Hebreus, Gregos e Fenícios – Primórdios

História,

Hebreus, Gregos e Fenícios – Primórdios

Os hebreus originaram-se na Mesopotâmia, emigrando para a região da Palestina, onde se localiza a atual região do estado de Israel. Em 2000 a.C, os hebreus, organizados em clãs familiares que tinham como líderes os patriarcas, habitavam a região de Ur, atual Iraque. No entanto, por volta de 1800 a.C, Abraão, ao ouvir uma mensagem divina, conduziu o seu povo à Terra Prometida: Cannaã, na Palestina.

Hebreus, Gregos e Fenícios

Assim, no período de 1700 a.C, uma grande parte dos hebreus foram para o Egito em decorrência de uma onde de fome, sendo escravizados por muitos faraós ao chegarem na nova terra. Quem os levou a alcançar a liberdade foi Moisés, que atravessou com eles o mar Vermelho através da Península do Sinai. Foi nesse local que ele recebeu as Tábuas da Lei, onde tinham os Dez Mandamentos que deveriam ser seguidos pelos hebreus, segundo a vontade de Deus.

Mandamentos como o povo hebreu ser proibido de matar e também a proibição de adorar outro deus que não fosse Javé estavam entre os alicerces da escritura hebraica. Assim os os hebreus foram um dos primeiros grupos monoteístas, ou seja, que adoravam a um só deus, o que muito influenciou a cultura ocidental.

Segunda a Bíblia, foram precisos quarenta anos no deserto para que o povo hebreu chegasse à Palestina. Inclusive, uma das principais formas para estudar e conhecer a história deste povo é através do Antigo Testamento, que é a primeira parte da Bíblia. Isto porque os cinco primeiros livros formam o Torá, que é o texto sagrado para hebreus, que hoje são conhecidos como os judeus, que habitam Israel.

Diante das constantes invasões, estes indivíduos optaram por unirem-se através de um governo centralizado. O primeiro rei foi Saul, depois David e futuramente Salomão, que foi quem conduziu a população ao seu apogeu, onde eles tornaram-se reconhecidos comerciantes e distribuidores de mercadorias a outros povos.

Com a morte de Salomão aconteceu uma divisão do povo hebreu, que se separou entre as tribos do norte e as do sul. Os grupos fundaram o reino de Judá, tendo como capital Jerusalém; e o reino de Israel, com capital em Semaria. Tal divisão acabou enfraquecendo os hebreus, que foram dominados pelos sírios, que tinham como comandante Nabucodonosor. Eles foram levados em cativeiro para a Babilônia, por volta de 587 a.C.

Cerca de 538 a.C., o rei persa Ciro assumiu o poder na Babilônia, e deu aos hebreus a autorização para voltarem a Judá. No entanto, eles ainda passaram pela dominação dos macedônicos e romanos. No primeiro século cristão, os romanos acabaram com o templo de Jerusalém e os hebreus foram obrigados a se dispersaram. No entanto, eles mantiveram os seus costumes religiosos, mantendo a sua identidade cultural mesmo sem terem um território.

Com o propósito de abrigar os judeus espalhados pelo mundo e reparar as perseguições e crimes cometidos contra eles, em 1948 foi criado o estado de Israel para que eles tivessem um território. No entanto, a criação de Israel gerou conflitos desde o começo, e ainda é motivo de guerras e embates entre judeus e árabes palestinos.

Gregos

A Civilização Minóica, que compreendeu o período de 2600 a.C a 1450 a.C., é conhecida também como Civilização Cretense em decorrência da sua localização na ilha de Creta. Existem muito poucos registros sobre os minóicos, mas sabe-se que a nomenclatura vem de Minos, um lendário rei de Creta. Alguns registros mostram que este povo se dedicava ao comércio marítimo e que foram invadidos pelos micênicos. Os trabalhos em cerâmica destes indivíduos foram de imenso valor artístico, sendo um dos principais artigos comerciais dos cretenses.

A Civilização Micênica, que durou de 1600 a.C até 1100 a.C, é conhecida também como Grécia da Idade do Bronze. Poseidon era um dos deuses mais importantes para os micênicos, que serviam a uma aristocracia guerreira que tinha como comandante um rei. Este povo ao invadir Creta passou a adotar um tipo de escrita minóica, conhecida como linear B, e considerada uma forma primitiva da língua grega. Sendo os indivíduos grandes navegadores, os seus principais armamentos eram feitos a partir de ferro e bronze.

Apesar de não haver um consenso sobre o motivo pelo qual os micênicos foram extintos, a principal razão discutida pelos historiadores é a invasão dos dórios, que foram os responsáveis por destruir toda a potência marítima dos micênicos. Como Creta era o centro da Grécia, ela perdeu a sua hegemonia quando houve a divisão em cidades-estado.

Fenícios

Os fenícios habitavam a região do Mediterrâneo por volta de 3000 a.C., no atual território do Líbano e onde fica atualmente parte da Síria. Organizados em cidades-estados independentes, em que cada cidade-estado era responsável por tomar as suas próprias decisões, a rivalidade entre os territórios era bem comum.

O que determinava se uma cidade-estado tinha maior ou menor supremacia e representação entre as demais cidades era o seu desenvolvimento comercial. Ser uma cidade-estado com o comércio mais desenvolvido significava ter maiores recursos em relação aos outros territórios, e com isso maior capacidade de dominação. Entre as cidades-estados mais representativas estavam: Biblos, que data de 2500 a.C., Sidon, de 1500 a 1300 a.C., e Tiro, datada dos séculos XII a VI a.C.

Na época do apogeu da cidade-estado de Tiro, os fenícios chegaram até o norte da África e lá fundaram Cartago, que hoje compreende o sul da Itália, Península Ibérica, França e Ilhas Britânicas. À procura de expandir as suas áreas de comércio, os fenícios dominaram outras regiões.

Visando o ganho de tempo e o aumento da eficiência das negociações, vendas e compras do comércio, os fenícios viram que era preciso criar uma escrita menos complexa do que os hieróglifos da época. Por isso eles inventaram o alfabeto, que continha vinte e duas letras e que foi incorporado, mais tarde, pelos gregos e romanos.

De maneira geral, a concorrência com os gregos e cartagineses culminaram no declínio de Tiro, apontando também para o desaparecimento do povo fenício.