Resumo da Grécia Antiga: Das origens ao período arcaico

História,

Resumo da Grécia Antiga: Das origens ao período arcaico

A civilização grega e a Grécia em geral, tem grande importância por sua influência na formação cultural e política do Ocidente. Por exemplo, os gregos foram os primeiros a falar em democracia, o governo do povo. Para eles, tal sistema deveria ser exercido por cidadãos preparados, conhecedores dos problemas da cidade onde viviam. Daí a importância dada à educação e à formação dos cidadãos em sua sociedade.

A civilização grega concentrou-se no sul da península Balcânica, nas ilhas do mar Egeu e no litoral da Ásia menor. O relevo montanhoso e o consequente isolamento das localidades acabou facilitando a formação das chamadas cidades-estado autônomas, uma característica bem marcante da Grécia Antiga.

Resumo da Grécia Antiga

Já a partir do século VIII a.C., diversos fatores acabaram contribuindo para a expansão marítima e comercial dos gregos, como por exemplo, o solo pouco fértil, as várias transformações sociais e as dificuldades de aproveitamento agrícola.

Civilizações Micênica e Cretense

A Ilha de Creta, localizada ao sul do mar Egeu, deu origem a civilização grega. Foi nessa Ilha de Creta, uma sociedade desenvolveu-se e ela estava ligada ao comércio com as regiões vizinhas, principalmente o Egito. Aliás, essa ilha desempenhou forte domínio por grandes áreas do Mediterrâneo Oriental, incluindo até mesmo a Grécia continental.

Os historiadores ainda discutem se a civilização grega chegou realmente a ser uma unidade política, que estava sob o domínio de um rei lendário, conhecido como Minos, ou se a fragmentação de vários reis foi predominante. O que se sabe que é certo, é o comando de uma elite do comércio e de governantes que residiam em luxuosos palácios, como o da cidade de Cnossos.

As mulheres também tinham privilégios, por isso é muito importante que isso seja destacado, já que este é um aspecto que era totalmente desconhecido nas demais sociedades da Antiguidade. Nesse contexto, caracterizado pela figura da Grande Mãe, considerado a principal divindade existente, estava a religião cretense que mostrava forte tendência matriarcal. Este também era um outro aspecto totalmente diferente de outras culturas do período em que era constante o predomínio de divindades masculinas.

No século XV a.C., os aqueus invadiram a sociedade. Eles habitavam o norte da península Balcânica e eles foram os grandes responsáveis pelo aparecimento da civilização micênica e ainda pela queda da Ilha de Creta, e Micenas era o centro. Essa civilização durou até o século XII a.C. e era o fruto da união de cretenses e de aqueus, ligava valores cretenses, apesar da existente superioridade do patriarcalismo na sociedade. Vale ressaltar que isso só aconteceu por quando povos vindos do norte da península Balcânica invadiram esse território, eram os chamados dórios.

Os dórios sucederam os aqueus, e tanto eles, quanto os aqueus, além dos jônios e dos eólios, eram parte do indo-europeu, um grupo humano linguístico, que chegou até a península Balcânica entre 2000 a.C e 1200 a.C.

Os dórios acabaram impondo um violento domínio sobre toda a região que conhecemos atualmente como Grécia, causando não apenas o fim da civilização micênica, mas também o deslocamento de grupos humanos da Grécia continental (eólios e jônios) para o litoral da Ásia menor e as ilhas do Egeu, no processo que recebeu o nome de Primeira Diáspora Grega.

Eles ainda foram os grandes responsáveis pela decadência da civilização, já que viviam esvaziando e saqueando as cidades, provocando grande impacto sobre a cultura da região e o colapso do comércio, que também quase causou o desaparecimento da escrita. Os povos que ainda habitavam a região acabaram obrigados a deixar o que ainda conheciam como vida comercial e urbana e passaram então a se dedicar às atividades rurais.

Entre os séculos XII e VII a.C., restam pouquíssimas informações. Estas estão concentradas em dois poemas: Odisseia, que narra as aventuras do herói grego Ulisses, e em Ilíada, uma descrição da guerra de Troia, ambas obras de Homero. Essas obras foram tão importantes que acabaram fazendo com que esse período ficasse conhecido como homérica, e o período antecessor, que foi extremamente marcado pelas civilizações micênicas e cretenses, como pré-homérico.

Podemos dizer, que o período Homérico corresponde ao final da Idade de Bronze e ao início da Idade de Ferro. Além disso, caracteriza o período em que o alfabeto fenício foi adaptado à língua grega.

O período homérico, que vai do século XII a.C. a VI a.C., e foi caracterizado pela comunidade gentílica, fundada na existência de pequenas unidades agrícolas autossuficientes, denominados genos. Nessa unidade, os bens econômicos, como animais, terras, instrumentos de trabalho, sementes, estavam sob o controle do chefe comunitário, chamado pater, que exercia funções administrativas, religiosas e judiciárias.

Os tempos homéricos chegaram ao fim juntamente com a desagregação lenta, mas progressiva, das comunidades gentílicas. O crescimento demográfico foi a principal causa da decadência dos genos, na medida em que o pobre solo grego não poderia expandir sua produção de forma proporcional ao aumento da população.