Revolução Chinesa

História,

Revolução Chinesa

Ao se tratar de história, precisamos dar destaque para uma das maiores revoluções que ficou registrada na memória mundial. Trata-se da Revolução Chinesa, que ocorreu entre 1949 e 1962. A intensa luta do povo chinês provocou profundas transformações no país, que se refletiram mundo afora. Por isso, nesse artigo vamos falar sobre como ela ocorreu e quais são as suas características para que você entenda mais sobre o assunto.

Revolução Chinesa

Fatos anteriores a Revolução Chinesa

Para iniciarmos nossa discussão, devemos nos voltar para o cenário chinês no século XIX. Naquela época, a China passava por uma dominação de cunho imperialista que era promovida por nações capitalistas europeias.

Com a intenção de engrandecer o seu império, os países europeus, principalmente o Reino Unido, procuravam interferir diretamente nos assuntos políticos e culturais da China. O domínio era tanto que os imperadores da Dinastia Manchu chegaram a perder a sua autonomia e foram obrigados a se submeter às demandas europeias.

Além dessa situação de dominação estrangeira no país, a China enfrentava uma grande onda de insatisfação popular que impedia o seu desenvolvimento. Como a China era um país de cunho tradicionalista, poucos proprietários rurais detinham toda a posse de terras produtivas. O sistema do país naquela época era muito semelhante a um regime feudal.

Tais acontecimentos desenvolveram um movimento popular chinês, que surgiu entre 1898 e 1900 e ficou conhecido como Guerra dos Boxers. O movimento, que tinha uma bandeira nacionalista, foi coibido por tropas estrangeiras. Os rebeldes defendiam uma resistência aos condicionamentos ocidentais e cristãos. Segundo o movimento, essa imposição era a grande responsável pela miséria em que se encontrava boa parte da população chinesa.

As causas e consequências da Revolução Chinesa

Devido ao cenário chinês da época, em 1911 houve a fundação do Kuomitang (Partido Nacionalista). Liderada por Sun Yat-sen, o movimento tinha como objetivo combater o domínio europeu no país. No fim, Sun conseguiu tomar o poder e a sua mobilização deu origem à República da China.
Mesmo que o movimento tivesse o apoio da maioria dos militares no país, grande parte dos proprietários rurais recusavam-se a aceitar as medidas do novo modelo de governo. Essa recusa fez com a China enfrentasse uma longa guerra civil durante muitos anos.

Porém o líder Sun Yat-sen morreu no ano de 1925, o que provocou uma grande disputa política. Foi então que o Kuomintang resolveu se aliar ao partido Comunista Chinês. Em 1927, o general Chiang Kai-shek liderou o país, fortificou a aliança com as tropas chinesas e abriu combate contra os grandes proprietários de terras e dissidentes comunistas.

Porém, a situação não durou por muito tempo. Durante a Segunda guerra Mundial, que aconteceu entre 1939 a 1945, todo esse conflito entre os dois lados amenizou-se, pois nesse momento todos deveriam lutar por um objetivo em comum: o Japão buscava expandir o seu território a partir da dominação do país.

Como grande parte da população chinesa era impedida de participar de questões políticas no país, muitas pessoas começaram a se unir por um novo líder comunista que surgiu em meio ao cenário de caos. Mao Tsé-Tung conseguiu mobilizar grande parte das populações camponesas, já que o líder visava um uso coletivo de terras e a criação de um sistema político igualitário a todos.

A partir dessa aliança com os camponeses, entre os anos de 1930 e 1940, Mao Tsé-Tung comandou o conhecido Exército Vermelho. O vermelho, como símbolo comunista, tinha como principal objetivo lutar contra o atual governo chinês e derrubar a dominação nipônica no país.

Foi um longo período de batalhas que levou os comunistas a dominarem a cidade de Pequim. As batalhas forma travadas a partir do ano de 1949, quando o Mao Tsé-Tung se tornou o líder do país. Criou-se então a República Popular da China, e começava assim a grande era comunista no país.

Uma parte desse triunfo deu-se graças ao apoio comunista soviético da época. A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas naquela época visava expandir os seus ideais mundo afora para combater o líder capitalista Estados Unidos da América. O movimento trouxe grandes transformações políticas, econômicas e sociais que ficaram conhecidas como Grande Salto para a Frente.

Anos depois, a China abriu-se para novos programas de inovação. Em 1966 foi criado um controle político, ideológico e cultural no país. A chamada Revolução Cultural com caráter nacionalista trouxe profundas transformações nos moldes chineses.

Toda essa grande expansão comunista chegou ao fim com a morte do líder Mao Tsé-Tung em 1976. A partir desta data houve uma grande abertura da China para novos modelos políticos e econômicos no país que resultaram em uma grande abertura para o mercado mundial.

Mesmo ainda se considerando comunista, hoje a China é um dos países mais importantes da movimentação econômica no mundo. A grande potência tem se destacado por ser um país que apresenta uma grande velocidade no seu crescimento.