As interjeições consistem em palavras capazes de expressar sensações, sentimentos, emoções, apelos e até mesmo estados de espírito. A locução interjetiva, por sua vez, desempenha este mesmo papel: com a diferença de ser um conjunto com 2 ou mais palavras.
Neste artigo, vamos conhecer o conceito das interjeições e, especialmente, da locução interjetiva – sendo ambos seguidos por exemplos.
As interjeições, que como já vimos, são palavras invariáveis usadas para expressar sensações, emoções e demais estados de espíritos, buscam provocar no interlocutor determinado comportamento – sem que seja preciso a utilização de estruturas narrativas mais complexas e elaboradas.
Na grande maioria dos casos, elas são completadas por pontos de exclamação (!). Alguns exemplos de interjeições são:
As interjeições também podem ter duplos sentidos: o ‘psiu’ mais curto pode indicar chamamento, enquanto o ‘psiu’ longo é compreendido como um pedido de silêncio.
Outras interjeições são: Vamos! Viva! Atenção! Aleluia! Bravo! Ora! Caramba! Pô! Cruzes! Ué! Tomara! Alô! Bis! Força! Oxalá! Hã?, Avante!, Francamente! Barbaridade! e muitas outras.
A locução interjetiva nada mais é do que uma variação das interjeições – com a diferença de que deve ser composta por um conjunto de, pelo menos, duas palavras.
A classificação das locuções interjetivas ocorre da mesma forma como nas interjeições, dependendo de três fatores: valores semânticos, entonação e contexto do emprego.
A seguir, confira quais são elas:
Neste contexto, destacamos que toda interjeição, quando expressa por uma frase/vocábulo ao invés de uma palavra única, é uma locução interjetiva.
As locuções interjetivas são consideradas “palavras-chave” e estão à parte da língua portuguesa culta. Não à toa, tais expressões não desempenham nenhum tipo de função sintática.
Outros exemplos de locuções interjetivas não citados anteriormente são:
A locução interjetiva, assim como as interjeições, tem caráter de frase. A razão é simples: mesmo que simples, elas conseguem se expressar por si só.
Imagine um diálogo onde a mãe fala sobre o seu filho que acaba de passar no vestibular. Em seguida, o interlocutor reage unicamente com uma expressão, que pode ser uma das seguintes: Olha só! Que alegria! Coisa Boa! Meus parabéns! É isso aí!
Outro exemplo diz respeito à reação do interlocutor após ler ou assistir uma notícia sobre um assassinato em sua cidade: Meu Deus! Eu não esperava por essa! Nossa mãe! Que horror! Sai para lá!
Já uma pessoa que acaba de prestar concurso público e deseja muito passar. Ao contar para seus familiares e amigos, as mais possíveis reações também podem ser classificadas como locuções interjetivas, sendo alguns exemplos: Queira Deus! Que bom! Tomara que dê certo! Muito bem! Quem dera!
Resumindo, as locuções interjetivas são as formas mais “nuas” e “simples” de nós, interlocutores e falantes da língua portuguesa, expressarmos momentaneamente o que sentimos diante de uma conquista, de uma notícia, de uma surpresa, de um medo, uma alegria e qualquer outro tipo de emoção que nos desperte algo instantâneo.
As locuções interjetivas, neste sentido, são dotadas de uma mensagem completa – e que pode ser compreendida em questão de instantes. Mesmo quando aparecem sozinhas em um diálogo, elas são capazes de expressar com exatidão a opinião/pensamento do interlocutor.
Quando estão em companhia de um verbo, como no exemplo “Era só o que me faltava!”, as interjeições também não deixam de ter apenas um sentido.
Até hoje muitas são as discussões entre linguistas e gramáticos envolvendo as interjeições. Alguns argumentam que elas deveriam formar uma nova classe de palavras na língua portuguesa, já que atuam como frases. Por outro lado, outros defendem exatamente o contrário, e acham que elas devem continuar como estão.
Diferentes opiniões e análises sobre as mesmas são encontradas constantemente. Não à toa, as aplicações e conceitos das locuções interjetivas são diferenciadas – o que irá depender, especificadamente, do ponto de vista do linguista em questão.
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