Mais-Valia
Mais-valia é uma sentença do campo da Economia, concebida por Karl Marx que quer dizer parte do valor da força de trabalho aplicada por um certo trabalhador na produção e que não é pago pelo patrão. Também pode ser considerada como o exagero de receita com relação a despesas.
A capacidade de trabalho de um empregado apresenta o mesmo valor que o período que o empregado necessita para fabricar o necessário para adquirir o seu salário e assegurar o sustento de sua família. No entanto, diversas vezes o valor desse período é menor que o tamanho da força de trabalho completo. O desequilíbrio entre esses dois valores é denominado de mais-valia.
Esse princípio marxista é uma evidente analise a respeito do capitalismo, apontando a exploração capitalista dos operários, uma vez que os ordenados pagos eram uma porcentagem reduzida do valor igual ao que era fabricado. Esse princípio foi utilizado por diversos integrantes do proletariado com o propósito de receberem ordenados melhores.
Pode também ser conceituada como a desproporção entre o ordenado recebido por um operário e o valor do trabalho que fabricou.
A mais-valia em Marx e na Escola Clássica Inglesa
Ao pesquisar a origem do ganho capitalista, Marx toma como inicio os grupos da Escola Clássica Inglesa. Já Adam Smith observou que o trabalho ligado a uma mercadoria, era menor do que o trabalho comandado. Para Smith, essa desigualdade é que esclarecia a presencia do lucro, porém não são seus motivos.
Smith achava que o ganho estava ligado a propriedade privada dos bens, uma vez que o ganho de um empresário dependia menos da sua profissão como gerente do que da quantidade de seus investimentos, porém isso não esclarecia a presença do lucro como um overhead acerca dos preços de produção em forma de ordenado. Uma das soluções que Smith pensou, é que o ganho é oriundo da oferta e da procura. Isto é, o ganho é gerado pelo mercado. Afasta-se o ganho do método de trabalho.
É importante ressaltar que, de acordo com Marx, o valor do trabalho não é uma medida concreta: o empregado não negocia sua habilidade ou sua força. Ao contrário, o desenvolvimento da mecanização assegura um modelo uniforme de produção física dentro de cada setor de atividade e para cada modelo de ocupação, equiparando, até certo ponto, a habilidade.
Como propõe Marx, se o valor do trabalho condiz com o tempo real aplicado na fabricação de cada mercadoria em particular, seriam os empregados menos talentosos que fabricariam as mercadorias mais apropriadas, uma vez que levariam mais tempo para fabricá-las.
O valor do trabalho é imaterial, na lógica em que o valor modelo de um ordenado para uma certa atividade é oferecido pelo mercado, ou seja, pela exigência reunida dos capitalistas. Para Marx, no inicio o ordenado capitalista é “digno”: o capitalista não precisa iludir o seus empregador do seu ordenado de mercado para ganhar; o ganho tem um motivo concreto: ele tem por explicação a propriedade privada do capital; porém admitindo que ele seja uma recompensa automática desse mesmo capital, uma vez aplicado, é, para Marx, fetichismo, uma vez que considera que uma determinada coisa possa produzir ser ordenado, que o capital gera lucros e juros como uma macieira produz maças.
O principio de Marx, contudo, incomoda-se menos com o ganho capitalista como tal e mais com a sua origem social; ele se preocupa menos com a maneira como o ganho é feito e separado do que com a forma como é produzido. O ganho capitalista, para Marx, não é somente um simples remanescente; ele é o remanescente como intercedido por um vinculo social historicamente próprio.
Mais-valia relativa e absoluta
Karl Marx, deu um alerta para o caso de que os capitalistas, uma vez custeado o ordenado de marcado pela utilização da força de trabalho, podem abrir mão de dois métodos para aumentar sua porcentagem de lucro:
1- aumentar a durabilidade da jornada de trabalho preservando o salário imutável, o que ele considera como mais-valia absoluta.
2- aumentar a produção física do trabalho pelo meio da mecanização, o que pra ele é uma mais-valia relativa.
Fazendo essa separação, Marx quebra com o pensamento ricardiano do ganho como “sobra” e percebe a oportunidade dos capitalistas aumentarem de forma autônoma suas porcentagens de lucro sem dependerem dos preços de simples formação física de mão-de-obra.
Fabricação de mais-valia relativa é um modelo de impulsionar a produção do remanescente a ser adequado pelo capitalista. Já a mais-valia absoluta baseia-se no aumento da velocidade do trabalho, por meio de uma sequência de controles colocados aos empregados, que integram a mais rígida vigilância a todas as suas ações na unidade produtiva até a definição dos movimentos essenciais para a execução de suas tarefas.
O capitalista submete o operário a trabalhar a uma velocidade tal que, sem mudar o período da jornada, fabricam mais mercadorias e mais valor que sem esses comandos.