Você com certeza já ouviu falar que alguns países são muito bons para se morar, enquanto outros não. Mas de onde surge essa classificação? Uma das formas de medir o desenvolvimento econômico e a qualidade de vida que uma nação oferece para a sua população é o IDH. Vamos saber mais sobre ele e também conhecer os países com IDH muito baixo e o que isso representa.
Essa é a sigla para Índice de Desenvolvimento Humano, uma medida que foi instituída pela ONU (Organização das Nações Unidas) justamente com o objetivo de saber como se dá o crescimento econômico dos países ao redor do mundo e a qualidade de vida das pessoas que vivem lá. Por meio desse número, que pode variar de zero a um, é possível comparar diferentes nações e também acompanhar a evolução de um mesmo país ao longo do tempo.
O IDH é medido anualmente e o órgão responsável por realizar o cálculo é o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que elabora um documento chamado Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH).
O cálculo do IDH é baseado em três pilares, que são considerados os essenciais para um país: educação, saúde e renda. Cada um deles é medido da seguinte forma:
Após fazer o cálculo, obtém-se o número que vai de zero (e significa nenhum desenvolvimento humano) até um (total desenvolvimento humano). Com os números de todos os países que foram avaliados, é estabelecido o ranking que funciona da seguinte forma:
O último levantamento de IDH divulgado pela ONU é referente ao ano de 2014. Vejam abaixo quais são os países que ficaram com os números mais baixos:
Quênia – 0,548
Nepal – 0,548
Paquistão – 0,538
Mianmar – 0,536
Angola – 0,532
Suazilândia – 0,531
Tanzânia – 0,521
Nigéria – 0,514
Camarões – 0,512
Madagascar – 0,510
Zimbábue – 0,509
Mauritânia – 0,506
Ilhas Salomão – 0,506
Papua Nova Guiné – 0,505
Comores – 0,503
Iêmen – 0,498
Lesoto – 0,497
Togo – 0,484
Haiti – 0,483
Ruanda – 0,483
Uganda – 0,483
Benim – 0,480
Sudão – 0,479
Djibuti – 0,470
Sudão do Sul – 0,467
Senegal – 0,466
Afeganistão – 0,465
Costa do Marfim – 0,462
Malawi – 0,445
Etiópia – 0,442
Gâmbia – 0,441
República Democrática do Congo – 0,433
Libéria – 0,430
Guiné-Bissau – 0,420
Mali – 0,419
Moçambique – 0,416
Serra Leoa – 0,413
Guiné – 0,411
Burkina Faso – 0,402
Burundi – 0,400
Chade – 0,392
Eritreia – 0,391
República Centro-Africana – 0,350
Níger – 0,348
É interessante perceber que a maior parte dos países com baixo índice de Desenvolvimento Humano pertence ao continente africano. Por que a África é tão desfavorecida no que se refere ao crescimento econômico e à qualidade de vida?
Existem diversas perspectivas possíveis para compreender isso, uma delas, é a própria natureza, especialmente na África Subsaariana. Seca, inundações em alguns períodos do ano, pragas e terremotos comprometem a produção de alimentos, por exemplo. Além disso, as pessoas sofrem com epidemias de doenças como a AIDS.
Também existem fatores humanos, incluindo guerras civis, invasões e outros conflitos, que destroem plantações e cidades inteiras, além de impossibilitar a distribuição eficiente de alimentos.
A soma desses fatores faz com que, apesar de ser rico em recursos naturais, o continente tenha dificuldades para promover o desenvolvimento.
Não podemos nos esquecer do contexto histórico: considerando apenas a história recente, sabemos que na segunda metade do século XIX, a África foi vítima da exploração por parte das nações europeias. O período ficou conhecido como neocolonialismo: países como França, Reino Unido, Bélgica Holanda, e Alemanha precisavam de matérias-primas para fomentar a Revolução Industrial e acabaram impondo seu domínio sobre os países africanos.
O neocolonialismo não foi o responsável apenas pela exploração dos recursos naturais, mas também por iniciar uma série de conflitos de caráter étnico.
This post was last modified on 3 de dezembro de 2018 13:41
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