Cálculo Estequiométrico: Reagentes em Excesso na Indústria e no Dia-a-Dia
O cálculo estequiométrico, também conhecido como cálculo das medidas apropriadas, é uma das bases mais importantes da química quantitativa. Desenvolvido por Antoine Lavoisier, o pai da química moderna, permitiu que os cientistas determinassem a quantidades de reagentes necessárias para a realização de uma reação química qualquer ou mesmo calcular a quantidade de produtos formados.
Os princípios da estequiometria são baseados nas chamadas Leis Ponderais, que são:
– A Lei de Lavoisier (ou a lei de conservação de massas), em que “a soma das massas das substâncias reagentes em um recipiente fechado é igual à soma das massas dos produtos da reação”;
– A Lei de Proust (ou lei das proporções constantes), cujo enunciado descreve que “uma determinada substância composta é formada por substâncias mais simples, unidas sempre na mesma proporção em massa”.
Para fazer o cálculo estequiométrico de qualquer equação, é preciso seguir alguns passos essenciais:
– Escrever a equação química completa;
– Balancear a equação, ou seja, acertar os coeficientes estequiométricos em mols;
– Adaptar as proporções das grandezas envolvidas na equação;
Após todas essas etapas, é possível aplicar a regra de três.
– Reagentes em excesso –
Isso acontece quando um determinado reagente apresenta uma quantidade maior que a da proporção indicada pelos coeficientes da equação. Na prática, isso quer dizer que somente a porção que está de acordo com a proporção vai efetivamente reagir. O restante não participa, sendo considerado em excesso.
– Na indústria ou no dia a dia –
O cálculo estequiométrico é essencial na indústria farmacêutica ou química para que os responsáveis saibam a quantidade exata de cada reagente para produzir a proporção certa do produto, a fim de evitar prejuízos.
No dia a dia, isso fica muito evidente em situações como preparar um bolo. As quantidades na receita devem ser aplicadas corretamente, já que o excesso de algum item pode causar um resultado ruim. Muita farinha, por exemplo, deixa a massa dura e seca, enquanto o excesso de sal ou de água não deixa a mistura crescer.