Quando pensamos no termo vândalo logo vem a cabeça ações de baderna e destruição de bens públicos ou particulares. Mas, na verdade o termo já existe há muitos anos e deriva de um povo que existiu na época do Império Romano.
Vamos agora falar sobre a origem e história deste povo, os Vândalos.
Povo de origem germânica, e, naturais da Escandinávia, os Vândalos existiram há milhares de anos. De acordo com alguns pesquisadores, teriam como terra natal o território que hoje pertence a Noruega.
Divididos em duas tribos podiam ser: Siling, que viviam na região conhecida como Magna Germânia, ou Hasding que se estabeleceram no território que pertence a Romênia atualmente.
Durante a migração, os vândalos teriam chego a três territórios, sendo eles: Margem do Danúbio, Península Ibérica e Norte da África.
Na região da Margem do Danúbio alcançaram o Rio Reno (ambos localizados na Europa), entrando em combate com os Francos, outra tribo germânica.
Durante tal batalha acredita-se que por volta de 20 mil Vândalos teriam morrido. Além disso, discute-se a participação de outro povo durante esse embate, os Alanos (povo de origem iraniana), que teriam auxiliado na derrota dos Francos.
Tão logo venceram a batalha, os Vândalos atravessaram o Rio Reno chegando a Gália, local onde foram responsáveis por diversos saques.
No ano de 409 teriam chegado a Península Ibérica (Sudoeste da Europa), lá receberam alguns territórios doados por Romanos. Nessa região, o confronto teria sido com outro povo germânico, os Suevos, mas desta vez a batalha foi perdida.
Com o passar dos anos os Vândalos foram aperfeiçoando suas técnicas de batalha e de conquista de território. Arquitetaram uma esquadra naval, utilizada para chegar até o Estreito de Gibraltar (localizado entre a Europa e a África), dessa forma conquistaram Cartago e boa parte do Norte do continente Africano. Em parceria com os Alanos criaram um forte reino dono da Sicília, Sardenha, Córsega e Ilhas Baleares.
O termo “bárbaros” era utilizado pelos Romanos para caracterizar os povos que não viviam nas fronteiras do Império e não falavam latim, idioma oficial dos Romanos.
Além de protagonizarem grandes batalhas, entre as principais características desses povos estavam a ousadia, grandes pilhagens e a conquista de território a qualquer preço. Com os Vândalos isso não era diferente, tanto é que no ano de 455 saquearam a capital romana por duas semanas, nesse período enfrentaram e derrotaram uma armada enviada pelo próprio Império Romano.
Uma curiosidade sobre esse povo é que apesar de serem convertidos cristãos, mais de uma vez duelaram com os romanos não apenas por questões territoriais, mas também religiosas.
Muito se fala das grandes contribuições do povo Romano para as artes, a história, arquitetura e demais campos do conhecimento. Entretanto é necessário analisar a história com um olhar mais crítico, principalmente no que diz respeito aos povos bárbaros, o que inclui os Vândalos.
É necessário dizer que os romanos eram um povo escravocrata, e que, portanto, ao conquistarem territórios obrigavam os povos destes lugares a trabalharem de forma escrava em construções como a do Coliseu, por exemplo. Parece muito óbvio que nenhuma conquista feita pelo Império Romano tenha sido de forma pacífica.
Logo que os “povos bárbaros” começaram a invadir as fronteiras romanas, duelar com as frotas do Império, e saquear as cidades, fizeram algo, que até então, só tinham visto acontecer com seus respectivos povos.
Os Vândalos e demais grupos que protagonizaram as invasões bárbaras também tinham seus motivos para invadir Roma e causar uma grande confusão, afinal, eles queriam derrubar um império que foi construído em cima da vida de muitas pessoas que pertenciam as suas culturas.
Por isso, muitas vezes a mídia e outros órgãos, principalmente os de segurança, utilizam o termo vândalo para descrever pancadaria, selvageria e destruição. Mas na verdade, para muitos estudiosos, os vândalos não passavam das grandes massas populares cansadas de tanta humilhação e em busca de cobrar o que lhes foi retirado.
De acordo com alguns pesquisadores, o termo vândalo teria sido utilizado, pela primeira vez, no Século XVIII para descrever ações de selvageria e destruição, e desde então, vem sendo utilizado.
Uma crise interna teria sido responsável pelo Rei dos Vândalos, Hilderico, ser deposto e mandado à prisão junto com outros parentes.
Por volta de 533 percebendo a fragilidade do povo bárbaro Justiniano I, Imperador Bizantino, declarou guerra aos vândalos e enviou ao continente africano, local onde esses tinham se estabelecido um exército que contava com o apoio do povo Ostrogodo (de origem germânica) e outras tribos indígenas que tinham o mesmo desejo: derrubar os Vândalos.
Lá alcançaram o povo Vândalo enquanto este participava de duas batalhas, uma em Cartago e outra em Tricamaro. Apesar de resistir o povo se entregou e o Rei Gelimero não demorou a fazer o mesmo. Os Vândalos foram totalmente extinguidos no ano de 534.
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