Resumo da Concordância Verbal e Nominal

A Língua Portuguesa é muito bem estruturada, portanto, tem várias regras que regem o seu uso. Para quem fala, lê e escreve nesse idioma, é fundamental conhecer essas normas para não cometer erros. Essa é a importância de ler esse resumo da concordância verbal e nominal que foi elaborado de forma simples e facilmente compreensível.

Diferente do que você pensa, a partir da leitura atenciosa do resumo da concordância verbal e nominal, você não terá mais facilidade apenas para escrever corretamente, mas até para interpretar melhor os textos que ler daqui para frente.

Concordância Verbal e Nominal

Resumo da concordância verbal e nominal – verbal

Quando falamos em concordância verbal, estamos nos referindo às possíveis formas de flexionar um verbo para que ele concorde com o sujeito que está acompanhando. Veja agora como se faz a concordância verbal em diversos casos:

• Sujeito simples – um único núcleo

O verbo vai concordar com o núcleo do sujeito em número e em pessoa, observe:

O menino JOGOU a bola – o menino é ele, terceira pessoa do singular, portanto, o verbo concorda com essas condições.
As crianças SAÍRAM da sala – as crianças são elas, terceira pessoa do plural, portanto, o verbo também concorda.
Tu vais? – sujeito e verbo na segunda pessoa do singular.

• Sujeito coletivo – um núcleo de sujeito, mas que representa várias pessoas

Nesse caso, o verbo vai permanecer no singular, como nos seguintes exemplos:

A multidão FOI às ruas – a palavra “multidão” representa uma grande quantidade de pessoas, mas está no singular, por isso, o verbo fica na terceira pessoa do singular.

No entanto, se o coletivo tiver uma especificação, fica a critério de cada um deixar o verbo no singular ou no plural, assim:

A maioria dos estudantes FOI/FORAM às ruas – nesse caso, há a indicação das pessoas que compõem essa maioria, portanto, estará correto deixar o verbo tanto no singular quanto no plural.

• Sujeito é pronome de tratamento

Verbo fica na terceira pessoa do singular ou do plural, mas sempre na terceira pessoa:

Sua Majestade LEVANTOU-SE/ Suas Majestades LEVANTARAM-SE.

• Sujeito é o pronome quem

O verbo pode concordar com a pessoa que estiver antes do “quem” ou pode ficar na terceira pessoa do singular.

Fomos nós quem SAÍMOS primeiro/ Fomos nós quem SAIU primeiro

• Sujeito é uma das expressões: alguns de nós, quem de nós, quais de vós e assim por diante

Quando acontecer isso, é possível que o verbo concorde com o pronome interrogativo/indefinido ou com o pessoal.

Alguns de nós FOMOS passear/ Alguns de nós FORAM passear.

Resumo da concordância verbal e nominal – nominal

Esse tipo de concordância, como o próprio nome diz, se estabelece apenas entre nomes. Ou seja, é como os termos da oração (adjetivos, pronomes, artigos…) concordam com o substantivo ao qual estão se referindo.

No geral, o adjetivo, numeral, pronome ou qualquer outra palavra similar, vai concordar com o substantivo em gênero e número. Veja o seguinte exemplo:

As crianças são bonitas – o numeral “as” e o adjetivo “bonitas” referem-se às crianças, que é uma palavra feminina e no plural, portanto, seguem essa regra.

Mas existem alguns casos especiais que podem fugir um pouco à regra geral, veja quais são os principais deles e saiba como usar as palavras:

• Um adjetivo e vários substantivos

Quando o adjetivo vem depois de vários substantivos e se refere a todos eles, existem três situações:

1. Quando os substantivos são do mesmo gênero, o adjetivo pode concordar com o mais próximo ou ficar no plural:

Mãe e filha foi ao shopping
Mãe e filha foram ao shopping

2. Quando os substantivos são de gêneros diferentes, o adjetivo também pode concordar com o mais próximo ou ir
para o masculino:

Ela tem filho e filha bonita
Ela tem filho e filha bonitos

3. Quando o adjetivo é um predicativo, vai sempre para o plural

A mãe, o pai e a criança estavam perdidos

Já quando o adjetivo vem antes dos vários substantivos, o mais comum é que ele concorde com o substantivo mais próximo:

Eu provei linda camisa, calça e sapato

• Anexo, incluso, próprio e obrigado

Essas palavras sempre concordam com os seus respectivos substantivos:

Estou enviando anexos os documentos/ estou enviando em anexo os documentos
A moça respondeu: muito obrigada!
As fotografias estão inclusas

• Mesmo e bastante

Quando funcionam como advérbios, são invariáveis, independente do substantivo:

Eu fiquei bastante satisfeita com a sua presença/ eu comi muito na festa
Já quando têm a função de pronomes ou numerais, eles devem variar de acordo com o substantivo:
Os mesmos meninos foram suspensos mais uma vez/ comi bastantes frutas

• Meio

É invariável como advérbio:

As mulheres ficaram meio aborrecidas/ eu estou meio cansada

Já como numeral, se molda ao substantivo:

Meia melancia está na geladeira/ já percorri meia trilha

Esse é um resumo da concordância verbal e nominal com as principais regras que você precisa ter em mente.