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Resumo Conto

Sempre que se inicia um texto, surgem as primeiras dúvidas sobre como redigi-lo. Seja no papel ou no computador, é preciso primeiramente ter em mente a história que se quer contar. E principalmente, saber organizar as ideias e pensamentos que irão “narrar” os fatos contados.

Assim, um conto nada mais é do que um texto narrativo, uma obra curta de ficção. Pode ser um romance, uma tragédia, uma comédia. Esta história, diferente de uma novela, é bem mais curta, com número de personagens limitados e apenas uma única ação que resulta no desenrolar da história. Um exemplo são os famosos “contos de fada”. “Branca de Neve”; “Cinderela”, “A Bela Adormecida” e tantos outros.

Diferenciam-se das novelas, por exemplo, pelo fato de que nelas, existem inúmeros conflitos secundários, que prolongam a alegria ou o sofrimento destes personagens ao longo da trama.

Um conto é sempre contado em terceira pessoa. Isto significa que a história a ser narrada, envolverá um terceiro personagem. Diz-se que é contada em terceira pessoa, por estar relacionada à 3ª pessoa do pronome do caso reto “Ele/Ela”.

Alguns contistas famosos são: Machado de Assis, Monteiro Lobato, Clarice Lispector, dentre outros.

Assim, no desenrolar da história, este conto será referido sempre a “um(a) personagem” que não o próprio narrador.

Como desenvolver uma boa história?

Para criar um conto, o ingrediente principal é ter a imaginação livre de preconceitos e quaisquer dogmas. É preciso ter uma ideia em primeiro plano. A ideia poderá partir de uma piada, uma brincadeira entre amigos ou ainda, uma história de família.

Para tanto, atente sempre para as concordâncias verbal e nominal, além do uso correto das conjunções adverbiais e outras regras que ajudarão o leitor na compreensão do seu texto.

Lembre-se: Um conto é uma história curta, com apenas uma ação entre alguns poucos personagens.

Pensando nisso, eis que surge a seguinte ideia. Uma história que meus avós contavam, e que pode ter sido inspirada em um caso real.

Em Portugal, em noites de inverno, a visibilidade é impossível por causa do nevoeiro. Uma brincadeira entre amigos que frequentavam uma taverna lá pelos anos 30, 40, acabou em tragédia. Dizem, porém, que o personagem da história continuou provando a seus amigos – e até hoje às pessoas da região, o quanto é corajoso.

Eram 4 amigos, que lá pelas tantas da madrugada, saboreavam entre pitacos e gargalhadas, algumas fatias de salame, copa e presunto com o melhor vinho. Uma maneira de encerrar as atividades do dia, que logo em breve reiniciaria.

No meio da conversa, um deles é desafiado justamente pelo mais gozador da turma, a provar sua coragem dentre os colegas. O pobre português de aldeia, embora ressabiado era muito orgulhoso para contrariar a todos, e aceitou o desafio: Teria que levar consigo um ferro (de passar roupas, daqueles à carvão!), e espetá-lo em um dos túmulos, à meia noite. No dia seguinte, todos iriam ao local para verificar o “ato de bravura”.

O pobre coitado assim o fez. Vestiu seu capote para enfrentar uma temperatura negativa e tão logo saboreou seu último pedaço de pão com copa, regado a muito vinho para esquentar, rumou ao cemitério.

O relógio marcou 1h, 2h, 3h da manhã e nenhuma notícia do companheiro. Contudo, lá pelas 5h da manhã, o pobre coitado apareceu do nada, ofegante, na porta da Taberna, sem conseguir falar direito.

– Conseguiste, pois, prender o ferro ao túmulo, ó Manuel? – indagou um dos companheiros.
– Consegui, oras. Mas já vou logo avisando: o dono não gostou, acordou e está vindo aí tirar satisfação!

Todos riram. Porém, no dia seguinte, encontraram o pobre coitado no cemitério, morto, preso à cova.

Ao tentar prender o ferro na tumba, o coitado prendeu também o capote. Ao se levantar, no meio da cerração e sem qualquer visibilidade, sentiu-lhe a blusa presa, tal qual alguém lhe agarra-se.

Até hoje, na aldeia de Bogalhau, há quem veja o homem com um ferro na mão, andando de um lado a outro. Há quem morra de medo, e inclusive, há quem deixe roupas em cima das campas, para os desabrigados ao relento, além claro, para que ele as passe também”.

Como iniciar e organizar os fatos a serem narrados?

Sabendo o que se quer contar, organize o conto da mesma forma como você o conhece. Não se pode correr o risco de tirar-lhe o sentido. Portanto:

– Organize os fatos em ordem como aparecem;
– Organize os personagens para que não se percam na história e estejam sempre bem “amarrados” entre si, no conto;

Reescreva-os e cuide para que o primeiro e o segundo parágrafos apresentem a ideia – tema principal do conto; o terceiro, quarto e quinto parágrafos, o desenvolvimento desta; e o sexto e último, a conclusão.

Tente escrevê-lo!

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