A periferia da economia mundial – Coreia do Sul
A Coreia do Sul surgiu na década de 50 com a divisão da Coreia. Sendo apoiada pelos EUA e outras províncias ocidentais, a Coreia recebeu grande apoio, inclusive financeiro através do Plano Colombo, para se destacar na economia sob os moldes capitalistas, fazendo frente a sua vizinha do norte, apoiada pela URSS.
Atualmente passa por um processo de aproximação política com a Coreia do Norte, o qual pode levar, em médio prazo, a um complicado processo de reunificação. A Coreia do Norte, mesmo não tendo grande desenvolvimento econômico, garantiu um certo destaque na corrida armamentista, produzindo armas modernas e, provavelmente, a bomba atômica.
Taiwan
A Ilha de Formosa, onde se localiza Taiwan, fazia parte da China até o ano de 1949. Com a vitória do PCC durante a revolução, os integrantes do Kuomintang (Partido Nacionalista) fugiram para a ilha. Desde então se pode dizer que a China é dividida em República Popular da China e China Nacionalista (Taiwan).
Até a década de 70, a maior parte dos países do mundo, principalmente as potências capitalistas não reconhecia a legitimidade do governo socialista. Considerava-se que a China legitima era Taiwan e o restante apenas uma região ocupada por revolucionários. Para se ter uma ideia, o acento reservado à China na Organização das Nações Unidos pertencia a Taiwan e não à República Popular, a qual nem era reconhecida como país.
É evidente que tal posicionamento pouco tinha de razoável, afinal de contas a quantidade de chineses que apoiavam e viviam sob o regime socialista era incomparavelmente maior que a população de Taiwan. O apoio aos chineses nacionalistas vinha das disputas na Guerra Fria entre os EUA e a URSS, uma vez que a revolução chinesa se mostrava como uma ameaça de expansão do socialismo pela Ásia.
Até a década de 70, a maior parte dos países do mundo, principalmente as potências capitalistas não reconhecia a legitimidade do governo socialista. Considerava-se que a China legítima era Taiwan e o restante apenas uma região ocupada por revolucionários. Para se ter uma ideia, o acento reservado à China na Organização das Nações Unidas pertencia a Taiwan e não à República Popular, a qual nem era reconhecida como país.
É evidente que tal posicionamento pouco tinha de razoável, afinal de contas a quantidade de chineses que apoiavam e viviam sob o regime socialista era incomparavelmente maior que a população de Taiwan. O apoio aos chineses nacionalistas vinha das disputas na Guerra Fria entre os EUA e a URSS, uma vez que a revolução chinesa se mostrava como uma ameaça de expansão do socialismo pela Ásia.
A situação começou a mudar a partir de fins dos anos 60, quando a China socialista começou a entrar em choque com a URSS, devido à constrição de armamentos nucleares. Neste momento, as potências ocidentais seguiram o lema: ‘inimigo de meu inimigo é meu amigo’.
Em meados da década de 70, a República Popular da China entrou no lugar de Taiwan como representante chinesa da Organização das Nações Unidas. A China Nacionalista começa a perder o apoio do ocidente. Atualmente, apesar de manterem estreitas relações comerciais com Taiwan, as grandes potências econômicas do mundo não a reconhecem com país, mas como um território chinês.
Neste contexto, o governo da China socialista vem traçando uma política de pressão pela reunificação. O lema dos chineses é: um país, dois regimes. Com isso, estão mostrando que não pretendem mudar o sistema econômico de Taiwan ao incorporá-la, mas se interessam apenas pela continuidade de seu crescimento econômico.
O governo de Taiwan vem resistindo às propostas de reunificação, justamente por não querer perder o poder sobre uma das maiores potências econômicas do mundo. As negociações vêm sendo muito cautelosas, podendo levar realmente à reunificação dentro de alguns anos.
Hong Kong
No início da década de 90, o futuro de Hong Kong era permeado por dúvidas. Chegava o momento da cidade ser devolvida para a China, já que desde o fim da Guerra do Ópio (1842) estava sob domínio dos ingleses.
A apreensão dos habitantes de Hong Kong, assim como das empresas que lá investem, era sobre o futuro do sistema político e econômico. Enquanto estava sob domínio inglês, governada por um membro do governo britânico, se desenvolveu ali uma economia baseada na liberdade de circulação de capitais, nas baixas tarifas alfandegarias e na produção para exportação, elementos que fizeram de Hong Kong o terceiro centro financeiro mais importante do mundo (depois de Nova York e Londres).
Para garantir os interesses dos grandes investidores, a Inglaterra forçou um acordo para que se efetivasse a devolução de Hong Kong. Neste acordo previa-se que a China teria de manter o mesmo esquema econômico e político estabelecido na cidade-estado por, pelo menos, 50 anos.
No dia 1º de julho de 1997 Hong Kong foi devolvida à China e esta se comprometeu a manter as características políticas e econômicas da ilha pelos próximos 50 anos. Hong Kong continua sendo um dos mais importantes centros comerciais e financeiros do mundo e sua população conseguiu aumentar sua liberdade política, a qual era bastante limitada na época da colonização britânica.