Regras da Ginástica artística – Paralelas assimétricas, Trave olímpica e Salto sobre a mesa

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Regras da Ginástica artística – Paralelas assimétricas, Trave olímpica e Salto sobre a mesa

Um esporte extremamente bonito e muitas vezes mais difícil do que de fato parece ser, a ginástica artística já foi em muitas olimpíadas a protagonista das disputas mais interessantes que existiram. Na verdade, quando lembramos do histórico das competições, vemos uma série de disputas muito apertadas, próximas de um empate, onde cada centésimo faz muita diferença.

Não por menos, a ginástica artística é um dos esportes que mais tem variações sendo que não raro há atletas que competem em mais do que uma das categorias que existem. Isso acontece principalmente para aumentar a possibilidade de medalhas, embora os treinos acabem se tornando mais pesados, o que acaba causando muitas lesões nos praticantes dessa modalidade esportiva.

Paralelas assimétricas, Trave olímpica e Salto sobre a mesa

Pelo alto nível técnico e corporal exigido, os atletas da ginástica normalmente são muito jovens quando disputam as competições a nível mundial. Em decorrência dessa baixa idade, a Federação Internacional de Ginástica (FIG) acabou estipulando que a exigência era de 16 anos para competições olímpicas e 15 anos para as demais competições. Ainda assim, durante toda a história do esporte, foram muito comuns as denúncias de falsificação de idade, principalmente no caso de atletas femininas, o que gerou uma grande polêmica em grande parte das competições olímpicas que foram feitas.

As regras da ginástica artística

Apesar de utilizar vários critérios diferentes, a verdade é que a ginástica artística tem um sistema de pontuação único, o que facilita os critérios de avaliação e a forma com que encaramos a competição. De maneira resumida, as avaliações acontecem em quatro etapas. Cada uma delas, descrita da seguinte forma:

• C1 (1ª competição) – É a categoria classificatória para as próximas etapas, além disso, de acordo com o desempenho dos atletas, eles são ranqueados em 25 posições e as equipes são ranqueadas em 9 posições. Os 24 primeiros ginastas competem na competição individual (C2), enquanto as 8 primeiras equipes competem na categoria equipe (C4). Esta fase é eliminatória, e acontece normalmente como prévia das competições oficiais tais como os jogos olímpicos;

• C2 (2ª Competição) – Esta é a final individual, onde os 24 atletas competem entre si pela maior nota. Um ponto importante é que nesta categoria são permitidos apenas 2 atletas por nacionalidade, sendo possível no mínimo 12 nacionalidades diferentes. Aqui, as notas da fase eliminatória (C1) são abandonadas, sendo necessário executar todos os movimentos novamente. No final, são somadas as notas dos atletas, e quem alcança a maior pontuação se torna o campeão.

• C3 (3ª Competição) – Os 8 primeiros colocados nas eliminatórias participam desta competição, que agora é baseada na classificação individual em cada uma das provas. Neste caso, o limite de 2 atletas por nacionalidade continua valendo, e no caso da competição de salto sobre a mesa, é preciso realizar 2 saltos diferentes, sendo que as notas são então somadas. Em cada aparelho, é dado uma nota, sendo o vencedor aquele com as maiores notas.

• C4 (4ª Competição) – Por fim, é realizada a final por equipes. Aqui, são oito equipes de nacionalidades diferentes, e em cada uma delas, os atletas deverão realizar as apresentações em todos os aparelhos, sendo que as notas de cada participante são somadas ao resultado final. Por fim, vence esta competição a equipe que somar as maiores notas.

Os esportes da ginástica artística

Dentro da ginástica artística, as competições são realizadas em vários equipamentos diferentes, marcando uma competição consideravelmente longa, já que cada atleta se apresenta em modalidades diferentes, em que pode ter maior ou menor domínio. Entre os principais equipamentos, podemos destacar:

• Barras paralelas assimétricas – o objetivo neste aparelho é testar o impulso do atleta, sendo que esse é o ponto mais importante para o bom desempenho de alguém neste equipamento. Justamente por isso, a maioria dos movimentos é feita com as mãos, enquanto o restante do corpo dá o impulso necessário para gerar velocidade e o tempo que é preciso para executar as acrobacias. Vale lembrar que outras partes do corpo também podem ser utilizadas, embora, na maioria dos casos, a prioridade sejam as mãos.

• Trave olímpica – assim como as barras paralelas, também é exclusivo para as mulheres, sendo que aqui, a prioridade é o uso do equilíbrio. Para demonstrar toda sua técnica, as atletas contam com exatos 90 segundos, onde elas devem realizar movimentos técnicos com graciosidade e segurança. Além de movimentos acrobáticos complexos, é preciso uma boa coreografia, que é criada pela própria equipe da ginasta.

• Salto sobre a mesa – esta é uma categoria masculina e feminina, sendo que os homens competem nesta categoria desde a primeira edição dos jogos olímpicos modernos (1896) e as mulheres desde 1952. Aqui, o objetivo é executar movimentos técnicos com força e precisão, sendo que a explosão muscular é o grande diferencial para a execução dos movimentos. Devido ao alto grau de complexidade, aqui não há margem para erros, sendo que eles podem colocar em risco não apenas a pontuação dos atletas, como sua vida.