A Mesopotâmia está localizada no Oriente Médio, mais precisamente entre os rios Eufrates e Tigre, que ficam no atual Iraque. Vale ainda salientar que essa região é conhecida como Crescente Fértil. Seu nome tem origem grega e significa ‘terra entre rios’, mostrando a causa da fertilidade dessa região, embora esteja localizada em meio a montanhas e a desertos.
No que se refere à organização socioeconômica, existem grandes semelhanças entre as civilizações egípcia e mesopotâmica. No entanto, algumas diferenças de caráter físico geográfico podem ser destacadas. Enquanto o Egito apresentava grande isolamento geográfico, o que lhe possibilitou longos períodos de estabilidade política, a Mesopotâmia é ainda hoje, uma planície aberta a invasões por todos os lados. Além disso, o regime de cheias do Tigre e do Eufrates não é tão regular como no Nilo, não sendo raras violentas inundações e até períodos de seca na região banhada por ele.
Em termos políticos, o Egito caracterizou-se por ter na instituição monárquica, personificada no faraó, o seu principal fator de unidade, enquanto na Mesopotâmia esse fator era a cidade. Logo, enquanto os egípcios entendiam-se como parte de algo maior, que incluía aldeias, nomos e o faraó acima de tudo, na Mesopotâmia, a identidade era dada pela cidade à qual os indivíduos pertenciam.
O crescimento dos primeiros núcleos urbanos da região fez-se acompanhar do desenvolvimento de um complexo sistema hidráulico, que tornou possível a drenagem de pântanos, a construção de diques e de barragens, para evitar inundações e armazenar água para época de seca.
O sucesso dos empreendimentos feitos nas atividades produtivas levou à formação de grandes cidades com mais de mil habitantes, já por volta de 4000 a.C, como Uruk. Tais cidades tinham principalmente função militar, protegendo a população e a riqueza gerada pela agricultura, e tornando possível o controle político da população. Não são poucos os especialistas que defendem a precedência das grandes organizações sociais e políticas da região à qualquer outra do mundo.
Assim como no Egito, na Mesopotâmia predominou a agricultura como a principal atividade praticada pela população submetida à servidão coletiva. O estado era responsável pelas obras hidráulicas necessárias para a sobrevivência da população, bem como pela administração de estoques de alimentos e pela cobrança de impostos. A estrutura social baseava-se na existência de uma pequena elite, controladora da vasta população submetida ao trabalho compulsório, caracterizando o domínio de todos os grupos sociais por um governo despótico e de fundamento teocrático.
Porém, ao contrário do Egito, o número de escravos tendia a ser bastante elevado, principalmente durante o Império Assírio, e o comércio e o artesanato acabaram por ter significativo desenvolvimento, devido aos contatos com povos diversos.
Embora, a religião, como no Egito, servisse como uma espécie de ligação entre a população e o governante, exercendo os sacerdotes importante função política, o politeísmo mesopotâmico estava ligado de forma mais direto à busca de benefícios terrenos: a preocupação com os mortos e possíveis desgraças daí decorrentes. Ressalta-se, ainda, que o governante mesopotâmico era representado e compreendido pelos seus súditos muito mais como um representante dos deuses do que como uma divindade viva, como ocorria no Egito.
Os povos mesopotâmicos destacaram-se na ciência, arquitetura e literatura. Observando o céu, os sacerdotes desenvolveram os princípios da astronomia e da astrologia. Os zigurates, templos que podiam abrigar celeiros e oficinas, eram também verdadeiras torres de observação dos calendários. Foram os mesopotâmicos que elaboraram o calendário dividindo o ano em 12 meses, e a semana em 7 dias, cada um dos quais em períodos de 122 horas.
Os mesopotâmicos desenvolveram ainda cálculos algébricos, dividiram o círculo em 360 graus e calcularam as raízes quadrada e cúbica. Sua arquitetura introduziu o uso de arcos e decoração em baixo relevo. Na literatura, criaram poemas e narrativas épocas, como Epopéia de Gilgamesh, inegavelmente inspiradora da descrição do dilúvio bíblico.
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