A metodologia científica

Quí­mica,

A metodologia científica

A metodologia científica pode ser entendida como o método utilizado pelos cientistas em seus experimentos. Por isso, a técnica serve como uma grande aliada do estudiosos em busca de ampliarem os conhecimento sobre determinado assunto. Em suma, uma definição bastante precisa seria: uma série de diretrizes básicas a fim de gerar conceitos novos, bem como de corrigir ou expandir noções já existentes.

Passo a passo

O primeiro passo do método é a observação por parte do pesquisador. No geral, o procedimento começa com a identificação de algum fenômeno físico ou químico que justifique maior observação. Estabelece-se em seguida uma problematização, que é o porquê do acontecimento em pauta.

Com base nessa questão inicial o especialista forma uma hipótese, ou seja, uma possível resposta para o ocorrido. Aqui, é fundamental destacar que o procedimento deve ser embasado em ciência bem conceituada e de qualidade. Caso a hipótese for validada por uma comissão julgadora composta por outros cientistas, ela se torna lei.

Foi isso o que ocorreu com a Lei de Lavoisier, por exemplo. Ao observar a massa de um sistema específico antes e após a reação, Lavoisier notou que ela permanecia igual. No entanto, para confirmar e dar crédito à sua tese, seria necessário mostrar provas. Sendo assim, o estudioso executou uma quantidade de experimentos que envolviam medir com cuidado tanto as massas dos reagentes quanto a dos produtos.

Os elementos usados foram os seguintes:

Reagentes: soluções de cloreto de sódio e nitrato de prata;
Produtos: precipitado de cloreto de prata e solução aquosa de nitrato de sódio.

Mais adiante, empregando as mesmas substâncias, Lavoisier repete o teste várias vezes para assegurar que a sua suposição era verdadeira. O resultado foi comprovado e logo se firmou como uma das leis científicas mais conhecidas. Essa norma é resumida na frase: “na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”.

Chamada ainda de Lei da Conservação da Massa, a lei esclarece que em qualquer reação química não existe mudança na massa do sistema.

Portanto:

Soma das massas dos reagentes = Soma das massas dos produtos.

Os elementos da metodologia científica

Em suma, o método científico é constituído por 6 elementos. São eles:

• Observação: podem ser feitas a olho nu ou com instrumentos apropriados. Porém, necessitam de controle para que os seus resultados não sejam influenciadas por falhas nos sentidos humanos;

• Descrição: o experimento tem de ser replicável para se testar as hipóteses;

• Previsão: as hipóteses devem consideradas válidas para análises conduzidas no passado, no presente e no futuro;

• Controle: o controle é o que garante a exclusão de eventuais fatores que possam alterar os resultados do experimento;

• Falseabilidade: toda hipótese científica tem de ser proposta para permitir contestação e verificação.

• Explicação das causas: em qualquer área da ciência, apresentar as causas do fenômeno relatado é o cerne do trabalho.

História da metodologia científica

A metodologia científica como é utilizada na atualidade é um reflexo direto da obra de diversos pensadores clássicos que culminaram no “Discurso do Método”, escrito por René Descartes. Em grande parte do causa desse texto, o autor é considerado por muitos como o “primeiro pensador moderno”. Contudo, descrições do método datam das civilizações antigas, como Antigo Egito e Grécia Antiga. Mas foi apenas na sociedade islâmica, acerca de mil anos, que os pilares do que se tornaria a metodologia científica foram elevados. Tamanha evolução se deu sobretudo pela atuação do estudioso Ibn Al- Haytham devido ao seu trabalho sobre ótica. Os preceitos seguidos por ele já lembravam os métodos de Descartes, bem como os de hoje. Isso porque a técnica continha: observação, pesquisa teórica que antecedia um experimento, a divisão por categorias e a comparação da hipótese segundo os resultados registrados.

O método científico é corroborado pela linha de pensamento de René Descartes, como mencionado anteriormente. Mais adiante, o processo foi aperfeiçoando de modo empírico por Isaac Newton, célebre físico inglês. A proposta de Descartes era alcançar s verdade a partir da dívida sistêmica e da divisão do problema em partes menores, fatores que serviram de base para as pesquisas científicas. Com a compreensão de um modelo mais simples, é viável incorporar aos poucos as demais variáveis para chegar ao todo.

A partir do círculo do Círculo de Viena, adicionaram-se a necessidade de verificação e o método indutivo. Além disso, Karl Popper mostrou que a verificação e o método indutivo sozinhos não bastam: um cientista deve procurar principalmente evidências que de sua hipótese esteja errada. Afinal, o propósito é entender a realidade como ela é e não como se gostaria que ela fosse.

Não só recentemente como também desde os seus primórdios, a metodologia científica é o centro de debates filosóficos. Indivíduos com aversão com pensamento cartesiano, de natureza mais rígida, com frequência citam as críticas organizadas por Edgar Morin. O filósofo francês sugere que, ao invés de se dividir o objeto de pesquisa em partes, o foco seja em uma análise sistêmica. Esse paradigma novo ganhou o nome de Teoria da Complexidade. Ainda que a abordagem não invalide por completo o método científico, ele implica uma maneira diferente de se empregá-lo nas especificidades de cada campo.