Resumo do Estado Novo: O Golpe do Estado Novo
O período do Estado Novo, que também é conhecido por fase (ou época) autoritária se iniciou no ano de 1937, mais precisamente em 10 de novembro e liderado por Getúlio Vargas, com o apoio de importantes lideranças, tais como o general Góes Monteiro.
Para que o golpe da permanência de Vargas no poder desse certo, era necessário repudiar e reprimir toda e qualquer manifestação ou resistências existentes. Foi uma ação que demorou cerca de um ano, de forma organizada e coesa. Flores da Cunha, governador gaúcho à época, era o principal opositor. Comunista, era quem mais lutava pela não permanência de Vargas.
Retroceder para entender o golpe
Com duração de oito anos (1937 a 1945), o período autoritário (Golpe do Estado Novo) nada mais foi do que um grande movimento de Estado que garantiu a permanência de Getúlio Vargas no poder, contando com o apoio de importantes lideranças militares, políticas etc.
Na Constituição Brasileira de 1934 constava a obrigatoriedade de uma eleição presidencial para janeiro de 1938. Mas Vargas tentava adiar ou minimizar os debates. Arnaldo de Sales de Oliveira, então governador do Estado de São Paulo e que pertencia à oposição, foi lançado para atrair os situacionistas. Não deu certo.
Por sua vez a situação surgiu com o nome de José Américo de Almeida, paraibano. Se junto a ele nas eleições do período o líder da Ação Integralista Brasileira, Plínio Salgado.
A campanha subsequente seguiu de forma turbulenta e polêmica, com o abuso da repressão e do encurtamento de participação política, o que gerou março de 1936 o estado de guerra, que trazia como propósito o combate ao comunismo.
Resumo de ações que originaram o golpe:
• Getúlio Vargas lidera o golpe;
• Combater o comunismo;
• Apoio de lideranças militares e políticas;
• Repressão aos resistentes e contrários
Governo Flores da Cunha era intrometido demais
O candidato Góes Monteiro, de tanto falar do comunismo, ganhou força e representatividade. Mas, além disso, sua ação contra o governador gaúcho Flores da Cunha, que era visto como uma provável força política desde 1935, já que se intrometia demais nos assuntos políticos e tinha proximidade com as Forças Armadas.
Com essa ousada ação Góes Monteiro saiu do Ministério da Guerra. E sua investida contra Flores da Cunha o aproximou de Getúlio Vargas, que também concordava que o governador gaúcho (Flores da Cunha) tinha muita força e influência junto a políticos e militares, demonstrando continuamente que não concordava com o continuísmo.
E o plano de Góes, que ainda contou com o apoio do atual presidente da república à época (Getúlio Vargas), desestruturou Flores e garantiu e instituiu o início do Golpe do Estado Novo.
O ano de 1936 começa com fortes e intensas mudanças no cenário político e militar. Nas atividades políticas as mudanças foram mais estratégias e visavam impedir (ou desestruturar) qualquer impasse ou sombra de resistência que surgisse após o Golpe do Estado Novo. Nos comandos militares do Sul a movimentação e as mudanças foram maiores, pois havia o receio de pequenos focos de resistência do ex-governador, Flores, ressurgirem. É ai que o general Eurico Gaspar Dutra assume como ministro da Guerra.
A partir de 1937 o processo eleitoral foi perdendo certa força e esvaziando. A própria situação perdeu um pouco do seu entusiasmo e da sua notória força. Getúlio Vargas fez o possível para esvaziar a candidatura política de José Américo de Almeida. Almeida, por sua vez, passou a adotar um discurso mais radical e agudo em relação ao que vinha trabalhando com o intuito de diferenciar-se de seu opositor, Armando Sales.
O governador mineiro Benedito Valadares havia confirmado a sua candidatura. Mas, tamanho foi o apelo e discurso popular de José Américo que ele, então, decidiu aliar-se e a não mais ser um concorrente. Américo deslocou estrategicamente algumas forças políticas para o Norte e, assim, ganhou maior espaço e confiança.
Outro fator importante no Golpe do Estado Novo era a constante preocupação de Getúlio Vargas com os pequenos focos de resistência do comunismo. Em Pernambuco, por exemplo, o governador Lima Cavalcanti foi publicamente acusado de compactuar com nichos comunistas, causando discórdia e, consequentemente, uma divisão em seu partido que foi encabeçada por Agamenon Magalhães, então ministro, que disputava sua candidatura no estado.
Juraci Magalhães, na Bahia, começava a falar sobre a forte possibilidade de uma intervenção militar. Os generais José Pessoa e Valdomiro Lima foram resistentes à intervenção no Sul. E, com isso, José Pessoa perdeu seu cargo na Artilharia de Costa e Valdomiro Lima ignorado do cargo de chefia do Estado-Maior do Exército.
Em sua última instância, em setembro de 1937, o Golpe do Estado Novo antecipou cerimônias e memorandos em prol das vítimas da revolta comunista de 1935. Poucos dias depois e com um documento que forjava uma suposta nova ofensiva comunista (que ficou conhecido como Plano Cohen), a volta do estado de guerra, até então suspenso, foi reavaliado e solicitado.
Flores da Cunha, se vendo acuado, renunciou. Em 10 de novembro de 1937 o Congresso Nacional é tomado e fechado por tropas da Polícia Militar. E Vargas anuncia uma nova era, uma nova Constituição. Começava ali o Estado Novo, liderado por Francisco Campos.