Nomenclatura das Bases
Como toda solução química, as bases possuem algumas características e atributos que são seguidas e para dar um norte em suas nomenclaturas, seus usos, suas reações e seus proveitos. Seguindo essa mesma lógica, as bases seguem determinados requisitos para serem nomeadas e que servem de orientação para trabalhos químicos.
Para realizar a nomenclatura das bases, é necessário primeiro compreender o que é uma base, como identificá-la e assim entender o modo de classificá-la.
O que é uma base?
Dentro da Química, existem grupos de soluções compostas que realizam propriedades químicas entre si e com outras soluções. Divididos em funções orgânicas e inorgânicas, essas soluções são classificadas de acordo com sua dissolução com a água, o que determina a quantidade de íons nessas soluções.
No grupo das funções químicas inorgânicas se encontram as bases. Base é toda substância que, quando entra em contato com alguma solução aquosa, realiza uma dissociação iônica e libera o hidróxido, o ânion OH ou um cátion diferente de H , mas somente em casos mais específicos. Em outras palavras, uma função inorgânica é definida como uma base quando ela consegue oferecer um par de elétrons a outra função.
As bases, assim como se realiza as suas nomenclaturas, possuem características próprias. Algumas delas são as seguintes:
- Entrando em contato com a água, a base tem seus íons separados;
- As bases têm condutividade elétrica, caso entre em contato com alguma solução aquosa como a água;
- Se houver contato com algum ácido, a base pode sofrer reações, como é o caso do cloreto de sódio e a água;
- As bases possuem um gosto adstringente e diminuem a salivação.
Outros métodos também são utilizados para classificar as bases em um estudo, como os indicadores. Esses indicadores podem ser variados como o uso de uma variável ácido-base que pode alterar a coloração da substância. Geralmente, quando uma base entra em contato com algum tipo de indicador ácido-base, a coloração pode mudar para vermelho, azul ou verde, dependendo do tipo utilizado e do método a ser feito para diferenciar as bases dos tipos básicos ou até mesmo os tóxicos.
Como é feita a nomenclatura das bases?
Seguindo a mesma lógica, também existem normas para realizar a nomenclatura das bases. Para deixar claro, como a base é a liberação de um ânion OH, a nomenclatura das substâncias sempre será baseado no hidróxido.
Essa estruturação pode ser feita de dois tipos: nomenclatura de um cátion com carga fixa e nomenclatura de cátion sem uma carga fixa.
Se houver um cátion com carga fixa, como o cloreto de sódio (NaCl), o nome da base ficaria dessa forma: hidróxido de o nome do cátion. Relacionando com o NaCl, o termo ficaria: hidróxido de sódio ou NaOH. Outros exemplos podem ser dados:
Cálcio ou Ca². Com o hidróxido, o termo ficaria: hidróxido de cálcio ou CaOH.
Potássio ou K. Com o hidróxido, o termo ficaria: hidróxido de potássio ou KOH.
Uma vez que uma substância possui uma formação de cátion com cargas diferentes, é necessário que a carga do íon seja colocada no final do nome da substância. Ou, se preferir, é possível acrescentar o sufixo –oso ao lado do íon que possui a menor carga e o sufixo –ico ao íon que contém a maior carga.
Um exemplo básico é feito com o ferro (Fe² ou Fe³). Usando a norma da nomenclatura, o termo ficaria dessa forma:
Fe(OH)2 hidróxido de ferro ou hidróxido ferroso. Nesse caso, também é necessário pôr uma numeração em algarismo romano ao lado do termo quando não for conjugado o sufixo –oso: hidróxido de ferro II.
Se feito com Fe³, o termo ficaria dessa forma: Fe(OH)3 ou hidróxido férrico.
Outros exemplos também podem ser abordados seguindo essa regra para nomenclatura das bases. Com o cobre (Cu), a nomenclatura seria conjugada dessa forma:
Hidróxido de cobre ou CuOH.
Caso haja formação do cátion com cargas diferentes, a nomenclatura muda:
Cu(OH)2, hidróxido de cobre II.
De forma simples, pode-se resumir a regra da nomenclatura numa somatória.
A Nomenclatura das bases = hidróxido de cátion sufixo (-oso ou –ico), ou, se preferir, hidróxido de cátion numeração em algarismo romano de acordo com o número de cargas fixas no cátion.
Ainda como requisito para nomear de maneira mais fácil uma base, há a sua classificação entre base forte e fraca. As bases fortes possuem um grau de ionização em sua composição em torno de 100% de potência, ou seja, são praticamente iônicos por natureza. Geralmente metais alcalinos que constam nos grupos 1A e 2A da tabela periódica possuem esse atributo.
Já as bases fracas são assim por conta do seu grau de ionização ser bem menor. Elas não conseguem obter uma ionização superior do que 5% se comparado aos metais alcalinos. Daí a presença da famosa substância base amônia ou hidróxido de amônio.