Resumo da Idade Moderna: A expansão marítima Europeia

História,

Resumo da Idade Moderna: A expansão marítima Europeia

Podemos dizer que o processo de expansão marítima da Europa marca o começo da europeização do mundo. Isso porque, ele foi viabilizado através de forças políticas poderosas, feito a partir de claras demandas econômicas. O sucesso desse processo expansionista significou uma evidente vantagem para alguns personagens, responsáveis pela projeção e pela execução desse processo.

Na Inglaterra e na França, a Guerra dos Cem Anos acabou por marcar, no século XIV, toda a Europa. As rotas de comércio terrestres que cruzavam a França, eram muito importantes que o comércio começasse a se articular no continente, mas acabaram ficando comprometidas por causa da guerra, fazendo com que fosse necessário que caminhos alternativos se estabelecessem.

Resumo da Idade Moderna

Ao mesmo tempo, acontecia uma crise da peste negra em diversas áreas, levando a uma retração violenta de mercados consumidores e por consequência disso, o comércio foi reduzido. Além disso, por causa da carência de víveres causado pela destruição da guerra, a fome passou a caracterizar outro problema, contexto que recebeu o nome de crise do século XIV.

Por volta do ano de 1350, a epidemia de peste negra entrou em declínio, mas a fome ainda acontecia, cenário que se arrastou até o final do século, bem como o estabelecimento da paz entre a Inglaterra e a França, que só veio a se estabelecer no século seguinte. A chegada desse novo século caracterizou ainda, o aparecimento de problemas novos.

A redução populacional da Europa acabou criando uma ocorrência na qual a retomada da atividade de comércio se perpetuaria de forma gradual, lenta, na própria medida do expansionismo demográfico. No continente europeu, o colapso das minas de metais preciosos de prata e de ouro e o desvio deles para o Oriente, na aquisição das especiarias e demais artigos de luxo, tornavam a oferta de moeda limitada, causando uma crise no comércio.

Além disso, o monopólio que era praticado pelas cidades da Itália, era considerado uma importante e lucrativa rota mediterrânea das especiarias, em especial Veneza, que acabava por restringir a possibilidade de lucros de outras cidades da Europa.

Todo esse cenário, acabou forçando a burguesia europeia a buscar novas alternativas para que assim, o comércio pudesse se expandir, e a única saída vista era a navegação atlântica. Assim, originou-se o processo de expansão marítima europeia.

Mas essa nova empreitada não seria nada fácil, já que era desconhecida a navegação no Oceano Atlântico, o que exigia além de um alto investimento, que estavam bem acima das possibilidades e do bolso de qualquer cidade da Europa. Por isso, amplos recursos teriam que ser mobilizados, o que foi feito em escala nacional, o que acabou por tornar como um pré-requisito para o processo de expansão marítima, a centralização da monarquia.

A Inglaterra e a França, como já citamos, durante o século XV, estavam envolvidas na Guerra dos Cem Anos, o que causou o retardamento em ambos os países da centralização da monarquia. Por sua vez, a Espanha ainda confrontava com os muçulmanos, que só foram expulsos por completo da Península Ibérica no ano de 1492. Diversos outras áreas europeias estavam fragmentadas, incluindo os territórios que compunham o Sacro Império Romano Germânico. Dessa maneira, quando comparamos o processo de unificação de outras monarquias do continente, Portugal, acabou por contribuir de forma decisiva para as primeiras iniciativas da expansão marítima na Europa.

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As navegações portuguesas

No começo do século XV, Portugal passou a ganhar um grande impulso no processo de participação do comércio da Europa. Assim, no processo das navegações portuguesas, a centralização ainda que precoce da monarquia, juntamente com a associação dos poderes políticos reunidos nas mãos do rei aos interesses do papel do setor de comércio.

Dom Henrique, conhecido como o navegador acabou favorecendo esse cenário, através dos estudos náuticos, atraindo para o seu território, Sangres, cosmógrafos, navegadores, mercadores, cartógrafos e aventureiros. Todos esses conhecimentos acabaram por viabilizar o progresso de expansão portuguesa e seu desejo de viagens pelo oceano Atlântico, contribuindo assim para atingir as Índias, superando todas as limitações da Europa ao comércio continental.

De maneira gradual, o objetivo de Portugal em realizar uma viagem em torno da África, conhecido também como périplo africano, ganhou corpo. Nesse cenário, avançaram as expedições portuguesas, passando a atingir cada vez mais, pontos distantes das ilhas do Atlântico e do litoral da África. As ilhas praticamente inabitadas passaram a ser exploradas, e passaram a contar com uma política de povoamento fortemente baseada na pecuária e na agricultura. Além da criação de gado, passou-se a cultivar, em especial, vinhas, trigo e cana de açúcar. As terras foram então divididas em um sistema, através do qual, o rei era o responsável pela escolha de nobres, ou seja, foram divididas em capitanias hereditárias. Nesse sistema, o importante era a exploração econômica da área e a promoção do povoamento, uma maneira de otimização do processo de colonização, que foi adotado em seguida nas terras da América portuguesa.