Itália

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No século XIII a.C., povos originários da Europa Central ocuparam o norte do território que atualmente conhecemos como sendo pertencentes à Itália. No sul, entre o sexto e o quinto milênios, se desenvolveu uma cultura que apresentava cerâmicas impressas. Até o ano de 3.000 a.C., o bronze começou a ser trabalhado na ilha da Sicília.

Com a desintegração do império hitita, os etruscos se estabeleceram ao norte do rio Tibre por volta de 900 a.C. Sua influência acabou se estendendo pelo vale do rio Pó até o final do século VI, quando a pressão dos celtas conseguiu finalmente quebrar sua unidade territorial.

Segundo conta a lenda de fundação da Itália, por volta do ano de 753 a.C., Rômulo fundou a cidade de Roma. No século seguinte, Roma se juntou com as colônias, dando origem a uma nova maneira de governar, uma monarquia não hereditária e eletiva. Seu poder no entanto, era limitado por um senado e também por uma Assembleia Popular dos clãs, que eram encarregada de outorgar o mandato de governo.

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Neste período, existiam duas classes sociais. A primeira podia fazer parte do senado, e eram conhecidos como patrícios e existiam também os plebeus, que deviam se unir para se defender dos abusos que eram praticados pelos grandes proprietários de terra.

Durante o governo do rei Tarquínio Prisco, Roma entrou para a Liga Latina. A pobreza dos plebeus e o sistema de escravidão causado por dívidas, logo levou à expulsão dos reis no ano de 509. Ao longo do século V, foi escrita a lei tradicional. A Lei das Doze Tábuas, também contemplavam os plebeus, que após um longo período de luta conseguiram incluir a defesa dos seus direitos nas disposições legais.

As guerras púnicas contra Cartago, durante o século III, permitiram que Roma novamente ampliasse suas posses. No começo do século II, quando os macedônios foram expulsos do território, a Grécia acabou se tornando protetor de Roma. Em poucos anos, o nordeste da Gália, a Espanha, a Ásia menor, a Macedônia e Cartago estavam em mãos romanas.

No final do século II, os tribunos Tibério e Caio Graco foram assassinados pelos nobres, juntamente com três mil de seus seguidores, por favorecerem os plebeus. Otávio consolidou seu poder como primeiro imperador no ano de 27 a.C., dando início a um grande período de paz.

O império que nasceu dominando terras desde Reno, abrangia toda a península Ibérica e os atuais territórios da Grã-Bretanha, da França, da Europa Central e do Oriente Médio, até a Armênia. Sua expansão durou até o começo do século II d.C., quando alguns distúrbios internos começaram a mergulhar Roma novamente em um grande caos.

No ano de 330, Constatino o imperador, mudou a capital do império para Bizâncio, conhecida como Nova Roma, proibiu as crucificações, se converteu ao cristianismo e ainda defendeu as fronteiras contra os alemães, os francos e os godos. No ano de 364, o Império acabou se dividindo em suas partes, o Império Ocidental e o Império Oriental.

O final do século V por sua vez, acabou se caracterizando pelas invasões dos mongóis e de outras tribos do norte e pelas lutas de Bizâncio para recuperar os territórios que haviam sido perdidos. Em meados do século VI, a Itália voltou a ser uma província, mas os lombardos, dirigidos por chefes militares chamados de duces, conquistaram o norte da península.

Desde a mudança de capital para Bizâncio, os bispos romanos vinham se apresentando como uma alternativa de poder bizantino em Roma. Quando os reis lombardos começaram a pegar em armas para defender o cristianismo contra os inimigos de Roma, os bispos romperam sua aliança com eles para manter seu poder temporal.

No ano de 754, o Papa Estevão II, pediu a ajuda de Pepino, O breve e o coroou como rei dos Francos. Após derrotar os lombardos, Pepino acabou entregando ao papa, o centro da península. Carlos Magno, filho de Pepino, foi coroado rei e imperador de Roma no ano de 800, mas as invasões muçulmanas deixaram a região novamente sem governo.

Entre os séculos IX e X, a Igreja formou os Estados Pontifícios na zona central, Roma inclusive. A partir do século XII, a falta de um poder central favoreceu o governo autônomo de várias cidades, as quais, com o grande desenvolvimento do comércio, da manufatura e do artesanato, desafiaram a autoridade de um império então meramente nominal.

No século XIV, com o acirramento da luta entre guelfos, partidários do papado, e gibelinos, partidários dos imperadores, o papa Inocêncio VI decidiu se refugiar em Avignon. Dois séculos depois, a prosperidade e a estabilidade de cidades como Veneza, Florença, Gênova e Milão, produziu o movimento intelectual e artístico do Renascimento.

No começo do século XVI, a península foi atacada por espanhóis, franceses e austríacos, que disputavam a conquista da Itália. Em 1794, Napoleão entrou no país e expulsou os austríacos. Quatro anos depois, ocupou Roma e criou a República Romana e a República Partenopeia, na atual Nápoles.