Romance e Prosa Romântica: José de Alencar
Após a independência do Brasil, em 1822, foi gerada uma grande discussão acerca do que era, de fato, ser brasileiro, assim como quais os aspectos da cultura brasileira.
Este debate chegou, obviamente, também à literatura, que sofreu mudanças importantes com a busca de uma identidade nacional que pudesse se destacar daquela conhecida até então.
Poesia e prosa romântica
A poesia de romance passou por algumas mudanças que fizeram com que se dividisse em gerações, muito devido ao fato de que obteve diferentes tipos de contextos históricos com a independência brasileira e sua busca por novas identidades.
Diferentemente, a prosa romântica não se dividiu em gerações, mas obteve um novo leque de opções com quatro vertentes distintas, sendo elas a prosa indianista, prosa social-urbana, regionalista e histórica.
Esta ampliação da prosa romântica, com suas diferentes vertentes, fez com que os romances passassem a conquistar um número muito grande de leitores. Isto permitiu que os romances se firmassem de vez como substitutos das epopeias, apresentando modelos mais simples de linguagem e aproximando os leitores com a semelhança dos fatos cotidianos apresentados pelos autores.
José de Alencar
O mais importante autor romancista brasileiro que surgiu na fase romântica da literatura brasileira foi o cearense José de Alencar, que atuou de forma bastante abrangente, com obras produzidas em todas as quatro vertentes diferentes da prosa romântica.
Porém, foi com os romances indianistas que José de Alencar conseguiu, de fato, a projeção nacional, com obras que marcaram o tempo e são discutidas e analisadas ainda hoje, graças à forma de escrita única de José de Alencar.
Com seus romances indianistas, José de Alencar foi o ponto de partida para que a literatura brasileira ganhasse forma, especialmente por meio de sua apresentação da brasilidade em seus personagens, o que fez de obras como Iracema, O Guarani e Ubirajara, marcos da literatura brasileira.