Para entender adequadamente o que é o Neoclassicismo no Brasil é preciso fazer um recorte entre os autores árcades, que povoaram a literatura brasileira no século XVIII, com sede em Minas Gerais, e a instalação, no Rio de Janeiro, em 1816, via D. João VI, da Escola de Artes e Ofícios, fundada pela Missão Artística Francesa.
O Neoclassicismo está presente na Europa desde meados do século XVIII. Sua influência se excede à literatura, na pintura, na arquitetura e na escultura. Os temas predominantes são o resgate do padrão clássico, do pensamento filosófico e dos autores greco-romanos, além da valorização de temas relacionados à mitologia grega.
O traço importante é que a visão não é meramente reprodutora do pensamento clássico, como no classicismo. Essa nova conduta é influenciada pelo contexto filosófico da época, em que o Iluminismo se impunha como ideia dominante entre os pensadores.
Ao mesmo tempo, o Neoclassicismo se opunha à abordagem estética do Barroco, tida como extravagante, eivada pelos exageros estilísticos. O Neoclassicismo valorizava a simplicidade e pureza estética, rejeitando o rebuscamento e a dramatização excessiva.
Na pintura, era comum o uso de cores frias e a valorização da perspectiva como recurso estético, assim como na escultura as formas clássicas, com predominância do branco natural do mármore, se fizeram presentes.
Neoclassicismo no Brasil
O Neoclassicismo chegou ao Brasil ainda no século XVIII, mas como um movimento localizado. Além de estar voltada exclusivamente para a literatura, a cena neoclássica se desenvolve em Minas Gerais. A exceção é o português Santa Rita Durão, que se estabeleceu no Rio de Janeiro.
Os outros expoentes desse tímido movimento foram Tomás Antônio Gonzaga, Basílio da Gama e Tomás Antônio Gonzaga. As obras mais conhecidas são o poema épico Caramuru (Santa Rita Durão – 1781), o Uruguai (Basílio da Gama – 1796), Marília de Dirceu (Tomás Antônio Gonzaga – 1792) e Cartas Chilenas (Gonzaga-1863).
Não é difícil perceber que há um recorte nítido entre o Arcadismo literário da segunda metade do século XVIII e o Neoclassicismo trazido pela Missão Artística Francesa. O movimento, com crivo oficial, do início do século XIX, trouxe pintores que se tornaram célebres, como Debret, Rugendas e Taunay, que retrataram as cenas cotidianas do país, indígenas, manifestações culturais, paisagens e animais típicos do país.
This post was last modified on 2 de abril de 2015 17:31
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