dos metais alcalinos, formado por: Li, Na, K, Rb, Cs e Fr. A palavra “alcalino” significa algo como cinza das plantas, de onde a maioria desses elementos é retirada. O que esses elementos têm em comum? Principalmente o fato de possuírem um único elétron na camada de valência, a última camada da eletrosfera que é a mais energética. E o subnível mais energético de todos é o s, portanto, sua configuração eletrônica termina em ns¹.
Já o grupo dos metais alcalinos terrosos, que também faz parte dos metais representativos, temos os seguintes elementos: Be, Mg, Ca, Sr, Ba e Ra. A palavra terroso indica que “existe na terra” e o que eles têm em comum é o fato de possuírem dois elétrons na camada de valência e também o subnível s como mais energético. Sendo assim, a configuração eletrônica termina em ns².
Nos grupos 13, 14 e 15 há metais representativos misturados a semi-metais e não-metais. Os metais em questão são: Al, Ga, In, Ti, com três elétrons na camada de valência e subníveis finais ns²np¹; Sn, Pb, com quatro elétrons na camada de valência e subníveis finais ns²np² e Bi, com cinco elétrons na camada de valência e subníveis finais ns²np³.
Portanto, todos os metais representativos têm como último subnível eletrônico o s ou p.
Os metais de transição ficam do grupo 3 ao 12 na tabela periódica, com exceção dos que estão na coluna 3, linhas 6 e 7, que são os de transição interna.
O que caracteriza os metais de transição é o fato de possuírem átomos com subnível eletrônico d incompleto ou que possa formar cátions (íons positivos) também com subnível d incompleto. Eles ficam entre os metais alcalinos-terrosos e os não-metais, por isso são chamados de transição.
Os metais de transição são divididos em:
Primeira série: número atômico de 21 a 30;
Segunda série: número atômico de 39 a 48;
Terceira série: número atômico de 72 a 80.
Por fim, os metais de transição interna estão no grupo 3, linhas 6 e 7 da tabela periódica. Dentro da coluna 3, linha 6, há 15 elementos e o mesmo acontece na coluna 3 e linha 7. São 30 elementos ocupando os lugares que seriam de 2, por isso são de transição interna.
Eles se subdividem em série dos lantanídios, com números atômicos de 58 a 71, e série dos actinídios, com números atômicos de 90 a 103. Todos os metais de transição incompleta apresentam um subnível f incompleto em sua eletrosfera.
Os metais de transição, sejam eles normais ou internos, possuem características parecidas com as dos metais representativos, mas conseguem formar ligações covalentes, e não apenas metálicas.